26 de ago. de 2009

Uma viagem visual e sonora

Olá Amigos

Essa dica de hoje é pára os amantes de um bom filme e de uma maravilhosa trilha sonora. A dica é o filme “Naqoyqatsi – O Mundo em Guerra”, que para os fãs de cinema é uma viagem auditiva e visual, que será exibido pela primeira vez no Brasil.

O canal de assinatura da HBO é quem nos trará esse belo presente nesta quinta feira (27/8). “Naqoyqatsi – O Mundo em Guerra” é o terceiro filme da trilogia dirigida pelo documentarista Godfrey Reggio e que foi iniciada com “Koyaanisqatsi - Uma Vida Fora de Equilíbrio ” nos anos 80 e seguida por “Powaqqatsi - Vida em Transformação” nos 90, todos igualmente maravilhosos.

Nesta nova produção, imagens digitalmente modificadas se fundem com a música de Philip Glass num estimulante documentário sobre a globalizada e violenta sociedade contemporânea, em que a tecnologia alterou de todas as formas possíveis a experiência humana.

No elenco do longa-metragem, Marlon Brando, Elton John, Julia Louis-Dreyfus, Bhagwan Mirchandani e Steven Soderbergh, que fazem depoimentos e lêem textos que pontuam as impressionantes imagens.

Eu assisti as versões "alternativas" dos filmes e fiquei simplesmente maravilhado e impactado com o que vi e ouvi. Os filmes são maravilhosos!!! Mas especialmente com o filme “Naqoyqatsi – O Mundo em Guerra”, pela atualidade e modernidade do tema. Para ilustrar o que eu disse olhe o que cita o Nivaldo Ribeiro: “Naqoyqatsi” é uma experiência e além de qualquer palavra que mescla a força das imagens com a música e atinge em cheio o coração hiperacelerado da aldeia global digitalizada do século XXI. Ao misturar imagens cotidianas alteradas através de efeitos digitais de última geração, o documentário hipnotiza o espectador que, mesmo sem querer, se deixa levar pela sonoridade de Philip Glass."

Como todos sabem adoro filmes com mensagens não verbais, e apesar da natureza não verbal do filme, o grande lance em “Naqoyqatsi – O Mundo em Guerra”, é fazer com que as pessoas falem a respeito de como a tecnologia afeta nosso dia-a-dia, alterando as formas de mídia, arte, entretenimento, política, esportes, medicina, ética e a cara da natureza humana. É um absurdo de bom, aínda mais se o som for Dolby digital…

Recomendo ver a Trilogia Qatsi, alugar, comprar pois os filmes são daquelas experiências imperdíveis da vida. Nesta mesma linha de filme Baraka (indicação do Paulo Bicarato do Alfarrábio) é outra viagem maravilhosa. Essa dica vai especialmente para os queridos amigos Sérgio Lima e José Roig.

Recomendo

Abraços

Equipe NTE Itaperuna

23 de ago. de 2009

Conecte-se Professor


Olá amigos

Como faço quase todos os dias, visito os blogs "in loco" mais queridos e interessantes da blogosfera. Não foi pelo twitter, como tem sido atualmente a maioria das coisas que tenho visto ou recebido na internet ( alias acho que esse é mesmo o grande barato do twitter), mas visitando que me deparei com um texto maravilhoso do meu amigo Sérgio Lima.

O Sérgio Lima, professor blogueiro, antenado, engajado e acima de tudo um cara critico e com um bom senso bem legal escreveu um texto fantástico intitulado Professores Conectados que pode ser lido no blog Aprendendo em Redes de Colaboração na Era da Informação do Conhecimento ou aqui em PDF.

No texto ele cita que existem boas soluções e até grandes trabalhos sendo desenvolvidos mas eles são feitos como a maioria dos projetos: desconectados. Temos uma estrutura fantástica nos Núcleos de Tecnologias Educacionais - NTEs estaduais e municipais espalhados por esse Brasil afora, mas o aproveitamento dessa estrutura e ainda muito baixo, apesar de ter aumentado consideravelmente nesses últimos anos. O ensino EAD é a melhor opção para capacitação dos professores sim.

Estamos em pelo século XXI e temos professores que nem e-mail tem. Sim meus amigos é verdade,tem professor que não usa e-mail e ainda acha que suas aulas são 10. Na minha escola com mais de 350 profissionais de educação, apenas 2 mantem blogs. Ter blog um monte deles tem, mais que atualizam o mesmo regularmente apenas três: eu, Luciene Lopes com o blog Tecnologias na Educação e a professora Beth Vitoria do blog Outra Revista. Lista de discussão, wiki, twitter (então apenas eu @robsongfreire e @llulopes temos) são outras ferramentas também pouco utilizadas.

No texto o professor Sérgio Lima cita: "Professores precisam compreender que vivemos na era da comunicação e da informação, que nenhuma atividade pode prescindir da comunicação, educação é essencialmente uma atividade colaborativa."

Isso sim é uma grande barreira para a maioria dos professores: compartilhar. Dividir conhecimento ou assumir uma posição de que precisamos nos conectar, que precisamos conversar ou interagir, de que precisamos ir além de nossas escrivaninhas, de nossas sala de professores e além de nossas sala de aula e saber que existem outros professores cheios de duvidas, com angustias e com uma sede por soluções imensa.

E como já dizia o Chacrinha "Quem não se comunica, se trumbica!". Por isso precisamos inverter a situação para onde hoje há exceção amanhã seja regra geral. Ter professores como o proprio Sérgio Lima, a Suzana Gutierrez, o José Roig, a Lilian Stalobinas, A Tati Martins, a Jenny Horta, o Frederico, a Vanessa, a Teresinha Motter, O Franz, a Gladys Leal, a Elis Zampieri, o Michel, o Jarbas Novelino e a minha querida Cybele Meyer entre outros anônimos fantásticos é que me faz crer num futuro melhor para a educação.

Abraços

Equipe NTE Itaperuna

22 de ago. de 2009

As TICs precisam ser explicadas na mídia


Paula Villela
Jornalista

Apesar do termo TICs - Tecnologia da Informação e Comunicação - ser muito citado em matérias que abordam inclusão digital, em muitos casos ele vem sendo utilizado como ferramentas contra o desemprego e aquecimento da economia nas matérias divulgadas na imprensa. Porém, de acordo com a Coordenadora-Executiva da ONG Rede Mulher de Educação, Vera Vieira, no site do grupo, “as TICs podem ser definidas como tecnologias e instrumentos usados para compartilhar, distribuir e reunir informação, bem como para comunicar-se umas com as outras, individualmente ou em grupo, mediante o uso de computadores e redes de computadores interconectados”.

Função das TICs e da mídia
As TICs também têm outras funções. De acordo com o presidente da assembléia geral do PSL-Empresas (projeto de organização das empresas de Software Livre), Ricardo Filipo, “as TICs funcionam interferindo na forma como as informações fluem nos meios físico, social e psíquico de um ambiente humano, abrangendo portanto o contexto dos equipamentos, eletrônicos, sonoro, visual, sensitivo e o contexto humano dos relacionamentos”. Portanto, parte-se do princípio de que o governo e a sociedade civil precisam saber verdadeiramente do que se tratam as TICs para poder participar ativamente da construção da sociedade da informação. Infelizmente, somente uma parcela desses grupos, em especial a sociedade civil, possui esse tipo de conhecimento. Caberia à mídia então, conscientizar, participar, divulgar essas tecnologias, assim como as ferramentas de inclusão digital.

Como o assunto é abordado
Analisando matérias saídas em jornais e na Internet percebe-se que as TICs são, de uma maneira geral, tratadas com superficialidade, fazendo parte de pautas como datas de eventos (sem que ninguém explique a importância daquele congresso e qual o diferencial em relação à sociedade), decisões governamentais (com o mesmo tipo de enfoque do anterior) e novidades tecnológicas. Trata-se de um problema geral das mídias, que precisam correr contra o tempo e lidar com excesso de informações que chegam às redações. Porém, isso não justifica abordar as TICs como se estivesse falando de samba. Enquanto esse último assunto faz parte do inconsciente coletivo da sociedade brasileira e é cultural, as TICs são assuntos relativamente novos, o qual poucos possuem o acesso real (de tocar, saber mexer, conhecer) e naturalmente, desconhecem o seu sentido. Então, quando os jornais e a Internet só fazem referências às vantagens como a inclusão digital, por exemplo, como sendo ferramenta contra desemprego, a população tende a só enxergar as TICs como tal.

Importância da divulgação
Segundo Filipo, “a única importância de se divulgar as TICs é torná-las conhecidas e logo utilizáveis. Mas isto só terá valor para aqueles indivíduos que ainda não conseguem praticar a tepatia. Na outra ponta estão os (..) excluídos digitais. Não basta apenas divulgar as TICs”. Para ele, é uma crueldade caso não se possua infra-estrutura de Tecnologia de Informação. As mídias acabam favorecendo então, aos dominantes (em geral mais ricos), que vêem a visibilidade promovida pelas TICs como forma de que seus produtos apareçam mais. Ao mesmo tempo, Filipo complementa: “a meu ver deveriam ser publicadas e alardeadas as TICs éticas, abertas e que possam trazer melhorias para a vida das pessoas, sem favorecer quaisquer empresas ou grupo em particular. Na prática eu acredito que outros “lobbies” tenham preferência, o que é lamentável ou no mínimo terrivelmente trágico para nós humanos”.

Realmente, é bem trágico quando se pensa que a atuação dessas tecnologias no fluxo das informações acabam formando idéias, contextos, culturas e a abordagem sobre elas estão sendo distorcidas por alguns. Felizmente, ainda podem ser encontradas matérias em informativos temáticos, que se propõem a explicar as TICs ou a Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, sem classificá-las em uma categoria ou limitá-las a um determinado aspecto. Não se faz necessário um artigo ou um texto monstruoso para falar sobre o assunto em questão, mas basta consciência e preocupação com o resultado que uma informação, ou a falta dela, poderá causar na sociedade.

Fonte: http://www.comunicacao.pro.br/setepontos/20/ticsnamidia.htm

21 de ago. de 2009

C vc pd lr isso rápido, bm pra vc

SYDNEY (Reuters) - As abreviações e simplificações usadas em mensagens de texto para celulares não estão somente acabando com a nossa ortografia, mas exigindo mais tempo para serem lidas e compreendidas, afirma um estudo australiano publicado nesta quarta-feira.

Nenagh Kemp, conferencista da Universidade da Tasmânia, pediu para 55 alunos de graduação para escreverem e depois lerem em voz alta mensagens de texto em idioma correto e abreviado como o frequentemente usado em celulares.

Enquanto os estudantes foram significativamente mais rápidos ao escreverem abreviado, quase metade deles demorou o dobro do tempo para lerem essas mensagens em voz alta do que ao lerem em idioma correto.

Os estudantes também cometeram mais erros lendo as mensagens abreviadas do que aquelas escritas de modo convencional.

"É mais rápido escrever nesse tipo de linguagem, mas quando esse texto é lido, as pessoas demoram mais tempo. Como adultos que sabem ler, nós estamos acostumados a ler palavras inteiras e frases, então torna-se algo difícil de decifrar para nós", disse Kemp, conferencista de psicologia que se especializou em uso da linguagem.

Kemp disse que sua pesquisa mostrou que, apesar da crença popular de que o modo abreviado de escrita está arruinando a ortografia, este tipo de linguagem não reflete habilidades literárias, pelo menos não em adultos.

"Não há problemas em usar abreviações em um celular, porque economiza tempo, mas é preciso ter certeza de que o leitor entenderá o que você está escrevendo", acrescenta. "E não deixe isso impregnar seus emails, redações acadêmicas ou formulários. Mantenha as separações."

Fonte: http://br.tecnologia.yahoo.com/article/10122008/5/noticias-tecnologia-c-vc-pd-lr.html

18 de ago. de 2009

Novos desafios para o educador


José Manuel Moran

Especialista em mudanças na educação presencial e a distância
jmmoran@usp.br


“Continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”. Paulo Freire

O mais importante no educador
A aprendizagem de ser professor
As etapas pessoais como docente
O professor bem sucedido
A rotina da profissão do educador
Aprendendo a construir a identidade pedagógica pessoal

O mais importante no educador

O importante, como educadores, é acreditarmos no potencial de aprendizagem pessoal, na capacidade de evoluir, de integrar sempre novas experiências e dimensões do cotidiano, ao mesmo tempo que compreendemos e aceitamos nossos limites, nosso jeito de ser, nossa história pessoal.

Ao educar, tornamos visíveis nossos valores, atitudes, idéias, emoções. O delicado equilíbrio e síntese que fazemos no dia a dia transparece nas diversas situações pedagógicas em que nos envolvemos. Os alunos e colegas percebem como somos, como reagimos diante das diferenças de opiniões, dos conflitos de valores. O que expressamos em cada momento como pessoas é tão importante quanto o conteúdo explícito das nossas aulas. A postura diante do mundo e dos outros é importante como facilitadora ou complicadora dos relacionamentos que se estabelecem com os que querem aprender conosco. Se gostamos de aprender, facilitamos o desejo de que os outros aprendam. Se mostramos uma visão confiante e equilibrada da vida, facilitamos nos outros a forma de lidar com seus problemas, mostramos que é possível avançar no meio das dificuldades. Alguns educadores confundem visão crítica com pessimismo estrutural; eles só transmitem aos alunos visões negativistas e desanimadoras da realidade. Esse substrato pessimista interfere profundamente na visão dos alunos.

Da mesma forma, educadores com credibilidade e uma visão construtiva da vida contribuem muito para que os alunos se sintam motivados a continuar, a querer aprender, a aceitar-se melhor.

O educador é um ser complexo e limitado, mas sua postura pode contribuir para reforçar que vale a pena aprender, que a vida tem mais aspectos positivos que negativos, que o ser humano está evoluindo, que pode realizar-se cada vez mais. Pode ser luz no meio de visões derrotistas, negativistas, muito enraizadas em sociedades dependentes como a nossa.

Vejo hoje o educador como um orientador, um sinalizador de possibilidades onde ele também está envolvido, onde ele se coloca como um dos exemplos das contradições e da capacidade de superação que todos possuem.

O educador é um testemunho vivo de que podemos evoluir sempre, ano após ano, tornando-nos mais humanos, mostrando que vale a pena viver.

Numa sociedade em mudança acelerada, além da competência intelectual, do saber específico, é importante termos muitas pessoas que nos sinalizem com formas concretas de compreensão do mundo, de aprendizagem experimentada de novos caminhos, de testemunhos vivos –embora imperfeitos- das nossas imensas possibilidades de crescimento em todos os campos.

Cada vez mais precisamos de educadores-luz, sinalizadores de caminhos, testemunhos vivos de formas concretas de realização humana, de integração progressiva, seres imperfeitos que vão evoluindo, humanizando-se, tornando-se mais simples e profundos ao mesmo tempo.

A aprendizagem de ser educador

A aprendizagem pessoal

O educador é especialista em conhecimento, em aprendizagem. Como especialista, espera-se que ao longo dos anos aprenda a ser um profissional equilibrado, experiente, evoluído; que construa sua identidade pacientemente, equilibrando o intelectual, o emocional, o ético, o pedagógico.

O educador pode ser testemunha viva da aprendizagem continuada. Testemunho impresso na sua pele e personalidade de que evolui, aprende, se humaniza, se torna uma pessoa mais aberta, acolhedora, compreensiva.

Testemunha viva, também, das dificuldades de aprender, das dificuldades em mudar, das contradições no cotidiano; de aprender a compreender-se e a compreender.

Com o passar do tempo ele vai mostrando uma trajetória coerente, de avanços, de sensatez e firmeza. Passa por etapas em que se sente perdido, angustiado, fora de foco. Retoma o rumo, depois, revigorado, estimulado por novos desafios, pelo contato com seus alunos, pela vontade de continuar vivendo, aprendendo, realizando-se e frustrando-se, mas mantendo o impulso de avançar.

Há momentos em que se sente perdido, desmotivado. Educar tem muito de rotina, de repetição, de decepção. É um campo cada vez mais tomado por investidores, por pessoas que buscam lucros fáceis. Ele se sente parte de uma máquina, de uma engrenagem que cresce desproporcionalmente. Sente-se insignificante, impotente, um número que pode ser substituído por muitos jovens ansiosos pelo seu lugar. Sabe que sua experiência é importante, mas também que outros estão dispostos a assumir o seu lugar por salários menores.

Ensinar tem momentos “glamourosos”, em que os alunos participam, se envolvem, trazem contribuições significativas. Mas muitos outros momentos são banais; parece que nada acontece. É um entra e sai de rostos que se revezam no mesmo ritmo semanal de aula, exercícios, mais aulas, provas, correções, notas, novas aulas, novas atividades.... A rotina corrói uma parte do sonho, a engrenagem despersonaliza; a multiplicação de instituições escolares torna previsíveis as atividades profissionais. Há um aumento de oferta profissional (mais vagas para ser professor), junto com uma diminuição das exigências para a profissão (mais fácil ter diploma, muitos estudantes em fase final são contratados, aumenta a concorrência). A tentação da mediocridade é real. Basta ir tocando para ficar anos como docente, ganhar um salário seguro, razoável. Os anos vão passando e quando o professor percebe já está na fase madura e se tornou um professor acomodado.

As etapas pessoais como docente

Apesar de que cada docente tem sua trajetória, há pontos da evolução profissional coincidentes. Relato a seguir uma síntese de questões que costumam acontecer – com muitas variáveis - na trajetória de muitos professores, a partir da minha experiência.

Primeira etapa: iniciação

No começo recém formado, começa a ser chamado para substituir um professor em férias, uma professora em licença maternidade, dá algumas aulas no lugar de professores ausentes. Ele ainda se confunde com o aluno, intimamente se sente aluno, mas percebe que é visto pelos alunos como uma mistura de professor e aluno. Ele luta para se impor, para impressionar, para ser reconhecido. Prepara as aulas, traz atividades novas, se preocupa em cativar os alunos, em ser aceito. Sente medo de ser ridicularizado em público com alguma pergunta impertinente ou muito difícil. Tem medo dos que o desafiam, dos alunos que não ligam para as suas aulas, dos que ficam conversando o tempo todo. Procura ser inovador, e, ao mesmo tempo, percebe que reproduz algumas formas de ensinar que via como aluno, algumas até que criticava. É uma etapa de aprendizagem, de insegurança, de entusiasmo e de muito medo de fracassar. O tempo passa, os alunos vão embora, chegam outros em outro semestre e o processo recomeça. Agora já tem uma noção mais clara do que o espera; planeja com mais segurança o novo semestre, repete alguns macetes que deram certo no primeiro semestre, busca alguns textos diferentes, inova um pouco, faz uma síntese do que deu certo antes. Vê que algumas atividades funcionam sempre e outras não tanto. Descobre que cada turma tem comportamentos semelhantes, mas que reage de forma diferente às mesmas propostas e assim vai, por tentativa e erro, aprendendo a diversificar, a desenvolver um “feeling” de como está cada classe, de quando vale a pena insistir na aula teórica planejada e quando tem que introduzir uma nova dinâmica, contar uma história, passar um vídeo, encurtar o fim da aula, etc.

Segunda etapa: consolidação

De semestre em semestre o jovem professor vá consolidando o seu jeito de ensinar, de lidar com os alunos, as áreas de atuação. Consegue ter maior domínio de todo o processo. Isso lhe dá segurança, tranqüilidade. Os colegas e coordenadores vão indicando-o para novas turmas, novas disciplinas, novas instituições. Multiplica o número de aulas. Aumenta o número de alunos. É freqüente, no ensino superior particular, um professor ter entre mais de quinhentos alunos por semana. Compra um apartamento. Forma uma família. Vira um tocador de aulas. Cada vez precisa aumentar mais o número de aulas, para manter a renda.

Desenvolve algumas fórmulas para se poupar. Repete o mesmo texto em várias turmas e, às vezes, em várias disciplinas. Utiliza um mesmo vídeo para diversos temas. Dá trabalhos bem parecidos para turmas diferentes, em grupo, para facilitar a correção. Lê superficialmente os trabalhos e as provas. Faz comentários genéricos: Continue assim, “insuficiente”, “esforce-se mais”, “parabéns”, “interessante”. Prepara as aulas encima da hora, com poucas mudanças. Repete fórmulas, métodos, técnicas.

Terceira etapa: Crise de identidade

Sempre há alguma crise, mas esta é diferente: pega o professor de cheio. Aos poucos o dar aula se torna cansativo, repetitivo, insuportável. Parece que alguns coordenadores são mais “chatos”, “pegam mais no pé”. Algumas turmas também não querem nada com nada. As reuniões de professores são todas iguais, pura perda de tempo. Os salários são baixos. Outros colegas mostram que ganham mais em outras profissões. Renova-se a dúvida: vale a pena ficar como está ou dar uma guinada profissional?

Por enquanto vai tocando. Torce para que haja muitos feriados, para que os alunos não venham em determinados dias. Qualquer motivo justifica não dar aula. Cria muitas atividades durante a aula: leituras em grupo, pesquisa na biblioteca, vídeos longos e isso lhe permite descansar um pouco, ficar na sala dos professores, poupar a voz.

Muitas vezes essa crise profissional vem acompanhada de uma crise afetiva. O relacionamento a dois não é o mesmo, passa pela indiferença ou pela separação. Sente-se intimamente bastante só, apesar das aparências. E em algum momento a crise bate mais fundo: o que é que eu faço aqui? Qual é o sentido da minha vida? Tem tanta gente que sabe menos e está melhor! Como defender uma sociedade mais justa num país onde só os mesmos ficam mais e mais ricos?

Olha para trás e vê muitos recém formados doidos para entrar a qualquer jeito, ganhando menos do que ele. E esses moleques petulantes têm outra linguagem, dominam mais a Internet, estão cheios de gás. Embora faça cursos de atualização, sente-se em muitos pontos ultrapassado. Sempre foi preparado para dar respostas, para ser o centro do saber e agora descobre mais claramente que não tem certezas, que cada vez sabe menos, que há muitas variáveis para uma mesma questão e que novas pesquisas questionam verdades que pareciam definitivas. Essa sensação de estar fora do lugar, de inadequação vai aumentando e um dia explode. A crise se generaliza. Nada faz sentido. A depressão toma conta dele. Não tem mais vontade de levantar, chega atrasado. Justifica cada vez mais suas faltas.

Quarta etapa: mudanças

Diante da crise, alguns professores desistem, entregam a toalha. Procuram algumas saídas, mesmo que precárias: festas, um caso, bebida, algumas viagens. Depois vão se acalmando, dizem: a vida é assim mesmo; “vou tocar a vida o melhor que puder e seguir enfrente”.

Alguns procuram uma nova atividade profissional mais empolgante e deixam as aulas como complemento, como “bico”.

Ele procura refletir sobre sua vida profissional e pessoal. Tenta encontrar caminhos, reaprender a aprender. Atualiza-se, observa mais, conversa, medita. Aos poucos busca uma nova síntese, um novo foco. Começa pelo externo, por estabelecer um relacionamento melhor com os alunos, procura escutá-los mais. Prepara melhor as aulas, utiliza novas dinâmicas, novas tecnologias. Lê novos autores, novas filosofias. Reflete mais, medita. Descobre que precisa se gostar mais, aceitar-se melhor, ser mais humilde e confiante. E assim, pouco a pouco, redescobre o prazer de ler, de aprender, de ensinar, de viver. Está mais atento ao que acontece ao seu lado e dentro de si. Procura simplificar a vida, consumir menos, relaxar mais. Vê exemplos de pessoas que envelhecem motivados para aprender e isso lhe é um estímulo para o futuro, para seguir adiante, para renovar-se todos os dias. Torna-se mais humano, acolhedor, compreensivo, tolerante, aberto. Dialoga mais, ouve mais, presta mais atenção. Com o assar do tempo percebe que não é perfeito, mas que tem evoluído muito e que redescobriu o prazer de ensinar e de viver.

“Sinto-me como alguém que envelhece crescendo” (Rogers)[1]

Esta é a atitude maravilhosa de quem gosta de aprender. O aprender dá sentido à vida, a todos os momentos da vida, mesmo quando ela está no fim.

Aprendi com Rogers a sentir prazer em aprender, e a perceber que podemos envelhecer vivenciando a alegria de aprender com mais profundidade, descobrindo novas perspectivas, idéias, pessoas. Sinto que muitas pessoas aprendem por necessidade, para sobreviver, para não ficar para trás, para ganhar dinheiro. Quando se aposentam, costumam aposentar-se também de aprender. E perdem uma das grandes motivações de viver. Tornam-se previsíveis, repetitivos.

Essa atitude de gostar de aprender não se improvisa. Vai se desenvolvendo ao longo da vida, a partir de experiências positivas na infância, em casa e na escola. Se a escola incentiva a curiosidade, a descoberta, o aluno desenvolve o gosto por ler, por ir além do exigido, pesquisa por si mesmo e vai atrás de novos conhecimentos.

O professor bem sucedido

Por que, nas mesmas escolas, nas mesmas condições, com a mesma formação e os mesmos salários, uns professores são bem aceitos, conseguem atrair os alunos e realizar um bom trabalho no ofício de ajudar os alunos a aprender?

Não há uma única forma ou modelo. Depende muito da personalidade, competência, facilidade de aproximar e gerenciar pessoas. Uma das questões que determina o sucesso profissional maior ou menor do professor é a capacidade de relacionar-se, de comunicar-se, de motivar o aluno de forma constante e competente. Alguns professores conseguem uma mobilização afetiva dos alunos pelo seu magnetismo, simpatia, capacidade de sinergia, de estabelecer um “rapport”, uma sintonia interpessoal grande. É uma qualidade que pode ser desenvolvida, mas alguns a possuem em grau superlativo, a exercem intuitivamente e facilita todas as atividades propostas.

Uma das formas de estabelecer vínculos é mostrar genuíno interesse pelos alunos. Os professores de sucesso não se preparam para o pior, mas para o melhor nos seus cursos. Preparam-se para desenvolver um bom relacionamento com os alunos e para isso os aceitam afetivamente antes de os conhecerem, se predispõem a gostar deles antes de começar um novo curso. Essa atitude positiva é captada consciente e inconscientemente pelos alunos que reagem da mesma forma, dando-lhes crédito, confiança, expectativas otimistas. O contrário também acontece: professores que se preparam para a aula como uma batalha, que estão cheios, cansados de dar aula passam consciente e inconscientemente esse mal-estar que é correspondido com a desconfiança dos alunos, com o distanciamento, com barreiras nas expectativas.

É muito tênue o que fazemos em aula para facilitar a aceitação ou provocar a rejeição. É um conjunto de intenções, gestos, palavras, ações que são traduzidos pelos alunos como positivos ou negativos, que facilitam a interação, o desejo de participar de um processo grupal de aprendizagem, de uma aventura pedagógica (desejo de aprender) ou, pelo contrário, levantam barreiras, desconfianças, que desmobilizam.

O sucesso pedagógico depende também da capacidade de expressar competência intelectual, de mostrar que conhecemos de forma pessoal determinadas áreas do saber, que as relacionamos com os interesses dos alunos, que podemos aproximar a teoria da prática e a vivência da reflexão teórica.

A coerência entre o que o professor fala e o que faz, como vive é um fator importante para o sucesso pedagógico. Se um professor une a competência intelectual, a emocional e a ética causa um profundo impacto nos alunos. Estes estão muito atentos à pessoa do professor, não somente ao que fala. A pessoa fala mais que as palavras. A junção da fala competente com a pessoa coerente é poderosa.

As técnicas de comunicação também são importantes para o sucesso do professor. Um professor que fala bem, que conta histórias interessantes, que tem feeling para sentir o estado de ânimo da classe, que se adapta às circunstâncias, que sabe jogar com as metáforas, o humor, que usa as tecnologias adequadamente, sem dúvida consegue bons resultados com os alunos. Os alunos gostam de um professor que os surpreenda, que traga novidades, que varie suas técnicas e métodos de organizar o processo de ensino-aprendizagem.

Ensinar sempre será complicado pela distância profunda que existe entre adultos e jovens. Por outro lado, essa distância nos torna interessantes, justamente porque somos diferentes. Podemos aproveitar a curiosidade que suscita encontrar uma pessoa com mais experiência, realizações e fracassos. Um dos caminhos de aproximação ao aluno é pela comunicação pessoal de vivências, estórias, situações que o aluno ainda não conhece em profundidade. Outro é o da comunicação afetiva, da aproximação pelo gostar, pela aceitação do outro como ele é e encontrar o que nos une, o que nos identifica, o que temos em comum. Um professor que se mostra competente e humano, afetivo, compreensivo atrai os alunos. Não é a tecnologia que resolve esse distanciamento, mas pode ser um caminho para a aproximação mais rápida: valorizar a rapidez, a facilidade com que crianças e jovens se expressam tecnologicamente ajuda a motivar os alunos, a que queiram se envolver mais. Podemos aproximar nossa linguagem da deles, mas sempre será muito diferente. O que facilita são as entrelinhas da comunicação lingüística: a entonação, os gestos aproximadores, a gestão de processos de participação e acolhimento, dentro dos limites sociais e acadêmicos possíveis.

O educador não precisa ser “perfeito” para fazer um grande trabalho. Fará um grande trabalho na medida em que se apresenta da forma mais próxima ao que ele é naquele momento, que se “revela” sem máscaras, jogos. Quando se mostra como alguém que está atento a evoluir, a aprender, a ensinar e a aprender. O bom educador é um otimista, sem ser ‘ingênuo”. Consegue “despertar”, estimular, incentivar as melhores qualidades de cada pessoa.

A rotina da profissão do educador

Como em outras profissões há uma distância entre os sonhos e a realidade. No começo, recém formados, os jovens professores compensam com o entusiasmo a falta de experiência e de formação nos métodos e técnicas de comunicação em sala de aula, de gestão do processo de ensino-aprendizagem.

Aos poucos vão assumindo novas turmas, trabalhando em duas ou três escolas para poder ter um salário decente e o ensinar vai tornando-se sua profissão, seu ofício um ano após o outro, uma profissão segura e previsível.

Com o tempo, domina os macetes, procura dosar as energias para chegar até o fim da jornada, escolhe turmas melhores, procura facilitar as tarefas de avaliação para não demorar tanto na correção de atividades.

A profissão do professor vira rotina, repetição, os semestres e os anos vão passando, tudo parece que se repete e costumam, muito deles, passar pelo período de saturação: tudo incomoda, ensinar parece tedioso, improdutivo; consultam o calendário olhando os feriados, as pontes sem aula, os domingos a noite cada vez mais deprimentes, calculam o tempo que lhes falta para aposentadoria.

Uma parte dos professores continua sua rotina a caminho da mediocridade. Fazem cursos de atualização para ganhar pontos, melhorar o salário, mas pouco mudam na sua prática pedagógica. Outros, insatisfeitos, procuram formas de melhorar, de evoluir. Inscrevem-se em novos cursos, procuram melhorar suas aulas, se preocupam mais com os alunos, introduzem novas tecnologias nas classes, novas técnicas de comunicação.

Tem professores que se burocratizam na profissão. Outros se renovam com o tempo, se tornam pessoas mais humanas, ricas e abertas. As chances são as mesmas, os cursos feitos, os mesmos; os alunos, também são iguais. A diferença é que uma parte muda de verdade, busca novos caminhos e a outra se acomoda na mediocridade, se esconde nos ritos repetidos. Muitos professores se arrastam pelas salas de aula, enquanto outros, nas mesmas circunstâncias, encontram forças para continuar, para melhorar, para realizar-se.

Não tem programas de formação, de atualização que dêem certo se os professores não se motivam para melhorar, se não estão dispostos a crescer, aprender, evoluir.

O professor-aprendiz

Quando pensamos em educação costumamos pensar no outro, no aluno, no aprendiz e esquecer como é importante olharmo-nos os que somos profissionais do ensino como sujeitos e objetos também de aprendizagem. Ao focarmo-nos como aprendizes, muda a forma de ensinar. Se me vejo como aprendiz, antes do que professor, me coloco numa atitude mais atenta, receptiva, e tenho mais facilidade em estar no lugar do aluno, de aproximar-me a como ele vê, a modificar meus pontos de vista.

A atitude primeira do educador profissional em perceber-se como aprendiz o torna atento ao que acontece ao seu redor, sensível às informações do ambiente, dos outros. Preciso colocar-me junto com o aluno como professor-ensinante e professor-aprendiz. Parece óbvio ou só um jogo de palavras, mas não o é e a mudança de atitude tem grandes conseqüências. Se me coloco, como professor, sempre e somente no lugar do aluno, trabalho com informações úteis para o aluno, adquiro uma grande capacidade de senti-lo, de adaptar a minha linguagem, de sintonizar com suas aspirações e isso é bom. Se eu, ao mesmo tempo, que penso no aluno, também me penso como aluno, além de adaptar-me ao outro, eu estou aprendendo junto, estou fazendo a ponte entre informação, conhecimento e sabedoria, entre teoria e prática, entre conhecimento adquirido e o novo. Com um olho vejo o aluno, como o outro me enxergo como aluno-professor. O que estou propondo é ampliar o foco da relação para não colocar-me só na posição de professor e sim na de aluno/professor com mais intensidade.

Quais são as conseqüências? Se aprendo mais, de verdade, se incorporo a aprendizagem para o outro à aprendizagem também para mim, evoluirei mais rapidamente, entenderei melhor os mecanismos de aprender, as dificuldades, os conflitos pessoais e os dos meus alunos. Se eu aprendo mais e melhor, só me falta pensar como encontrar o caminho para comunicar-me com os alunos, como ser mediados entre onde me encontro e onde eles se encontram.

Roteiros previsíveis e semi-desconhecidos

Se me coloco como professor que aprende e não só que ensina, viverei duas situações interligadas, mas diferentes. Em muitas ocasiões, me coloco diante dos alunos como alguém que já conhece, que já percorreu o caminho anteriormente e que quer ajudar os alunos a fazer essa travessia. Ensinar o que já conhecemos é o que fazemos quando transmitimos nossas experiências, vivências, exemplos, situações, leituras. Como pessoa mais experiente, espera-se que ajude os alunos nesta travessia.

Mas há momentos e situações que escapam mais ao meu controle, nas quais me vejo também vivendo como aprendiz, que eu começo a enxergar de uma outra forma, sem ainda ter feito todo o percurso de antemão. Nesta situação, sou um professor que está aprendendo e, ao mesmo tempo, mostrando o processo de aprender enquanto acontece e não só o resultado, como um processo plenamente dominado. É uma outra forma e situação que hoje enfrentamos com freqüência e que é rica também para o aluno.

Com um exemplo ficará mais fácil visualizar o que estou dizendo. Se eu já conheço Madri e Barcelona, ao vivo e por leituras, posso ser guia dos meus alunos, ajudá-los a escolher os melhores pontos turísticos para visitar, darei informações mais precisas sobre o que estamos vendo. O meu conhecimento prévio me torna um informante e mediador confiável. Isso me dá segurança e confere segurança também aos alunos: temos um guia conhecedor e confiável.

Mas há outros momentos em que posso fazer um convite aos alunos e dizer-lhes: Vamos viver uma aventura? Vamos todos juntos para uma cidade desconhecida, fazer um caminho diferente, que eu ainda não percorri? Apesar da minha experiência como viajante-conhecedor, agora há elementos que me escapam, há conhecimentos que preciso atualizar rapidamente, haverá um maior número de surpresas, os alunos poderão trazer informações significativas que eu desconheço. Nesta última situação eu aprendo junto muito mais, embora possa cometer alguns erros de percurso, me perder em alguns momentos, ficar em dúvida sobre quais escolhas são as mais acertadas. E os alunos, sendo co-responsáveis pelo processo, também estarão mais motivados e darão contribuições mais significativas.

Se eu me coloco como um professor-aprendiz e não só como um especialista em viagens, proporei aos alunos novos caminhos, novos desafios, e não só roteiros previsíveis. Os roteiros previsíveis dão segurança, nos tranqüilizam, mas, na segunda ou terceira vez, já perdem a graça. Muitos professores se comportam como guias turísticos que fazem sempre os mesmos roteiros, repetem as mesmas falas, percorrem cada semestre os mesmos percursos. Na décima viagem, será muito difícil estar empolgado, a não ser fazendo um esforço, conscientizando-me de que é minha atividade profissional e represento o papel da descoberta, mas não a vivencio. Somente os alunos podem vivenciá-la, se para eles realmente é uma descoberta, se eles já não tinham estado antes em outra excursão ou por si mesmos. Se eu sou professor-aprendiz, mesmo que conheça os roteiros, estarei atento a novos detalhes, novas informações, novos caminhos. Criarei estratégias de motivação diferentes, farei entrevistas com pessoas que não conheço. Dentro da previsibilidade do roteiro, farei inúmeras variações (porque eu também estou aprendendo junto).

Se sou um professor-aprendiz inovador posso combinar roteiros previsíveis, trilhados com diferentes estratégias e caminhos, com roteiros semi-desconhecidos onde eu não sou tão especialista e em que proponho que o grupo esteja mais atento para aprendermos juntos, para utilizar todas as experiências prévias de todos, para trocar mais informações. Sem dúvida é mais arriscado, mas mais excitante.

Numa sociedade como a nossa, com tantas mudanças, rapidez de informações e desestruturação de certezas, não podemos ensinar só roteiros seguros, caminhos conhecidos, excursões programadas. Precisamos arriscar um pouco mais, navegar juntos, trocar mais informações, apoiados no guia um pouco mais experiente, mas que não tem todas as certezas, porque elas não existem como antes se pensava.

Muitos transformam a educação em uma agência de viagens, com roteiros pré-programados, previsíveis. É, sem dúvida, mais seguro, fácil para todos e confortável. Hoje é insuficiente esse modelo. Precisamos combiná-lo com roteiros semi-previsíveis, semi-estruturados, com pontos de apoio sólidos, mas com muitos momentos livres para permitir escolhas personalizadas e com outros de aventura, onde todos nos sintamos empolgados e efetivamente participantes de uma aprendizagem coletiva.

O que é importante para ser professor hoje

Algumas diretrizes são importantes para o professor que quer ser excelente profissional:[2]
  • Crescer profissionalmente, atento a mudanças e aberto à atualização.
  • Conhecer a realidade econômica, cultural, política e social do país, lendo atenta e criticamente jornais e revistas impressos e na Internet.
  • Participar de atividades e projetos importantes da escola
  • Escolher didáticas que promovam a aprendizagem de todos os alunos, evitando qualquer tipo de exclusão e respeitando as particularidades de cada aluno, como sua religião ou origem étnica.
  • Orientar a prática de acordo com as características e a realidade dos alunos, do bairro, da comunidade.
  • Participar como profissional das associações da categoria e lutar por melhores salários e condições de trabalho.
  • Utilizar diferentes estratégias de avaliação de aprendizagem — os resultados são a base para você elaborar novas propostas pedagógicas. Não há mais espaço para quem só sabe avaliar com provas.
Aprendendo a construir a identidade pedagógica pessoal

Cada um de nós vai construindo sua identidade com pontos de apoio que considera fundamentais e que definem as suas escolhas. Cada um tem uma forma peculiar de ver o mundo, de enfrentar situações inesperadas. Filtramos tudo a partir de nossas lentes, experiências, personalidade, formas de perceber, sentir e avaliar a nós mesmos e aos outros.

Uns precisam viver em um ambiente super-organizado e não conseguem produzir se houver desordem, enquanto outros não dão a mínima para a bagunça ou fazem dela um hábito. Uns precisam de muita antecedência para realizar uma tarefa, enquanto outros só produzem sob a pressão do último momento.

Na construção da nossa identidade é importante como nos vemos, como nos sentimos, como nos situamos em relação aos outros. Muitos fomos educados para depender da aprovação dos demais, fazemos as coisas pensando mais em agradar os outros do que no que realmente desejamos.

Todos experimentamos inúmeras formas de comparação, ficamos em segundo plano, fomos deixados de lado, sofremos todo tipo de perdas e isso interfere na nossa auto-imagem.

Sempre nos colocam modelos inatingíveis de beleza, de riqueza, de sucesso, de realização afetiva. É intensa a pressão social para que nos sintamos infelizes, diminuídos em alguns pontos ou para que nos contentemos com pouco.

Muitos permanecem imobilizados pelo medo do julgamento alheio, pelo medo de falhar. Vivem para fora, para serem queridos, aceitos. E sem essa aceitação se sentem mal, se escondem fisicamente ou através de formas de comunicar-se pouco autênticas, desenvolvendo papéis para consumo externo.

Internamente – mesmo quando aparentemente o negamos – temos consciência de que somos frágeis, contraditórios, inconstantes e, em alguns campos, inferiores a outros.

A grande questão é que, intimamente, muitos não se gostam de verdade, não se aceitam plenamente como são, duvidam do seu valor, tentam justificar seus problemas, procuram formas de compensação, de aprovação.

Boa parte dos nossos descaminhos, das nossas dificuldades, perdas e problemas advém do medo de sermos felizes, de acreditar no nosso potencial.

Ficamos marcando passo por sentir-nos inseguros, por incorporar tantas injunções negativas, acomodadoras, medíocres.

Essa construção da nossa identidade que fomos realizando tão penosamente não a podemos modificar magicamente. Podemos, contudo, aprender a ir modificando alguns processos de percepção, emoção e ação.

É importante reconhecer nossas qualidades, valorizá-las, destacá-las e buscar formas de colocá-las em prática, escolhendo situações em que elas sejam mais testadas e necessárias. Estar atentos ao que acontece e ir antecipando-nos, prevendo, testando, avaliando.

Somos chamados a realizar grandes vôos. Podemos ir muito além de onde estamos e de onde imaginamos e de onde os outros nos percebem.

Podemos modificar nossa percepção, aprendendo a aceitar-nos e a gostar plenamente de nós, a aceitar-nos plenamente, intimamente como somos, sem comparações nem desvalorizações, quando ninguém nos vê, quando não temos que representar para alguém e ir adiante, no nosso ritmo, acreditando no nosso potencial.

Para mudar o mundo podemos começar mudando a nossa visão dele, de nós. Ao mudar nossa visão das coisas, tudo continua no mesmo lugar, mas o sentido muda, o contexto se altera.

Em geral não é preciso ir morar em outro ambiente, em outra cidade, mas descobrir novas formas de olhar e de compreender as pessoas, os ambientes com as que convivemos.

Construímos a vida sobre fundamentos autênticos ou falsos. As construções em falso são como andaimes ou contrapesos para segurar uma parte do prédio que pode vir abaixo, cair. Procuramos esconder – até de nós mesmos - o lado negativo, o que anos incomoda, o que não gostamos.

Quanto mais muros de contenção, duplas paredes, contrafortes criamos,

Quanto mais estruturas paralelas levantamos, menos evoluímos a longo prazo, menos nos realizamos.

As pessoas podem criar obras incríveis, maravilhosas em qualquer setor e, mesmo assim, girar em falso, estarem construindo superestruturas paralelas.

Se o que nos leva a realizar coisas é a necessidade de reconhecimento, de aceitação, de ser queridos, o foco está distorcido e poderemos estar agindo a vida toda em falso.

Se eu preciso necessariamente da aprovação de alguém para sentir-me bem, na mesma medida deixo de aceitar-me, de gostar-me, de integrar-me. Eu me volto na direção do outro, o coloco como eixo e começo a girar em falso. E quanto mais insisto nesse padrão e direção, mais me afasto do meu centro, mais energia preciso gastar, mais peso e superestrutura acumular. Posso ser reconhecido e não evoluir nem ser feliz.

Creio que a grande maioria das pessoas se agita muito, faz mil atividades, mas não foca o essencial. Chega quase lá, mas lhe falta a atitude de total sinceridade consigo, de permitir-se o desvendamento de tudo o que é e carrega consigo. Espera a sua realização dos outros, de ser reconhecido por eles.

Hoje dá-se muita ênfase às profissões onde há visibilidade, de divulgação, de marketing, que propiciam ser reconhecido como as de modelo, ator, esportista, televisão...). Muitos buscam a TV, ser entrevistados, aparecer em comun as de jornais. Em si isso é bom, mas a atitude pode atrapalhar. Precisam de reconhecimento social como condição fundamental para sentir-se bem. São felizes se e quando aparecem, quando são solicitados, quando estão em evidência.

É bom ser chamado, mas não posso depender disso, não posso ser infeliz se não me chamam nem focar minha vida em função do reconhecimento público. Se vier, ótimo, o aceitarei com prazer, mas não estarei ansioso pelo sucesso, pela aprovação, por ser reconhecido. Continuo minha vida focando a aceitação, a mudança possível e a interação tranqüila com as pessoas e atividades que em cada etapa possuem significado e que me ajudam a crescer.

A comunicação autêntica estabelece conexões significativas na relação com o outro. Desarma as resistências e provoca, geralmente, uma resposta positiva, ativa, e desarmada dele. Em contrapartida, a comunicação agressiva gera reações semelhantes no outro e pode complicar todo o processo subseqüente.

A cada dia confirmo mais a importância de termos mais e mais pessoas na sociedade e especificamente na educação que sejam capazes de relacionar-se de forma aberta com os outros, que facilitem a comunicação com os colegas, alunos, administração e famílias. Pessoas maduras emocionalmente, que saibam gerenciar os conflitos pessoais e grupais; que tenham suficiente flexibilidade para compreender diferentes pontos de vista, e intuição para aproximar-se de forma adequada a diferentes pessoas e formas de viver.

Necessitamos urgentemente dessas pessoas para mudar o enfoque fundamental das práticas educacionais, para vivenciar práticas mais ricas, abertas e significativas de comunicação pedagógica inovadora, profunda, criativa, progressista.

Descubro, com satisfação, que mais e mais pessoas estão ou mudando ou querendo mudar. Isso é um excelente sinal de que é possível realizar um grande trabalho na educação brasileira. Vamos concentrar-nos nestes grupos que estão prontos para o novo, que procuram aprender, que estão dispostos a avançar, a experimentar formas mais profundas de comunicação pessoal e tecnológica.

Temos um longo trabalho, no campo político, de implementar ações estruturais de apoio à mudança integrada, que contemple currículo, processos de comunicação e tecnologias. Podemos ir incentivando as pessoas, grupos e instituições que estão buscando soluções novas e sérias em educação. Na universidade podemos dar subsídios teóricos e pedagógicos para essa mudança.

[1] Um jeito de ser, p.33.

[2] Adaptado de Denise PELLEGRINI. O ensino mudou e você?. Revista Nova Escola. Ed. 131, abril, 2000. Disponível em: http://novaescola.abril.uol.com.br/ed/131_abr00/html/cresca.htm

Este texto meu foi publicado no livro A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá, p. 73-86.

Fonte: http://www.eca.usp.br/prof/moran/desafios.htm

17 de ago. de 2009

Serão os blogs uma espécie em extinção?


Olá Amigos

Ontem eu vi no Twitter uma mensagem da fantástica Cora Ronai ( @cronai ) que da título a essa postagem: Serão os blogs uma espécie em extinção? . Li a postagem que está no blog dela e lá ela cita que o email já é uma ferramenta no mínimo gasta ou já ultrapassada. Mas adiante ela cita: "Vai desaparecer? Duvido, mas será cada vez menos relevante."

Ela comenta que com o crescimento das redes sociais vai decretar, ou melhor indicar, o fim dos blogs coisa que eu não acredito. É verdade que uma parte considerável do movimento dos blogs tem mudado de mala e cuia para as redes sociais, e que os 140 caracteres do Twitter limitam bastante um papo ou uma reflexão completa. No caso do Facebook, que é citado pela Cora Ronai na postagem, permite comentários, brincadeiras e a inserção, na mesma página, de imagens e vídeos e não tem a "amarra" do twitter.

Ela cita que: "Pensando bem, o Facebook nada mais é do que um gigantesco blog, escrito simultaneamente a milhões de mãos.

O Twitter, por sua vez, definido como microblog, está mais para quadro de avisos, de onde se apontam os textos, filmes e fotos que chamaram a atenção dos usuários. É, porém, imbatível para informações curtas e rápidas.


Um não anula o outro, pelo contrário: no Twitter a gente dá um alô apressado, no Facebook a gente senta para conversar.
"

Concordo com ela em alguns pontos, mas que os blogs vão desaparecer, ou melhor entrar para lista de ferramentas virtuais com risco de extinção eu não acredito. Mesmo caso do email. O Facebook é sim uma ferramenta interessante sobre muitos pontos de vista pois permite comentários, brincadeiras, imagens e vídeos . E alem de permitir aos programadores fazerem pequenos programas para eles, é uma estrategia muito inteligente.

Não percam o Especial MTV: A História do Facebook, veja a entrevista de Cazé com Mark Zuckerberg, criador do Facebook, para entender um pouco mais sobre esse fenômeno da internet.

Lendo o livro Blogging Heroes do Michael A. Banks, vi o tão imenso é a blogosfera. Hoje há entre mais de 100 milhões de blogs, e nesse universo surgem 30 blogueiros com seguidores fiéis, que acompanham os blogs, considerados influentes, inovadores e bem-sucedidos.

Eles escrevem sobre tudo, de tendências de negócios e trabalhos internos, dicas para pais, segredos pessoais e tantos outros assuntos.
Então diante desse universo e dessa diversidade eu não acredito na morte dos blogs. O que pode e deve ocorrer sim é uma adaptação ou integração com outra ferramenta virtual.

Mas agora que você leu a postagem da Cora Ronai, assistiu o especial e leu o Caldeirão de Ideias me fala uma coisa:

Para você os blogs vão morrer ou desaparecer? Ou nem um nem outro?

Opine e comente aqui

Abraços

Equipe NTE Itaperuna

16 de ago. de 2009

Jornal sem papel: designers criam novo sistema para ler notícias

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O desafio era encontrar uma solução sustentável para a produção dos milhares de jornais em todo o mundo, todos os dias. Foi então que surgiu a ideia dos designers Seon-Keun Park e Byung-Min Woo de criar uma máquina capaz de atualizar as notícias em um jornal eletrônico e, assim, evitar o uso de tanto papel e recursos naturais para produzir, distribuir e descartar os periódicos.

As acusações contra a produção do jornal tradicional são muitas: provocar a derrubada de árvores, gastar muita água, usar tinta na impressão, sem contar as emissões de gases poluentes durante o transporte e todos os gastos com energia.

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Como funciona

A solução apresentada pelos designers foi batizado de IN - sigla para Innovation of Newspaper – ou Inovação do Jornal. Ela é uma máquina conectada à internet via wi-fi e possui um despertador embutido. No horário desejado, o despertador toca e avisa se existem atualizações nos sites de notícia escolhidos.

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Se houver novidade, basta colocar o display flexível no local indicado e a máquina fará as atualizações de acordo com o site de notícias. O leitor pode, então, retirar a tela da máquina e ler em qualquer lugar. O sistema ainda avisará sempre que existirem atualizações das notícias.

O produto ainda é um protótipo e não há garantia de que será lançado comercialmente.

Se você quiser saber mais, é só clicar aí embaixo para ver o vídeo.

Via EcoDesenvolvimento.

Fonte: http://colunas.epocanegocios.globo.com/empresaverde/2009/08/10/jornal-sem-papel-designers-criam-novo-sistema-para-ler-noticias/

15 de ago. de 2009

Woodstock - Semente da Liberdade

Olá Amigos

Estava a tempos querendo falar sobre cultura livre e comecei a pesquisar, então nessa busca encontrei o berço de todo movimento. Para começar, uma constatação óbvia: Woodstock foi uma moeda que caiu em pé. Os deuses de todos os povos e de todos os tempos parecem ter-se mobilizado para que tudo desse certo durante três dias mágicos, maravilhosos, que seriam para sempre lembrados como uma amostra da perfeição possível neste sofrido planeta.

Sem favor nenhum, posso afirmar que Woodstock foi o evento musical que mais influenciou as artes e os costumes na história da humanidade. E a conjunção de fatores que o transformou em marco e lenda dificilmente se repetirá.


Anos 60 foi à época de todas as mudanças. Logo após o homem chegar à Lua, entre 15 e 18 de Agosto de 1969, realizou-se o Festival de Woodstock, nos Estados Unidos, três dias que abalaram o Mundo. O lendário festival de Woodstock, que em três dias de "paz, amor e música" (ou seria sexo, drogas e rock’n roll) que reuniu mais de 500 mil pessoas. Apresentaram-se por lá artistas do calibre de Jimi Hendrix, Janis Joplin (precisou de apoio para entrar no palco), Santana, The Who, Joan Baez, Joe Cocker (outro que entrou chapado, mas quem não ?), Jefferson Airplane, The Band, 10 Years After, Country Joe & The Fish, John Sebastian, Tim Hardin, Ravi Shankar, Arlo Guthrie, Canned Heat, Sly & The Family Stone, Grateful Dead, Creedence Clearwater Revival, Crosby, Still, Nash & Young, Sha-Na-Na, Paul Butterfield Band e outros que completa 40 anos nesta semana e continua sendo considerado um acontecimento inigualável.







O homem tinha acabado de dar os primeiros passos na Lua e antes, o mundo inteiro viu os estudantes se manifestarem nas ruas de Paris, naquilo que ficou para a História como o Maio de 68. Nos Estados Unidos, a guerra do Vietnam estava no auge e a os protestos em relação ao conflito tornavam-se mais constantes. Numa epoca de acontecimentos que marcaram o mundo como quando os tanques soviéticos invadem Praga para reprimir protestos de aniversário da invasão de 1968, o assassinato de Sharon Tate e de seus amigos pela família Manson, o assassinato de Martin Luther em Memphis, Tenessee, e ainda a morte de Robert Kennedy, também abatido a tiros, foram eventos emblemáticos desse tempo. Uma década de extremos.

O Festival de Woodstock foi uma celebração à chegada da Era de Aquário, e nada representava melhor do que isso, o significado dessa Nova Era. Woodstock teve mais relevância por aquilo que representou do que propriamente pelo aspeto musical. Woodstock é o retrato fiel de uma época e permanece no imaginário coletivo como o lugar no qual o inconformismo e a rebeldia de uma geração castigada pela Guerra do Vietnã deram lugar, apesar da má organização, da chuva e da lama, a três dias de "paz, amor e música" (ou seria sexo, drogas e rock’n roll).

Foi nesta época que a grande maioria dos jovens entrou no universo das drogas, no amor livre, num regime de liberdade nunca antes visto. E Woodstock aconteceu exatamente nesse momento, acabando por ser um imenso ritual libertário para mais de meio milhão de pessoas. O festival foi o ponto alto do movimento da contracultura da década de 60 e da era hippie. Woodstock foi o estopim para que nos anos 70 houvesse uma explosão de reivindicações de minorias étnicas e sexuais, de forma jamais imaginada pela sociedade norte-americana. Revoluções comportamentais, sexo alternativo (com respaldo das pílulas anticoncepcionais).

As características da contracultura são ressaltadas no festival:
  • o amor livre e a desinibição corporal, com o nudismo sendo amplamente praticado, de forma inocente e até singela;
  • a convivência harmoniosa, sem nenhum resquício de preconceito, entre indivíduos de todas as raças, credos e orientações sexuais;
  • o consumo explícito e justificado (por alguns entrevistados, como Jerry Garcia) das drogas que, no entender daquela geração, abriam as “portas da percepção”, que alias começou em 1965, com um estudante de química chamado Owsley Stanley que aprendeu como fabricar ácido lisérgico no porão de sua casa e logo inundou San Francisco com o LSD, impulsionando o surgimento da geração das flores, imortalizada pela bela canção de Scott McKenzie: “Se você vier para San Francisco,/ não se esqueça de colocar/ algumas flores no seu cabelo…” Foi aí que o movimento hippie nasceu, aglutinando jovens que recusavam o american way of life e caíam na estrada, em busca de aventuras e novas experiências;
  • o visual premeditadamente desarrumado do pessoal, com suas roupas coloridas, ponchos e cabeleiras imponentes;
  • a substituição dos laços familiares por uma comunidade grupal (ou, como se dizia então, tribal);
  • a volta à natureza e a redescoberta do lúdico (em vários momentos, vêem-se marmanjos entregues a brincadeiras pueris, sem nenhum constrangimento);
  • a profusão de crianças, pois os hippies mandavam às favas o planejamento familiar, os anticoncepcionais e os abortos, assumindo plenamente o amor e suas conseqüências;
  • o solene desprezo pelas regras e valores dominantes na sociedade, que se evidencia até nas falas dos organizadores do festival, não ligando a mínima para os prejuízos que estavam ameaçados de sofrer.


Na época, o cenário tecnológico que hoje vivemos estava sendo concebido. A contracultura afetou vários segmentos da sociedade inclusive o de pesquisadores e cientistas das universidades pelo mundo afora. No caso da tecnologia, a contracultura influenciou praticamente todos os pilares da atual sociedade da informação: o Sistema Operacional Unix (Berkeley), os primeiros circuitos integrados (”small is beautiful”), o protocolo IP, o microcomputador pessoal (Steve Jobs), a linguagem de programação C e o movimento pelo software livre (na época era o sexo e as drogas). Vai ver era por isso toda esta turma de cientistas era cabeluda, barbuda e vegetariana.

Mas o que foi plantado lá floresceu e se espalhou pelo mundo. Com um mundo globalizado e tecnologicamente dotado a semente da liberdade e da cultura livre ganhou proporções nunca antes vista. Mas o que levaria hoje 3 mil jovens a acampar durante uma semana num festival? Não é sexo, drogas e rock’n’roll. Junte barracas esses “geeks” (nerds ligados em tecnologia) que levarão seus computadores personalizados. Então troque o campo pela cidade, os astros de rock por gurus e evangelistas tecnológicos, o psicodélico das drogas pelo psicodélico das tecnologias (games, simuladores, …) e encontramos então cientistas, programadores, público, tecnologistas, educadores, ativistas com a mesma atitude de Woodstock: mudar o mundo através da tecnologia.

Trata-se do Campus Party, festival de tecnologia que nasceu na Espanha em 1997. Para a turma desse Woodstock da era da internet ver Jon "Maddog" Hall falando é tão eletrizante quanto Jimi Hendrix dedilhando na guitarra o hino americano. E amigos eu não fui a Woodstock, coisa que todo garoto de minha geração sonhou , mas fui a um Campus Party. E lá vi a maior celebração de uma geração que com certeza irá mudar o mundo. O Campus Party foi um evento de conteúdo e de compartilhamento livre.

Mas afinal quais foram as grandes conquistas da Geração Woodstock?

A grande vitória da Geração Woodstock foi ter conseguido criar um ativismo em defesa do meio ambiente e a favor de algumas causas justas, criou a imagem do jovem como centro do universo do consumo, lançou alguns modismos que hoje estão em menor evidência, como o ioga, a macrobiótica, o ocultismo e a agricultura natural (sem defensivos e fertilizantes).

Não durou, entretanto, foi aquela militância política idealista e generosa: as gerações seguintes se desinteressaram de mudar o mundo, voltando a priorizar a ascensão profissional e social. O rock, depois de uma fase intensamente criativa e experimental, voltou aos caminhos seguros do marketing.

As drogas, ao invés de abrirem as portas da percepção, se tornaram instrumentos para a fuga à realidade e a ilusão de onipotência, cada vez mais pesadas, até que se chegou ao pesadelo do crack. E o amor livre degenerou em sexo casual, promiscuidade e Aids.

O sonho acabou? Talvez. Mas, quem partilhou do sonho, só lamenta que tenha durado tão pouco e tenha sido substituído por uma realidade tão cruel quanto sem graça.

Eu prefiro acreditar no ideal que iluminou nossas vidas por um pequeno instante… e marcou-nos para sempre continue a influenciar os jovens de outras gerações com seus ídeais.

Abraços

Equipe NTE Itaperuna

14 de ago. de 2009

O H1N1 - Teoria da Conspiração ou apenas falta de informação?

Olá Amigos

Tenho presenciado uma discussão sobre uma teoria conspiratória em função do vírus da nova gripe e por ser um único tipo de remédio recomendado para combater a nova gripe. Independente de ser ou não ser verdade, acho tudo isso meio assim como aquele seriado, que fez muito sucesso intitulado Arquivo X.


Os meus amigos Guel Rezende e Franz do blog Este blog é minha rua (Cenas do meu cotidiano de educador) sugeriram um vídeo no YouTube onde um médico norte-americano da a sua versão para surgimento do vírus. Vamos ao vídeo:



Ele cita em seu email que “O fato é que a ganância do capitalismo / neocapitalismo é o grande responsável pela desgraceira da vida na Terra (e não só para os humanos), porque existem humanos capazes de tudo, tudo mesmo, por dinheiro. Exemplos existem aos zilhões.” Ele está inclinado a acreditar nesta versão, se verdade ou não, mas o tema desencadeou um bom debate na lista de Blogs Educativos.

A Miriam Salles indicou uma postagem do Átila sobre o vírus da gripe suína e as teorias da conspiração. E a colega Suely Aymone indicou um texto também muito bom sobre a paranóia que está tomando conta de todos nesses tempos de falta de informação e imprecisão dos dados sobre a nova gripe.

Para deixar as coisas mais claras vamos aproveitar a informação da Nadia Britto Panaino e explicar:

“Vírus não é ser vivo, não se reproduz, muito menos entra em célula e usa proteína de ninguém! Vírus é uma SUBSTÂNCIA QUÍMICA, que por coincidência pode ser um DNA ou RNA. Apenas isso. Nada mais do que isso. Não respira, não digere, não excreta, nem se reproduz.

E o que acontece?

É a célula que o captura. Antes, porém, a célula tem que ser competente para isso, ou seja, compatível com aquele determinado mutante do vírus. É por isso que uma pessoa "pega" gripe, e a outra, ao lado dela "não pega". Então ela "abre" a capa protéica que protege "a substância" que forma o vírus e ao fazer isso, se depara com, por exemplo, um DNA. Sabe a história do Cavalo de Tróia? É semelhante. Quando ela abre o "presente de grego" e encontra o DNA, tudo dentro da célula pára (normalmente as reações bioquímicas numa célula acontecem com o objetivo de fazer "células-filha" ), e ela obedece ao DNA, que nada mais é que uma "receita de bolo" para produzir, no caso, vírus. Logo, o produto será: VÍRUS!!!!!! E célula que produz vírus, o que acontece??? MORRE!!!!!! É o ciclo da virose, que dura 7 dias! Portanto, ninguém apresenta sintomas do ataque dos vírus; o que a pessoa sente são os efeitos do interferon, substância produzida pelo sistema imune do organismo quando está "combatendo" o vírus. Por isso se deve beber muito água. A água vai diluir o interferon, diminuindo os sintomas. Não existe remédio contra vírus, exatamente porque ele NÃO É SER VIVO!”

Como o melhor remédio para a ignorância é a educação e seguindo essa linha de atuação a professora Fátima Franco postou em seu blog umas postagens divulgando os diferentes recursos que ela usara esta semana, em algumas escolas. Se alguém estiver interessado no material para o trabalho sobre a Gripe e quiser utilizar o planejamento que estará disponibilizado no blog Leitura e Escrita na Escola estejam à vontade.

Bem como sempre digo aos amigos quando discutimos e debatemos abertamente os diversos pontos de vista sempre há um ganho de informação e conhecimento para ficarmos imunes a essas teorias conspiratórias.

Por isso acrescente aqui a sua opinião ou deixe o seu comentário.

Abraços

Equipe NTE Itaperuna

13 de ago. de 2009

Animação como um recurso pedagógico em sala de aula

Professores de arte tem a possibilidade de utilizar a produção de animação como mais um recurso pedagógico. O AnimaMundi (Festival Internacional de Animação do Brasil) desenvolveu a “Cartilha Anima Escola” , material de apoio a arte-educadores que aborda história da animação, técnicas e dicas de como utilizar a produção de animação no ambiente escolar.

Além da cartilha foi desenvolvido um programa denominado MUAN (Manipulador Universal de Animação) em parceria com o IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) e a IBM (International Business Machines). O Muan é um Sistema Livre, compatível com o Sistema Operacional Linux e por sua vez gratuito, que possibilita a democratização da produção de animação. Destinado a produção de filmes animados quadro-a-quadro de fácil manipulação para iniciantes em animação. O software Muan pode ler e escrever arquivos de animação nos formatos avi e mpg, ou como uma lista de imagens nos formatos jpg ou ras, o que torna seu uso bastante flexível e de fácil interação com outros aplicativos de vídeo, mesmo que sobre sistemas operacionais diferentes.

O processo de produção consiste na gravação de imagens fixas sequenciadas através de uma máquina fotográfica, WebCam ou câmera de vídeo digital ligada a um computador.
O programa capta cada imagem gravada e em seguida as compõe de forma que é possível fazer uma pré-visualização da animação, permitindo assim um pré-resultado imediato para a utilização e exibição em sala de aula. A imagem abaixo demonstra a produção da animação em Stop Motion realizada na oficina de animação do Anima Mundi em João Pessoa no ano de 2007.

Informações sobre o projeto, uma parte da cartilha e o programa podem ser baixados no site oficial do Muan:
http://www.muan.org.br/index.htm

fonte:
http://www.muan.org.br/index.htm
http://www.animamundi.com.br/default.asp
http://ensinandoartesvisuais.blogspot.com/2008/07/animao-como-um-recurso-pedaggico-em.html

11 de ago. de 2009

Música e Cultura Livre

Olá Amigos

Nesses dias em que a discussão sobre licenciamento de conteúdo na internet, direitos de copyrigth, teve um debate legal nas lista de discussão Edublogosfera e Blogs Educativos iniciado pela amiga Jenny Horta (grande botafoguense) do PC e a Criança sobre o uso de uma música do Gilberto Gil em uma apresentação em pps/odt.

Há as definições da lei que regulamenta o uso do conteúdo na internet e seus órgãos reguladores (ECAD), as informações repassadas pelo meu amigo Frederico da Teia e pela Ju Sampaio que com a contribuição deles trouxeram um maior entendimento sobre o assunto para todos do grupo, mas desde o Campus Party há um movimento pela liberdade de uso de toda e qualquer obra. Sem entrar no mérito se é certo ou não, (recomendo a leitura dos artigos da Juliana Sardinha do Dicas Blogger sobre direitos autorais), há um grupo que saiu na frente e liberou o seu conteúdo sem "enrolo".

Um desses vanguardistas é o músico Hermeto Pascoal, que liberou para qualquer músico no brasil e no exterior toda sua obra. O gesto de Hermeto Pascoal coloca ele em posição de destaque do que hoje se chama de Cultura Livre: aquela que defende que todo bem cultural, científico e tecnológico produzido pertence à sociedade e não exclusivamente ao seu criador. Hermeto, que costuma dizer que suas músicas, quando prontas, são jogadas ao vento e portanto ao mundo pertencem. Isso sim é um avanço imenso para a disseminação na política da cultura e do conhecimento livre.

Outro coisa boa foi o site Jamenco que é uma comunidade de música livre, legal e publicação ilimitada sob as licenças Creative Commons. Resumindo um lugar onde você pode criar a sua comunidade e pegar músicas que podem ser usadas legalmente por qualquer um. Não falo de meia duzia de músicas, mas sim de mais de 22 mil álbuns de músicas disponíveis para uso e download.

Portando da próxima vez em que precisar de uma música, faça assim: Abra seus ouvidos, abra seu coração e sua mente. Pense livre.

"Open your ears, open your heart and your mind. Think free."

Abraços

Equipe NTE Itaperuna

9 de ago. de 2009

Reciclar sonhos conscientemente


Olá Amigos

Hoje acordei já pensando nas tantas e simples coisas que preciso pro café da manha e acabei me assustando ao perceber que a lista era bem maior do que eu precisava.
Pensei nos anos, dias e meses da minha jornada, afinal, não é todo dia que se faz aniversário.
Percebi que a lista era materialista demais, então ...

rasguei tudo, ...
deletei e repensei

Olhei minha filha,
Olhei minha mulher,
Lembrei dos amigos,
Então refiz a lista
Escrevi três letras

Pão

E de uma forma que não posso transcrever devido a dimensão, pão me foi suficiente pra sair e ir ao mercado. Claro que acabei me perdendo diante das trocentas opções e acabei levando mais que previ, mas de forma consciente paguei pelo que escolhi. Não para mostrar a ninguém nada de nada.

Eu sou a prova de que posso tudo, mas nem tudo convém. Com esse olhar comecei a observar as pessoas no mercado, e tudo me parecia a própria torre de Babel, então me senti livre.
Eu sabia que tinha um caminho, mas acabei com produtos a mais, mas me impressionou a forma como a falsa ideologia de consumismo absorve, entranha e nos faz diferentes.
Então me apeguei novamente a lista.

Pão

Tentei voltar a ela e me desfiz de alguns produtos. É preciso repensar nossa postura sempre e repetidamente para que a lógica de funcionamento da mudança de que tanto falamos, mas pouco (confesso) praticamos seja real.
Não vou negar que sai com mais produtos que o necessário, mas saí com a mente aberta pra uma nova proposta de postura urgente e necessária, e por que não, global?

O consumo consciente ou sustentável é um conceito bem mais aberto, que hoje está além da direção da economia, dos direitos do consumidor e da reciclagem de lixo. Não é uma postura reativa, mas leva o consumidor a se identificar como um protagonista dentro desse amplo contexto social, político e cultural.

Mas temos que muda-lo.

Percebi que é primordial um consumo consciente , sustentável, que embora voltado para o campo econômico, deve se perfazer numa postura delicada de cada um de nós. Não bastam os direitos do consumidor, nem as tantas leis, basta olhar a Ana , a Larissa, e perceber que os gestos simples ao longo dos dias são essenciais pra formar uma nova postura dessa galerinha que vem e que já vê na reciclagem um instrumento para a conservação do universo, ou ao menos
da Terra, planeta água.

Somos protagonistas de nossas histórias e que tal pararmos um pouquinho e fazer aos poucos
pequenos gestos em prol de um mundo sustentável?

Participem da blogagem coletiva sobre Consumo Consciente para discutirmos e divulgarmos ações que levem a um cotidiano de consumo sustentável.

Abraços

Equipe NTE Itaperuna

8 de ago. de 2009

Aluno deve aprender na escola a analisar conteúdo veiculado na web, diz pesquisadora

Ana Okada
Em São Paulo

Ensinar a utilizar o Twitter (serviço de microblogs) e a publicar textos em blogs para crianças é necessário? Um projeto de mudança curricular do ensino primário na Inglaterra quer que a tecnologia seja a "espinha dorsal" do currículo e que os alunos menores de 11 anos estejam aptos a usar ferramentas como Twitter, blogs e Wikipédia, dando-lhes a mesma importância de matérias como história ou matemática.

Para a pesquisadora da Universidade de Navarra, na Espanha, Charo Sábada Chalezquer, mais do que mostrar como usar as ferramentas, a escola deve ensinar o estudante a ter um olhar crítico sobre a internet. "Eles devem conseguir ver que ela é útil, mas que pode também ser perigosa", disse Charo ao UOL Educação.

Para ela, "os ingleses têm mais tradição no ensino de tecnologia e podem aproveitar essa corrente, mas creio que só ensinar o uso desses recursos não seja tão necessário, pois isso os estudantes aprendem rápido". Assim, os currículos devem integrar o ensino ao uso da tecnologia e não ser tão específicos quanto a ferramentas, uma vez que os jovens já vivem rodeados de tecnologia.

A pesquisadora ressalta que a principal dificuldade das crianças é entender que o mundo virtual é igual ao mundo verdadeiro. "Durante um experimento, pedimos a crianças de uma escola que imprimissem suas páginas do Orkut [site de rede social] e as entregassem a seus colegas: só assim eles se deram conta de que há muita informação confidencial que não deveria estar lá".

No Brasil


Para a pesquisadora Rosária Nakashima, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o futuro da escola depende da abertura para os novos recursos tecnológicos que estão surgindo: "Não digo que o formato das aulas vai mudar, mas que deve haver maior flexibilidade por parte das escolas. É preciso ver que esses recursos podem ser usados de forma pedagógica".

Como exemplo, ela cita uma escola estadual de Campinas, que iniciou um blog voltado à comunidade em seu entorno. "Percebi que, após a iniciativa, os professores ficaram muito empolgados em aprender. O blog despertou neles a vontade de usar a técnica em suas aulas."

E no Brasil, seria bom ter um currículo igual ao da Inglaterra? Para Rosária, a mudança "de cima para baixo" não é a melhor, pois há muitas diferenças regionais de recursos. "Como obrigar a usar recursos tecnológicos quando não há condições? A melhor forma é oferecê-los para que isso ocorra de forma autônoma". Para saber mais sobre como preparar aulas com recursos digitais, a sugestão de Rosária é o portal do MEC: "lá há vários artigos para ajudar os professores a preparar aulas para centros digitais".

Fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/04/06/ult105u7839.jhtm

7 de ago. de 2009

A tecnologia e a educação de mãos dadas

Professores antenados com seu tempo, alunos mais motivados em aprender e escolas prontas para os desafios do século XXI. Com esses três objetivos em mente, a Microsoft, por meio da Iniciativa Parceiros na Aprendizagem, vem desde 2003 desenvolvendo Programas Educacionais para apoiar a educação com práticas inovadoras nas quais a tecnologia propicia avanço tanto nos processos de ensino-aprendizagem quanto na gestão escolar.

Blog parceiro - Conteúdos Educacionais Microsoft

Para implementar os Programas Educacionais, a Microsoft tem realizado parcerias com universidades e instituições que se destacam no estudo e aplicabilidade do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para intensificar a inclusão digital e social.

Agora, essa experiência acumulada está à disposição de escolas e professores interessados em renovar sua prática pedagógica. Todos os conteúdos dos Programas Educacionais Microsoft (apostilas, livretos, vídeos, sites, cursos e produtos voltados à educação) estão reunidos em um mesmo espaço: o site Conteúdos Educacionais - www.conteudoseducacionais.com.br

Os conteúdos estão disponibilizados gratuitamente, bastando apenas se cadastrar para fazer download dos Programas que mais interessarem.

Esses materiais estão distribuídos por áreas de interesse:

Escolas Inovadoras
  • Alfabetização Digital
  • Comunidade Conectada
  • Programa Escolas de Tecnologia Inovadora
  • Programa Escolas Inovadoras – Lumiar
  • Segurança na Web
  • Programa Escola Digital
Educadores Inovadores
  • Alfabetização Digital
  • Currículo Educacional
  • Objetos de Aprendizagem
  • Office Online
  • Princípios de Aprendizagem
  • Programa Aprender em Parceria
  • Programa de Acessibilidade
  • Programa Desafio Digital
  • Programa Gestão Escolar e Tecnologias
  • Segurança na Web
  • Software Microsoft® Matemática
Alunos Inovadores
  • Alfabetização Digital
  • Office Online
  • Princípios de Aprendizagem
  • Programa Aluno Monitor
  • Segurança na Web
Dessa forma, educadores de todo Brasil podem acessar estes recursos, que irão contribuir para estimular suas habilidades pedagógicas, para que seus alunos aprendam mais e melhor e, assim, ajudar a desenvolver cada vez mais a educação brasileira.

Abraços

Equipe NTE Itaperuna

6 de ago. de 2009

Se seu professor falasse assim?

Olá Amigos

O vídeo abaixo é um comercial de uma universidade do EUA, chamada Kaplan University. O discurso do professor no comercial é emblemático, mesmo tirando o fato de que é um comercial e quem tem todo um apelo comercial, o discurso é fantástico.

Ele começa o discurso pedindo desculpas por ele e o sistema ter falhado com os aluno. Veja o vídeo e depois vamos fazer umas considerações.



O comercial é incrível. Mostra como as coisas evoluem e como o homem vai acompanhar esse processo, alguns antes dos outros, pois ficar preso ao passado é inútil pois como diz o professor Pedro Demo na postagem abaixo "A tecnologia vai se implantar aqui “conosco ou sem nosco. É não faz sentido para não fazer algo como uma forma melhor do que você poderia fazê-lo antes e práticas tradicionais podem ainda funcionar bem, mas quando TICs são utilizadas de forma consciente e eficiente os resultados são comprovadamente melhores. Você nem ninguem não pode parar a evolução.

Para alguns professores só porque uma coisa é rotulada de "progresso" não significa necessariamente que ele fornece uma maneira melhor de fazer uma coisa, apenas uma maneira mais fácil, e penso que pensando assim estamos a ponto de ver uma geração de alunos ser desperdiçada.

Você concorda que devemos adotar novas práticas?
O vídeo deu a vocês alguma coisa para pensar?
Mas o seu problema não é tanto a tecnologia, mas a falta de disciplina que os resultados na sequência das suas vantagens?

Opine e Comente

Abraços

Equipe NTE Itaperuna