31 de mar. de 2008
Ser ou Não Ser
Como maravilhosamente está descrito no artigo do Ricardo Neves, Você está digitalizado?
Eu estou e mais alguns professores da rede publica do Estado do Rio de Janeiro estamos, mais a grande maioria parece que quer ficar na idade do Bit Lascado.
O governo se esforça mandando laboratório de informática para as escolas, colocando internet em Banda Larga nas escolas, oferecendo capacitação pelos NTEs e dando notebooks a eles, mas não rola.
Não sei se é por que o método de ensinar usando o computador é diferente do modelo "tradicional", ou se medo de "passar vergonha" na frente dos alunos ou se é má vontade mesmo.
Sei que quem não entrar nessa "onda" vai ficar para trás. Vai perder o trem da história. Então não perca essa chance de fazer parte da nova Sociedade Digital Global que se aproxima e se descobrir um verdadeiro Professor do Futuro.
Abraços
Equipe NTE Itaperuna
Você está digitalizado?
A internet assinala o começo de um novo momento civilizatório. Nossos estilos de vida, organizações e governos serão progressivamente digitalizados. Qualquer um que se oponha a esse processo sofrerá.
Faz parte da evolução. Quem se recusa a participar do processo de inovação coletiva se torna obsoleto, inevitavelmente. É o que mostra nossa História. A invenção da linguagem, há cerca de 50 mil anos, obrigou todos os seres humanos a aprender a falar. As comunidades humanas incapazes de se comunicar oralmente simplesmente desapareceram.
O desenvolvimento da agricultura também condenou à extinção os grupos de caçadores coletores. A invenção da cidade provocou outro abalo no processo evolutivo da humanidade. Todos os países plenamente maduros e desenvolvidos do ponto de vista econômico e industrial têm mais de 90% de seus cidadãos nas cidades. Agora, a internet está provocando uma nova transformação. Você vai ficar na Idade da Pedra?
Faça o teste para descobrir quão digital é seu estilo de vida. Conte um ponto para cada "sim" que você responder às questões abaixo sobre seu uso de computador.
1. Sabe operar um computador em nível básico. Sabe aplicativos-padrão como o processador de texto.
2. Consegue navegar pela internet. Consegue enviar e-mails. Pode buscar arquivos na rede.
3. Sabe usar recursos de seu telefone celular, como agenda eletrônica e mensagens de texto.
4. Lê maior quantidade de informação na versão digital de jornais e revistas que no papel.
5. Cuida de sua conta bancária, paga contas e faz investimentos pela internet.
6. Usa o computador como ferramenta de procura de informações para ajudá-lo a cuidar melhor de sua saúde e bem-estar físico.
7. Faz seus planos de viagem e de entretenimento usando a internet.
8. Percebe que usa computador tão bem quanto os colegas de trabalho.
9. Acompanha as páginas feitas por gente jovem na internet, lê blogs e usa sites de relacionamento, como o Orkut.
10. Usa câmera digital acoplada ao computador.
11. Usa a internet para consultas cotidianas, como enciclopédia ou dicionário.
12. Não tem receio de conversar com pessoas mais novas e revelar sua ignorância em relação às novidades digitais.
13. Consulta a internet antes de tomar decisões de compra.
14. Não tem receio de usar os serviços de compras on-line.
15. Compra itens de segunda mão em sites de venda na internet.
16. Faz pesquisas de receitas culinárias usando a internet.
17. Dedica mais tempo à internet que à TV.
18. Faz periodicamente planos para manter-se atualizado tanto em hardware (equipamentos) quanto em software (programas).
19. Não se apavora quando ouve falar em banda larga, web 2.0, Skype, wiki, blogs e expressões do gênero.
20. A política em sua casa é que computador é realmente um utensílio pessoal, e não um para toda a família.
Se você cravou menos de 5 pontos, cuidado. Você pode estar a caminho de se tornar irreversivelmente um jurássico. Entre 6 e 10 pontos, você ainda tem jeito, mas precisa se esforçar para acertar o passo. Mais de 15 pontos, não há motivo de preocupação. Você já tem um estilo de vida digital avançado. Você é um pioneiro do tempo em direção à Sociedade Digital Global.
RICARDO NEVES é consultor de empresas e escreve quinzenalmente em ÉPOCA. É autor de Pegando no Tranco - O Brasil do Jeito Que Você Nunca Pensou.
Site: http://www.ricardoneves.com.br/
Email: rneves@edglobo.com.br
30 de mar. de 2008
Minha referência virtual

Olá amigos
Estou aqui indicando que a todos que freqüentam o Caldeirão de Idéias, que leiam a postagem Blog: uma ferramenta dialógica entre a tecnologia e a educação escrita pelo meu amigo José Antonio Klaes Roig, dono do blog Letra Viva do Roig que é uma das minhas referencias em material e conteúdo.
Lá ele esclarece de forma definitiva e propõem uma reflexão ao uso pedagógico do blog como ferramenta de aprendizagem. Vale a visita e a leitura.
Aproveitem para visitar os outros blog que ele indica que também são maravilhosos.
Abraços
Equipe NTE Itaperuna
Se não pode com o inimigo, una-se a ele
Agora que quase todos professores Docentes I da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro tem notebooks, muitos se perguntam como usa-los?
Muitos colegas me perguntaram como usar ou como tornar as suas aulas mais legais e interessantes agora que eles tem notebooks. Depois de muito pensar e argumentar com eles que apenas ter computador não faz com que suas aulas sejam "legais", é preciso primeiro dominar o conteúdo, tentar levar esse conteúdo que outras formas aos alunos, usando todo tipo de mídia disponível como tv, jornal e internet.
Mas orkut pode?
Pode, é deve usar. Assim como todos os meios disponíveis na internet. Seu problema é copiar e colar? Então peça para montar um site ou blog em vez de trabalho impresso, com o que ele aprendeu/estudou e diga a eles que outros estudantes poderão consultá-lo.
Mas o principal de isso tudo não é apenas usar, mas sim criar, descobrir ou inventar o seu próprio jeito, pois não existe uma formula pronta. Pois cada turma reage de uma maneira e cada aluno responde um jeito.
Por isso tente, use e abuse, mas acima de tudo não tenha medo de pedir ajuda. São inúmeras as possibilidade que se pode realizar com a internet, mas é impossível listar tudo o que se pode fazer de um modo geral.
Para fazer um bom trabalho, é fundamental conhecer seus prós e contras e dominá-la, para depois inovar, inventar, criar atividades e interligar as ferramentas com o conteúdo da maneira correta.
Esse é o primeiro passo para conseguir incorporar a internet em suas aulas.
Rejeitar as novas tendências tecnológicas é ficar para trás, defasado, atrasado e, por esse motivo, o professor deve se conectar a essa realidade, que já faz parte da rotina dos alunos.
Então como diz o ditado "Se não pode com o inimigo, una-se a ele".
Abraços
Equipe NTE Itaperuna
29 de mar. de 2008
Ensinando com a internet - Aprenda a lidar com uma das ferramentas que podem fazer a diferença na sua aula

O mundo de hoje gira em torno da tecnologia. Por isso, a necessidade de os professores se aperfeiçoarem e aprenderem a utilizar outros meios de ensino em suas aulas para deixá-las mais dinâmicas e interessantes é de extrema importância. A internet, mesmo parecendo vilã, pode se tornar uma grande aliada na relação professor-aluno.
Prós e contras
Algumas vezes, a internet ''facilita'' a vida dos estudantes. Para eles, fazer um trabalho não é mais aquele bicho de sete cabeças, afinal, basta pesquisar em qualquer site de busca que encontram inúmeros trabalhos prontos, usar aquele famoso comando "crtl+c" "crtl+v" (copiar e colar) e, como num passe de mágica, eles têm em mãos um trabalho prontinho em questão de segundos, sem o mínimo esforço, precisando apenas imprimir e entregar. Essa é uma das desvantagens da internet para os professores, principalmente para aqueles que não têm intimidade nenhuma com o computador. Mas como diz o ditado "se não pode com o inimigo, una-se a ele" e para tornar a internet uma aliada nas aulas é preciso aprender a usá-la. Aí então ela poderá proporcionar infinitos recursos para que os professores a utilizem em seu dia-a-dia, como fóruns, blogs, flogs, sites, e-mails, chats, enfim, tudo pode ser de grande valia.
O primeiro passo é ter seu próprio correio eletrônico, o famoso ''e-mail'', para se corresponder com seus alunos. Desenvolver uma página pessoal um site é um grande avanço para se aproximar deles. Nela o professor poderá relacionar os trabalhos que serão pedidos durante o ano letivo, os conteúdos que serão abordados, receber comentários, montar enquetes, etc. Criar blogs e flogs onde os estudantes possam "postar" mensagens sobre um determinado assunto é uma forma de aproximá-los ao conteúdo à maneira deles. O professor pode também participar do Orkut (www.orkut.com), que é a nova onda da internet, criar uma comunidade, participar de outras, entrar em discussões e, certamente, aprender muito com tudo isso.
Mas estar por dentro do que está acontecendo na grande rede mundial de computadores não é tudo. Utilizar os recursos dela da melhor maneira é o mais importante. São várias as atividades que o professor poderá realizar utilizando-se do que ela oferece. Veja como:
- Verifique se todos os alunos possuem e-mail. Se não, criar um endereço eletrônico, afinal, é de graça. A partir daí, professores e alunos podem manter contato através dessa ferramenta.
- Troque e-mails com outros educadores; realize atividades com outras cidades e até mesmo com um outro país para conhecer a cultura, as tradições, a geografia, etc. Essa é uma forma de explorar a internet. Existem muitos sites criados especialmente para professores e lá você pode se corresponder com profissionais de todo Brasil e até mesmo do mundo, realizando uma atividade riquíssima envolvendo a turma toda, de uma forma dinâmica e prazerosa.
- Convide um profissional especializado para dar uma palestra e mostrar aos alunos como desenvolver um site.
- Ao invés de pedir um trabalho impresso, sugira que os alunos construam uma página (site) com o conteúdo estudado. Depois pode dizer a eles que, criando uma página, outros estudantes poderão consultá-la como fonte de pesquisa.
- Faça um site/blog para a turma com sugestões de leituras, vídeos, peças teatrais e o que mais for interessante, mas sempre interagindo com os alunos, pedindo que eles também deixem suas sugestões.
- Desenvolva fóruns de discussões sobre algum tema utilizando um blog. Pode ser sobre um livro, uma polêmica, um assunto da cidade em que vive, algum assunto atual que seja manchete na TV, rádio e jornais. Deixe que os estudantes troquem informações entre si.
- Utilize assuntos do momento, não os deixando passar despercebidos por não estarem dentro do planejamento. A internet proporciona informações em tempo real, propiciando condições para o professor ficar atualizado sobre o que acontece no mundo todo.
- Crie uma comunidade no Orkut sobre a disciplina que leciona. Essa é uma oportunidade de conhecer outros profissionais que atuam na sua área para trocar experiências e informações.
Rejeitar as novas tendências tecnológicas é ficar para trás, defasado, atrasado e, por esse motivo, o professor deve se conectar a essa realidade, que já faz parte da rotina dos alunos.
Fonte: http://www.profissaomestre.com.br/php/verMateria.php?cod=1708
As tecnologias na sala de aula
- No auditório do Colégio Dante Alighieri, uma das escolas particulares mais tradicionais de São Paulo, próximo à Avenida Paulista, cerca de 60 alunos do 6º ano aguardam ansiosamente que a ligação pelo Skype seja atendida.Cercados por câmeras de vídeo, eles se reconhecem no telão. Assim que a ligação é atendida e os personagens do outro lado aparecem, a criançada vai ao delírio, levanta os braços e se agita ao som de gritos disciplinados. Por meio de webconferência, os alunos conversaram ao vivo com cientistas brasileiros da Estação Comandante Ferraz, na Antártida.A média de idade dos alunos era de dez anos. Ao perguntarmos quem já conhecia a ferramenta usada naquele dia – o Skype, que faz ligações pela internet gratuitas ou bem mais baratas do que uma chamada telefônica normal – a grande maioria levantou as mãos. O Dante é um colégio de classe média alta e seus alunos costumam ter acesso a computador e à banda larga em casa.O assunto abordado durante a webconferência já havia sido dado em sala de aula, e os pequenos tinham preparado perguntas para os cientistas. “Essa é uma aula que gera conhecimento ímpar”, diz a coordenadora do departamento de tecnologia educacional, Valdenice Cerqueira. “Já usamos o Skype como ferramenta de comunicação interna, entre os professores, mas é a primeira vez que a aplicamos de forma educacional”. Sucesso com a experiência? “Foi maravilhosa”, diz. (Fonte: Estadão)
Retirado do Sala de Aula do Observatório da Educação
Postado por João Luís terça-feira dia 18 de março de 2008 às 05:26
Fonte: http://saladeauladoobservatorio.blogspot.com/2008/03/as-tecnologias-na-sala-de-aula.html
28 de mar. de 2008
O gigolô das palavras
Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa ("Culpa da revisão! Culpa da revisão !"). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.
Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer "escrever claro" não é certo mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.
Claro que eu não disse isso tudo para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas - isso eu disse - vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que outros já fizeram com elas. Se bem que não tenho o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.
Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa ! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção dos lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda.
Fonte: Arca Pedagogia
Obs.: imagem retirada do portal Por Trás das Letras - Seu portal de língua portuguesa na Internet, e esse texto é para o meu amigo José Antonio Klaes Roig, que como o mestre Luís Fernando Veríssimo adora brincar com as palavras.
Os Extremos da Educação Brasileira

Olá Amigos
Nos dois artigos abaixo fica claro que ainda vai demorar muito para que tenhamos uma educação de qualidade e principalmente igualitária para todos nesse imenso Brasil.
Usar como parâmetros os Colégios Objetivo, o Colégio Dante Alighieri ou o Colégio Bandeirantes de São Paulo com suas lousas digitas que custam 10 mil reais cada ou onde realmente cada aluno tem o seu notebook fica difícil acreditar na dura realidade brasileira onde ainda temos escolas funcionando sem uma espaço digno para alunos e professores, onde a palavra capacitação existe apenas no dicionário e onde falta tudo ate luz.
Não se pode negar o esforço do governo em reverter essa situação dotando as escolas com computadores e fornecendo acesso em banda larga ate 2010 em todas as escolas do país.
Mas como cita o texto “A dicotomia entre colégios ricos e pobres no Brasil é anterior à tecnologia. Não podemos achar que ela será vilã”, considera Valdenice Minatel, coordenadora de tecnologia educacional do Dante Alighieri. “Antes de não ter PC, o pior problema é a criança não entrar na escola”, emenda ela no artigo acima listado.
Colocar a tecnologia como vilã é um retrocesso enorme o melhor seria tentar capacitar de forma eficiente os professores da rede pública do país, e bem verdade que temos alguns com uma má vontade com relação ao uso de novas tecnologias na sala de aula que chega a irritar.
E verdade que computador sem internet é uma ferramenta com apenas 50% de seu potencial
Por isso vamos mudar primeiro o nosso pensamento, tentando criar uma nova realidade dentro de nosso universo educacional para depois mudarmos ou pelo menos diminuirmos esses extremos.
Abraços
Equipe NTE Itaperuna
Obs.: A foto é da capa do livro Era dos Extremos: o Breve Século Xx: 1914 - 1991 de Eric J. Hobsbawm da Companhia das Letras.
Antes do computador, falta energia elétrica e estrutura nas escolas públicas
São Paulo – De acordo com dados do MEC, 18 mil escolas não têm luz, um sintoma dos muitos problemas a serem resolvidos antes da chegada do computador.
Antes de pensar em colocar um computador dentro da sala de aula, o Governo Federal tem uma tarefa muito mais básica pela frente.
Segundo dados do Ministério da Educação, nada menos que 18 mil escolas brasileiras não têm luz, o que inviabiliza a instalação de máquinas mesmo se houver verba para tal.
Esse é um dos sintomas a serem combatidos pelos governos federal, estadual e municipal na jornada de levar computadores a para as cerca de 60 mil escolas públicas brasileiras que ainda não têm computadores.
Mais que isto: problemas de segurança e de logística ainda dificultam que alunos aproveitem as tecnologias, mesmo elas já estejam dentro dos colégios.
Acompanhe o caso da Escola Estadual Rômulo Pero, no bairro do Chora Menino, periferia de São Paulo. As ameaças de roubo forçam diretores de colégios a trancar laboratórios de informática, originalmente para alunos, e utilizá-los apenas para proveito próprio, conta Isaura Thomaz, diretora da escola.
Além de doar 12 computadores que compõem o laboratório de informática (o governo estadual doou mais 3) da Rômulo Pero, a Intel, que financia o projeto, custeou uma nova instalação elétrica no recinto e ofertou equipamentos de rede, que mesmo empresas de médio porte não têm.
Esta mesma falta de estrutura nos colégios teve impacto direto nos projetos desenvolvidos pela Intel no Brasil dentro do setor pedagógico, afirma Rose Salvini, gerente de educação da companhia.
Nas escolas estaduais Rômulo Pêro e Armando Gaban, em São Paulo, a empresa ofereceu capacitação para professores e doou equipamentos para a formação de laboratórios de informática.
Na segunda, a instalação de um servidor com chip de núcleo duplo fez com que a rede elétrica não suportasse o consumo de energia, o que levou a Intel a fazer um trabalho junto à prefeitura de São Paulo.
Ainda assim, o ambiente ainda não é ideal, confidencia Isaura Thomaz: por usar uma sala de aula adaptada, o laboratório sofre de problemas de ventilação, tornando aulas desconfortáveis para alunos e perigosas para o maquinário pelo calor excessivo.
Essa é a realidade da maioria dos colégios públicos brasileiros, mesmo entre aqueles que já tem um computador.
“Ganhamos PCs há dois anos apenas para computação, mas os professores ainda não foram capacitados e até agora não há internet na escola”, afirma Maria Helena Usberti, professora do ensino fundamental do colégio Adiwalde de Oliveira Coelho, em Campinas. “A intenção foi boa, mas daqui a pouco os micros estarão obsoletos e as crianças têm pouquíssimo contato”.
A insatisfação com a capacitação oferecida pelos professores também é latente no discurso de Luciana Ramalho, professora de artes da Escola Municipal Guiomar Cabral, em São Paulo.
“No ensino público, o professor precisa ser melhor orientado. Os colégios precisam se dar conta que a percepção dos alunos está a avançando a ponto de a criança ter uma espécie de controle remoto na cabeça: se ela não gostou da aula, muda o foco da atenção”.
Na esteira das reclamações feitas por professores, como Luciana e Maria Helena, a Positivo Informática, líder do mercado brasileiro de computadores, que começou sua trajetória neste mercado participando de licitações de PCs para o segmento de educação, teve que incorporar consultoria para preparar salas convencionais, que tinham problemas de estrutura, em ambientes de aprendizado.
“Na maioria dos casos, o PC é recebido na escola sem acesso à internet, sem conteúdo específico e sem preparo para professores”, afirma Elaine Guetter, diretora de operações da divisão de tecnologia educacional da Positivo.
A situação fica ainda pior nas escolas rurais, que, segundo Elaine, “têm deficiência sérias, como fatal de energia elétrica e de acesso à internet”.
Segurança
Mesmo quando há ajuda privada, existem dificuldades a serem ultrapassadas. Observe o exemplo da Intel, que testou o ClassMate, seu notebook educacional, em São Paulo.
Planejado originalmente para um colégio na região de Osasco, o teste teve que ser transferido para a Fundação Bradesco, em Osasco, organização mantida pelo banco homônimo para crianças carentes da região, por motivos de segurança.
Tanto a Intel como a OLPC realizaram testes em colégios pobres da Nigéria para observar a o comportamento das comunidades com crianças que levam um computador para casa. No Brasil, não se sabe como bairros pobres podem reagir a pequenos alunos carregando portáteis.
A Escola Estadual Rômulo Pero encontrou uma solução para evitar problemas com furto, invasões ou pichações: trazer a comunidade para conhecer o colégio e aproveitar sua limitada estrutura.
“O diretor anterior se indispunha com os alunos e não tinha contato com os pais, o que levou a seguidas invasões do colégio. Quando conscientizamos pais e comunidade, mostramos que a escola está aqui exclusivamente para servir a todos eles”, diz a diretora.
Abismo
Qual a diferença, em termos do uso de tecnologia, entre alunos de escolas públicas e privadas? Embora não revelem cifras, os educadores responsáveis pelas tecnologias educacionais em colégios como Dante Alighieri, Visconde de Porto Seguro e Bandeirantes, todas da elite paulistana, concordam que é enorme.
Os 2 mil alunos do Colégio Santa Cruz, outro da elite de São Paulo, que têm acesso a mais de 200 micros, terão melhor formação do que os 600 alunos do Rômulo Pero, que contam com apenas 15 máquinas?
“A dicotomia entre colégios ricos e pobres no Brasil é anterior à tecnologia. Não podemos achar que ela será vilã”, considera Valdenice Minatel, coordenadora de tecnologia educacional do Dante Alighieri. “Antes de não ter PC, o pior problema é a criança não entrar na escola”, emenda.
E verdade. De acordo com dados compilados pelo economista Naercio Menezes Filho, da Universidade de São Paulo, a partir de dados fornecidos pelo MEC, alunos que têm acesso a micros com internet não tiveram melhora significativa de nota em português e em matemática, se comparado aos que não usam o equipamento.
“Hoje a diferença ainda é grande mas em médio prazo todo mundo usará tecnologia”, afirma a professora Luciana Ramalho, da Escola Municipal Guiomar Cabral, citando o barateamento dos computadores e a proliferação de LAN Houses na periferia que dão acesso a adolescentes menos abastados.
“Até o ano passado, nossa escola ficava aquém em comparação às outras. A reformulação nos equiparou à média”, acredita Isaura Thomaz. “No mais, temos alunos de classe média baixa que já têm PCs em casa melhores que os do colégio”.
Não custa lembrar que, pedagogicamente, se não utilizados corretamente, computadores e notebooks ensinam bem menos que a velha combinação giz e lousa. “Se não houver capacitação, apenas teremos cadernos de luxo nas salas”, sintetiza Ramalho.
Fonte: http://idgnow.uol.com.br/mercado/2007/05/02/idgnoticia.2007-05-02.7060879957/
Tecnologia nos colégios inclui robótica, notebooks e provas por controle remoto
O computador, no entanto, já vem mudando isto. Se não completamente, muitas faces da educação deverão experimentar profundas mudanças com a introdução de tecnologias que prometem aproximar professores e alunos e oferecer um ambiente livre para que crianças e adolescentes tenham prazer em aprender.
Se não são todas as escolas que contam com micros em sala, muitas oferecem aulas tão multimídia quanto com mordomia ainda maior: o uso das lousas eletrônicas.
Em vez de apenas servir de base para os rabiscos de giz, as lousas eletrônicas oferecidas por empresas como Scheiner e ImagingMart são usadas para que professores e alunos interajam, por meio de canetas especiais, com o conteúdo projetado.
Além da interatividade, é possível conectar o aparelho ao computador, pois a maioria dos modelos tem portas USB, para que o documento criado na aula seja oferecido aos alunos pela internet, caso o professor tenha gostado do resultado final.
Mesmo com as vantagens, imaginar que lousas eletrônicas substituirão as convencionais em médio prazo ainda não passa de devaneio e até mesmo colégios “ricos” esbarram na questão do preço. Os modelos mais em conta saem, em média, por 10 mil reais, sem contar o custo de um projetor.
Para não depender dos modelos mais sofisticados e ainda manter seu projeto de equipar todas as salas, o Bandeirantes, colégio de São Paulo, vem implantando o sistema eBam, que digitaliza conteúdos escritos em quadros convencionais e pode transferi-los para computadores.
Atualmente, metade das lousas do colégio já são digitalizadas pelo sistema, com planos de integrá-la a todas as salas.
A maioria dos colégios ricos de São Paulo, porém, ainda emprega a lousa eletrônica apenas em aulas onde o apelo multimídia é também disponível para os alunos, o que explica a presença dos equipamentos em laboratórios de informática tanto do Dante Alighieri, como do Visconde de Porto Seguro, tradicionais escolas de São Paulo.
Robôs
Trazer a informática para as aulas diárias dos alunos não resvala necessariamente apenas em computadores. Entre as novidades incorporadas pelo Dante Alighieri para sofisticar o ensino de determinadas matérias, nenhuma soa mais tecnológica que a aula de robótica, usada em colégios mais pelos fatores lúdicos e de socialização.
"Ainda que estenda aulas de física ensinando crianças a dominar máquinas automatizadas, a robótica tem um grande valor social, já que a criança exercita conceitos de liderança e sociabilidade", explica Valdenice Minatel, coordenadora de tecnologia educacional do Dante Alighieri.
Não pense que as aulas de robóticas são ministradas com equipamentos usados em laboratórios de pesquisa convencionais. Voltados para crianças a partir dos nove anos de idade, os kits de desenvolvimento de empresas como Lego e K´Nex apelam para o lado lúdico, com peças coloridas que remetem a formas conhecidas, como carros e aviões.
Mesmo a programação pelos produtos é adaptada pelos pequenos, com muitas linhas de códigos simplificadas e a presença de interfaces gráficas que apelam para o sistema "arrastar-e-colar" na hora de definir as atitudes que o robô primitivo terá, como andar para frente, rodar ou levantar os braços.
“Caso o aluno se sinta a vontade”, explica Minatel, “podemos ensiná-lo os primeiros passos na linguagem Basic para que o robô seja programado para executar movimentos que os kits originalmente não prevêem.”
A procura pelo curso, também ministrado fora do horário letivo, aumentou tanto que o Porto Seguro planeja integrar a robótica como aula obrigatória para todas as classes entre a 1ª e a 7ª séries. Ainda em processo de implementação, o Santa Cruz segue o mesmo caminho da obrigatoriedade.
Mas como podem os robozinhos que exemplificam roldanas, alavancas e engrenagens ajudar crianças que ainda nem estudam física separadamente de outras ciências, como biologia e química?
A coordenadora de informática educacional do Porto Seguro, Ivone Sotelo, cita que, entre crianças de até 10 anos de idade, a robótica é encarada não como aula, mas sim como uma grande brincadeira. "Com a presença das peças grandes e coloridas que exercitam a criatividade, já presenciei alunos dizendo que não estudam, mas brincam quando estão na aula.”
"Temos muitos problemas em fazer que o aluno fixe um conteúdo que não vivencia e o problema da física é ficar muito na imaginação. Quem faz robótica coloca em prática o conceito", argumenta Ana Valéria Be Luca, coordenadora de informática computacional do Mackenzie. "Além de incentivar a criatividade com o uso de sucata no robô".
Notebooks e gadgets
Se desktops já são realidade nos colégios ricos, notebooks começam aos poucos a aparecer como opção de mobilidade para alunos e professores.
O Santa Cruz já utiliza notebooks convencionais para que estudantes e professores não precisem ficar presos nos laboratórios.
"Atualmente, apenas a biblioteca tem redes sem fio para o uso de notebooks. Mas, dentro dos três anos, temos planos de cobrir todo o colégio com sinal sem fio e começar a utilizar os portáteis em aulas convencionais", revela Zylbersztajn, citando a mesma pedagogia aplicada para desktops.
A iniciativa faz parte do plano de "ampliar" a biblioteca para todo o espaço do colégio por meio do sinal ou, como o pedagogo define, "de derrubar as paredes entre a biblioteca e os laboratórios de informática para a formação de um único centro de conhecimento".
Com o sinal Wi-Fi aberto, alunos poderão também consultar notas e se comunicar com professores por meio de seus próprios celulares inteligentes (smartphones), que não é difícil de encontrar entre os alunos de classes bem abastadas do colégio no Alto de Pinheiros, em São Paulo.
Apertado em um quarteirão no Paraíso, bairro de São Paulo, o Bandeirantes também já tem notebooks disponíveis para alunos, mas por uma questão mais física do que de mobilidade.
"Precisávamos de mais um laboratório, mas tínhamos pouco espaço", esclarece Assumpção, que ainda afirma que os 25 portáteis ainda não têm projeto definido para adentrarem a grade curricular do colégio.
A crescente presença de tecnologia das escolas também serve muito bem a pais e professores. A constante presença de máquinas nas salas de aula permite que professores atualizem calendários de provas e trabalhos, notas e faltas em tempo real em sistemas online que, para azar dos alunos, podem ser acessado por seus pais.
"Não é um sistema de punição, mas de acompanhamento para que o pai saiba exatamente o que ocorre ao filho, já que é ele quem paga o colégio", explica Mário Abbondati, coordenador de tecnologia na educação do Bandeirantes.
Caso ele decida matar aula para comer pastel com os amigos, por exemplo, o professor registra sua falta dentro da sala no sistema, que dispara um e-mail para os pais alertando sobre uma modificação na freqüência do aluno.
O mesmo fator "tempo real" que monitora os alunos, porém, pode ser explorado por outra tecnologia para que professores sintam como anda o conhecimento da classe em determinado assunto e direcione as aulas seguintes para as áreas com aprendizado deficiente.
É o que faz o Classroom Performance System, da einstruction, usado no Bandeirantes. Cada aluno na classe ganha uma espécie de controle remoto com botões que terão relação com perguntas sobre a matéria projetadas na lousa.
A "votação" dos alunos é transformada em resultado (com direito a gráficos comparativos) assim que acaba pode ser interpretada pelo professor para reforços em determinado assunto, o que confere uma interatividade à aula que, ignorada no método tradicional que se apóia apenas em livros e cadernos, podia esconder problemas de aprendizado da classe.
Fonte: http://idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal/2007/04/30/idgnoticia.2007-04-30.1194679632/
26 de mar. de 2008
Como evitar a cópia de artigos da internet em trabalhos escolares?
São Paulo - Derivado das enciclopédias, plágio de conteúdo na internet força colégios brasileiros a inovar na metodologia de trabalhos escolares.Por Guilherme Felitti, repórter do IDG Now!
A receita é perigosa: pegue um bom site de busca, uma proposta de trabalho escolar e uma preguiça adolescente que entende que alguns cliques podem economizar horas de esforço intelectual.
Tentador para alunos, o resultado é desastroso para o processo pedagógico e ainda dá calafrios em muitos professores, que olham ressabiados para iniciativas como a enciclopédia online Wikipedia e o Google Scholar, serviço do gigante de buscas que cataloga trabalhos escolares.A explosão no número de plágios em trabalhos escolares levou tanto colégios como professores a reagir não apenas com a punição, mas desenvolvendo adaptações pedagógicas para coibir a cópia de trabalhos encontrados online.
Mais que motor de uma adaptação, o uso da internet na educação vem sendo encarado também como uma potencial mudança na tradicional decoreba, estimulando a construção de conhecimento pelo aluno.
A opinião é de Mário Abbondati, coordenador pedagógico do Bandeirantes, que afirma que o plágio online segue a mesma linha de gerações anteriores que entregavam cópias na íntegra de enciclopédias como projetos escolares.
"Não vamos nos enganar. Minha geração copiou muito trabalho das enciclopédias. Na época, eu não sabia que não estava aprendendo. Para mim, o que fazia era correto", rememora Abbondati.
"É provável que estejamos incorrendo nos mesmos erros que passamos quando éramos alunos. A tecnologia pode ter apenas amplificado o problema", reitera Valdenice Minatel, coordenadora de tecnologia educacional do colégio Dante Alighieri.
O esforço físico do aluno para reproduzir trechos da enciclopédia Barsa foi substituído pela materialização de um trabalho completo, retirado pelo aluno da enciclopéida online Wikipedia em questão de minutos.
O que fazer?
Veja o exemplo de Álex Fogaça, de 10 anos. Nas aulas, o estudante pode levar citações encontradas pela internet sem qualquer tipo de repreensão.
O colégio Eduardo Gomes, onde estuda, porém, exige que o material seja referenciado e pede que o aluno, após pesquisar, transcreva as informações mais importantes sobre o assunto.
Outra maneira de avaliar o conhecimento obtido online é pedir que o aluno traga referência extras ao material estudado em sala de aula para que seja feito um debate com seus colegas.
Segundo o pai de Álex, Adonis, a iniciativa é uma maneira tanto de fazer com que as crianças desenvolvam um senso crítico em vez de simplesmente decorar o assunto, como também de conscientizá-las sobre o que pode ou não ser confiado na internet.
"Não acredito na Wikipedia, já que não sei o que é verdadeiro ou não. Meus filhos usam (Álex tem um irmão, Lucas, de 15 anos) direto e já aconselhei ambos a ter cuidado. Já sentamos para analisar alguns argumentos encontrados online", explica o pai de Álex.
A orientação que Adonis busca dar aos filhos, porém, não é um padrão entre os pais, reconhecem os educadores. As repreensões variam conforme o professor. Há, contudo, um consenso entre os educadores ouvidos pelo IDG Now!: cópias são punidas, no mínimo, com nota zero.
Em alguns casos, professores chamam o aluno para conversar separadamente ou expõem o problema para a classe de maneira geral sem apontar o responsável.
"Poucas pessoas se arriscam atualmente. Já houve vários casos, mas é arriscado", confidencia Sophia Tarallo, que cursa o 1º ano do ensino médio, do colégio Visconde de Porto Seguro, em Valinhos.
Mesmo com a crescente consciência de educadores, a estudante de 14 anos afirma que os que ainda se arriscam "mudam algumas palavrinhas para que o professor não desconfie".
Casos como os de amigos de Sophia, que foram instruídos sobre direitos autorais na internet e a correta utilização de conteúdo online, indicam que, por mais que haja campanhas de conscientização, ainda há espaço para a malícia.
"Chegar a taxa zero de trabalhos copiados é impossível e os professores sabem disto", admite Cristiana Mattos Assumpção, coordenadora de tecnologia na educação do Bandeirantes.
Moisés Zylbersztajn, do Santa Cruz, afirma também ter "problemas constantes" de plágio, mas resume a nova postura de colégios frente à internet em uma frase: "Formular a pergunta inteligente, que pedirá trabalhos elaborados, evitará eventuais problemas".
Ao juntar o combate ao plágio com o incentivo à conscientização do aluno, professores vêm apresentando novas formas de avaliar o conhecimento adquirido pelo aluno e assumindo que têm parte da responsabilidade pelas cópias.
"Propostas simplistas levam a soluções simplistas", resume Minatel. Um trabalho que pede definição de um fenômeno histórico, por exemplo, é extremamente tentador para que adolescentes, mesmo os que têm orientação sobre plágio e referenciação, façam cópias.”
Como combater
A maneira mais urgente adotada por alguns colégios é proibir que alunos entreguem projetos impressos. São aceitos apenas os escritos em letra cursiva.
A medida é apenas paliativa. Mesmo que seja forçado a escrever o trabalho com sua própria letra, nada impede o aluno de plagiar o conteúdo sem que o professor descubra.
Apresentações e debates em classe sobre o assunto vem liderando as novas iniciativas para motivar alunos a investigar o material oferecido pelo professor.
"Trabalho escolar efetivo é aquele que leva o aluno a buscar diferentes fontes, sejam no livro ou na internet, e estabelecer ligações entre elas", acredita Beth Almeida, professora de novas tecnologias na educação do departamento de computação da PUC de São Paulo.
A pesquisa de conteúdo, no entanto, tem que seguir certas regras para que o aluno não tome como correto qualquer informação encontrada nas milhões de referências online.
É aí que entra o papel da escola de orientar o estudante tanto na questão da referenciação de conteúdo, como na indicação das melhores fontes de pesquisa. “Crianças não têm orientação específica para interpretar informações adequadamente nem estabelecer conexões com outros dados", explica Almeida.
Fonte: http://idgnow.uol.com.br/internet/2007/04/30/idgnoticia.2007-04-30.3962128041/
Tecnologia muda função de professor na sala de aula
São Paulo - Pedagogos acreditam que, com tecnologia na sala de aula, papel do educador muda de detentor do conhecimento para guia das investigações dos alunos.
O cenário é clássico: o professor entra sério na classe, quebrando a bagunça dos alunos.
Com métodos formulados há séculos, e usados desde então, é do educador o papel de centro da aula: é ele que conduz a exposição de fatos, é para ele que os alunos se dirigem e é ele quem atesta se o estudante está preparado ou não.
No século 21, esse papel está se transformando. A função do professor muda de detentor do conhecimento para guia das investigações dos alunos.
"De modo geral, crianças entendem que o professor representa muito mais do que é encontrado na internet ou no livro-texto", afirma a professora de novas tecnologias na educação do departamento de computação da PUC de São Paulo, Beth Almeida.
O termo "pedagogia" designa o método usado ao desenvolvimento educacional de jovens como um todo, passando conhecimentos por meios determinados pelos próprios educadores.
O que a tecnologia vem fazendo com a educação é aproximá-la do conceito de andragogia, onde quem determina o assunto é o professor, mas é o próprio aluno que decide os melhores caminhos a tomar.
"O novo professor tem que estar preparado para deixar de ser o que apenas fornece informações e trabalhar para ser um orientador, aquele que ajuda a selecionar informações e sabe fazer articulações", explica Beth.
Por mais que a internet traga milhões de referências sobre assuntos que o professor não domina, ele ainda é o profissional com experiência para indicar quais os caminhos deverão ser tomados.
"É obrigação do professor manter o senso de investigação do estudante. Seu diferencial não será mais o quanto pode ensinar, mas como se liga da melhor maneira os conhecimentos adquiridos", explica Ivone Sotelo, coordenadora de informática educacional do colégio Visconde de Porto Seguro.
Mas os alunos não param de surpreender. Trabalhos escolares exigidos em grupo estão começando a chegar para os professores em outras mídias que não o tradicional caderno.
O melhor exemplo é o vídeo: diversos projetos de matérias que vão de biologia e literatura são entregues no formato audiovisual, o que obriga o professor a dominar, no mínimo, serviços básicos de edição e reprodução.
"A popularização de câmeras e celulares está fazendo com que vídeos imperem nestes trabalhos", explica Cristiana Assumpção, coordenadora de tecnologia da educação do Bandeirantes.
Os professores que não dominam a tecnologia, então, devem ficar preocupados com este novo cenário? "Quem tem que ficar preocupado, na verdade, é quem dá a mesma aula há mais de 40 anos e acha isto normal", resume a coordenadora de tecnologia educacional do Dante Alighieri, Valdenice Minatel.
Fonte: http://idgnow.uol.com.br/carreira/2007/04/30/idgnoticia.2007-04-30.4722945396/paginador/pagina_1
Voltamos
Depois de problemas para recuperar o espaço, pois tivemos a senha de login do blog alterada o que inviabilizou as nossas postagens diárias, estamos finalmente de volta. Não parti para um outro endereço, pois esse é de conhecimento de varias pessoas e entidades e trocar para um novo endereço só traria muitos problemas.
Fiquei lutando junto ao Blogger para recuperar o meu espaço durante vários meses e agora sanado os problemas estaremos postando, se possível diariamente.
Desculpe todos os freqüentadores do blog pela não atualização dele durante todo esse tempo, mas não foi por vontade própria.
Estarei tentando mais uma vez colocar assuntos de interesses pedagógicos, tecnológicos e humanos para todos.
Mais uma vez obrigado a todos pela paciência
Abraços
Equipe NTE Itaperuna

