19 de out. de 2012

Para aprender é preciso despertar a criatividade

Natânia Nogueira 

No processo ensino-aprendizagem a criatividade tem um papel fundamental.  É a partir dela que o professor desperta o interesse do aluno e que o aluno se descobre produtor de conhecimento. Todos nascem criativos, mas a escola tem um papel fundamental para determinar a forma como vamos ou não usar a nossa criatividade.
   
Aparentemente um processo simples, ajudar a desenvolver o potencial criativo dos educandos não é fácil. O professor, mediador deste processo, precisa ele mesmo se libertar das amarras do ensino formal com aulas mais dinâmicas e mais próximas da realidade sociocultural dos alunos. A escola é um espaço de criação, de produção do conhecimento. Curiosamente esta tarefa tem sido requisitada por um tipo específico de estabelecimento de ensino: a universidade. Mas é preciso lembrar que as escolas, independentemente do grau de ensino, são igualmente importantes neste processo produtivo. Para despertar a criatividade do aluno o professor pode recorrer a várias estratégias.  Mas qual a melhor delas? Aquela que funciona com seu aluno. Na Escola Municipal Judith Lintz Guedes Machado (Leopoldina – MG) encontramos uma forma de tornar nossos alunos mais criativos: fundamos uma gibiteca.
   
Para quem desconhece o significado do termo, a gibiteca, grosso modo, é uma versão da biblioteca onde os livros são revistas em quadrinhos. A gibiteca é um espaço de ludicidade e de aprendizagem que motiva os alunos a criarem, a produzirem oferecendo um material fundamental: a imaginação de desenhistas e roteiristas responsáveis pela criação de personagens dos mais variados, de universos ficcionais inteiros, que podem se encontrados nas páginas dos quadrinhos. Em tempos das redes sociais, os quadrinhos podem ser uma ferramenta importante para despertar o interesse pela leitura. Eles ajudam, inclusive, na socialização dos alunos, que trocam ideias, indicam títulos, possuem “assunto” para conversarem dentro e fora da escola. Como ferramenta de ensino, os quadrinhos podem ser utilizados desde antes da alfabetização. Até as universidades tem aberto espaço para este material midiático que há mais de um século ocupa espaço relevante na sociedade humana.

   

Quadrinhos são resultado de criatividade e a criatividade é a mola que move nosso mundo. Sem ela não teríamos hoje as maravilhas tecnológicas como naves e estações espaciais ou mesmo um simples abridor de lata. 

Sobre a autora: Natânia Nogueira, Formada em História em desde 1992 e comecei mesmo a lecionar em 1995, na Escola Estadual Professor Botelho Reis, Leopoldina (MG). Trabalhei muito tempo com ensino médio, mas hoje prefiro o ensino fundamental. Adoro pesquisar, só não o faço mais frequência por falta de tempo. Mas aos trancos e barrancos sempre consigo produzir alguma coisa. Adoro lecionar história e minha segunda paixão é a leitura. Comecei lendo Histórias em Quadrinhos de terror e aventura dos meus primos, escondida. Minha primeira HQ (como colecionadora) veio em 1983 e foi o Homem Aranha, n. 03, editado na época pela Abril. Hoje eu prefiro as HQs européias, mas sou bem eclética e aprecio quase todos os estilos e gêneros literários. Acho que as Histórias em Quadrinhos foram importantes na minha formação como leitora e mesmo na minha formação profissional, por isto criei dois blogs: um sobre história e ensino e outro sobre quadrinhos e ensino, onde divulgo meus projetos e experiências Blog: Gibiteca.com http://gibitecacom.blogspot.com.br/ e Brasil: História e Ensino http://historiadoensino.blogspot.com.br/; Email: gibitecacom@yahoo.com.br ; Twitter: @NataniaNogueira; Facebook: nogueira.natania

Nenhum comentário: