Essas duas reportagens abaixo inciaram um debate bem animado e interessante em duas listas de discussão do qual eu participo. O legal de todo debate e discussão via blogs, foruns e afins e o fato de poder trocar informação, ler outros pontos de vistas e o mais importante a crescer profissionalmemte. Na primeira reportagem, da Revista Veja deu muita discussão em qual seria o papel do professor dentro dessa nova realidade tecnologica que esta chegando as escolas. Em alguns casos essa realidade nem existe e em outras como na reportagem elas existem com tudo de top de linha.
Na outra reportagem, o Estadão levanta a questão do uso intensivo do notebook em sala de aula. Os governos do Rio de Janeiro (pioneiro na iniciativa), São Paulo e Rio Grande do Sul estão distribuindo notebooks ou vendendo a preço de custo aos professores da rede. E fala tambem da chegada dos notebooks dos alunos atraves do projeto UCA do Governo Federal.
Além dessas duas reportagens há uma reportagem imperdivel da Prof. Fátima Franco, autora dos blogs Leitura e Escrita na Escola e Tecnologias na Educação e moderadora do grupo Blogs Educativos ao blog Planeta Escola da Debora Bortoleti. A Prof. Fátima Franco em sua entrevista cita com uma perfeição cirurgica o papel do professor. Vamos a definição dela:
O que um professor deve ter em mente quando pensa em iniciar o uso da tecnologia em sua prática docente? Como se tornar um mediador da tecnologia em suas aulas?
O professor precisa delimitar muito bem os objetivos que pretende alcançar, utilizando as tecnologias de informação e comunicação. Se o que ele pretende é apenas transpor as práticas de sala de aula para o computador, é melhor se atualizar antes, para aprender a ser um mediador no uso das tecnologias. Para ser um mediador é preciso que o professor compreenda que é necessária uma revisão nos conceitos de ensino-aprendizagem. O professor não é mais o dono do conhecimento. O conhecimento está disponível em toda parte, basta ter acesso à internet. O novo papel do professor, como mediador, exige que ele seja um usuário da Internet e Web, que saiba selecionar informações que possam se transformam em conhecimento e mediar estas informações com os alunos.
Perfeita definição do papel do professor que quer ingressar no uso e aplicação das TICs.Você tem opinião diferente?
Então opine. Comente.
Abraços
Equipe NTE Itaperuna
4 comentários:
Na escola que trabalho fizemos a transposição do uso do livro didático para o notebook. Cada aluno possui sua própria máquina.
Mas esse uso gera uma série de questões.
1- É verdade que o conhecimento esta disponivel na internet. Mas precisamos cada vez mais buscar ferramentas para fazer com que o aluno tenha uma análise crítica daquilo que busca.
Para isso é preciso que ele leia o que pesquisou e não simplesmente use o famoso ctrl C crtl V.
Neste sentido a web gincana é uma ferramenta muito válida.
2- Outra questão importante é pensar que a máquina é apenas mais uma ferramente que esse aluno pode dispor para facilitar sua aprendizagem. Ela não é a solução única. Principalmente porque temos que lidar com situações imprevisiveis. Por exemplo, caiu a rede.
Se o aluno não souber usar outras ferramentas ele não consegue se virar sem a máquina.
Acredito no uso do laptop em sala de aula. Mas estamos apenas começando, existem ainda muitas questões para serem resolvidas
Parabéns, Robson pelo post. A definição do papel do professor como mediador é perfeita. E há ainda a questão da flexibilização do currículo esoclar pra possibilitar ao professor a atualização e planejamento das atividades nesse Admirável Mundo Novo que se abre com as TICs na educação. Um abração,
Olá cecilia
Que bom receber a sua visita e o seu maravilhoso comentário aqui no Caldeirão de Ideias. Puxa que otimo trabalho a sua escola fez na transposição do uso do livro didático para o notebook, isso sim é um trabalho a ser divulgado e mostrado de que forma foi feita essa transposição. Por favor divulgue o nome de sua escola e como foi feita essa transposição de conteudos.
Agora escola onde cada aluno possui sua própria máquina é uma raridade, uma pena que não é regra e sim exceção. Quanto a questão da analise critica por parte dos alunos ela é decorrente de uma proposta de ensino baseada em problemas (PBL) muito usada em EAD. Que se bem trabalhada traz resultados fantásticos.
Quanto ao uso do fanmoso ctrl C crtl V ele pode ser evitado quando se faz uso de perguntas reflexivas e contextualizadas por problemas que envolva reflexão critica, assim o aluno é obrigado a pesquisar, refletir e construir uma opinião escrita ou oral através do que foi pensado por ele.
Nessa linha realmente a web gincana é uma ferramenta muito válida e poderosa e de fácil aplicação com excelente retorno pedagógico.
importante é pensar que o comutador é meio e não fim. Que o uso de material concreto e a dinâmica de sala de aula não pode faltar.
Eu também acredito no uso do laptop em sala de aula, mas realmente estamos engatinhando nesse terreno e com isso teremos erros e acertos, coisa que todo bom professor está acostumado.
Mais uma vez obrigado pela visita e pelo comentario.
Abraços
Caro Amigo Zé Roig
Que maravilha receber o seu comentário por aqui. Eles sempre são de uma valia impressionante.
Realmente a professora Fátima Franco conseguiu fazer essa definição de forma perfeita.
Quanto a flexibilização do currículo escolar pra possibilitar ao professor a atualização e planejamento das atividades eu também comungo de suas ideias pois somente com a mudança da filosofia da escola como instituição conteudista para uma escola como realmente espaço de aprendizagem.
Admirável Mundo Novo que se abre com as TICs na educação é só a ponta desse iceberg meu amigo. espero estar vivo para ver o luz dessa nova era.
Abraços e obrigado pela visita e pelo comentário.
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