Mônica Alves de Faria
Através da pedagogia de projetos possibilita- se a pesquisa, o aproveitamento das vivências dos alunos como forma de motivar o aluno a descobrir e interessar-se por novos conhecimentos. Inicia-se o trabalho pelo senso comum até atingir um conteúdo sistematizado.
Nesta proposta o necessário que o professor tenha uma postura progressista e que se aproxime do aluno (escute-o), considere-se um aprendiz constante, e pense que pode aprender muito com seus alunos.
Poucos professores estão preparados para integrar esses diferentes domínios na sua ação pedagógica, isso implica maior compromisso na sua formação. Por isso, a formação do professor envolve muito mais do que provê-lo com conhecimento técnico sobre computadores. Deve-se criar condições para o professor construir conhecimentos sobre os aspectos computacionais; compreender as perspectivas educacionais subjacentes aos softwares em uso, isto é, as noções de ensino, aprendizagem e conhecimento implícito no software, e entender por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica.
Deve proporcionar ao professor as bases para que possa superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica, possibilitando a transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo e voltada para a elaboração de projetos temáticos do interesse de cada aluno.
Finalmente, deve criar condições para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e a experiência vivida durante sua formação na sala de aula, compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir. professor não só estará adquirindo habilidades e competências técnicas e pedagógicas, mas tornando-se um verdadeiro educador. Educar, nessa nova concepção significa saber criticar e criar novos conhecimentos.
O Quadro Cognitivo (sugerido pela Lea Fagundes) pode ser elaborado facilmente com os alunos juntamente com os professores ou em grupos, ou duplas, para para facilitar a elaboração de projetos. Nele faz-se as seguintes perguntas: O que sabemos?, O que queremos saber?, Como vamos saber? O que vamos fazer? Quando vamos fazer? .
Para a montagem do projeto a introdução deve conter a contextualização, a justificativa, a problematização e os objetivos. Na contextualização o faz-se a apresentação do tema, os sujeitos envolvidos, o local e a data, além da exposição da necessidade de fazer a pesquisa sobre esse determinado tema. Na problematização o três questões básicas devem ser levantadas (O que já sabemos?, O que queremos saber e Como vamos saber?). Após as respostas destes questionamentos através da pesquisa vem o desenvolvimento do projeto quando deverá ser respondido: O que vamos fazer após ter colhido os dados pesquisados? Quando vamos fazer?
Ou seja, quanto tempo será realizado esse projeto, e por último a avaliação. Devemos observar se os objetivos foram atingidos positivamente ou não, devem ser justificados e apresentado na escola através de um mural, ou de uma exposição. No início, os trabalhos não saem maravilhosos, mas com a prática e vários profissionais aplicando a mesma metodologia, as chances são enormes. Professores e alunos precisam de um tempo para aprenderem juntos a elaborarem projetos, e os executarem sucessivamente.
Infelizmente alguns professores resistem em aderir a esta inovação e insistem em continuar trabalhando apenas com aulas expositivas, apagador e giz, cobrando de seus alunos a repetição e memorização dos conteúdos, mas vivemos numa democracia e precisamos respeitar a diversidade. O mediador é importantíssimo nesse processo porque tem que sensibilizar seus colegas com argumentos muito bem fundamentados. É fácil compreender essa resistência pois o avanço da tecnologia tem se dado tão rapidamente que amedronta os mais velhos a se inserirem nesse novo mundo digital que a cada dia faz mais parte do cotidiano da sociedade.
Fonte: http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2007/2007_EaD_o_professor_e_a_inovacao_Monica_Faria.pdf
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