9 de ago. de 2008

Você tem medo de mudar?

Ömar Souki

Estamos vivendo na era da mudança. Ter medo de mudar é o mesmo que ter medo de viver. Temos de estar flexíveis, pois tudo acontece num piscar de olhos.

Por que você e eu temos medo de mudar? Porque aquilo que já conhecemos é confortável. É mais fácil lidar com ambientes habituais, pessoas conhecidas, dialetos usuais, ditames tradicionais, tarefas costumeiras, comidas e costumes familiares. O habitual exige menos esforço. O novo requer flexibilidade e ousadia. Demanda investimento de tempo e reaprendizado. Para atingi-lo é necessário deixar a zona de conforto e questionar até mesmo aquilo que está dando certo, enfim, para desbravar é preciso ter coragem, vitalidade e energia em abundância.

Cada vez mais somos instigados a cultivar a ousadia, a fibra interior, pois o mundo é feito de mudanças. Para se chegar às transformações radicais da Revolução Francesa foram necessários milhões de anos. Daí até a revolução dos computadores, foram apenas dois séculos. E para a inteligência artificial, realidade virtual e engenharia genética bastaram duas décadas. Agora, o conhecimento humano dobra a cada dois anos.

Vivemos numa era de mudanças velozes e de viradas drásticas. Ter medo de mudar, hoje, significa ter medo de viver. Como tudo muda tão rápido, a transformação ocorre, com ou sem o nosso consentimento. Se o medo de mudar nos vencer, andaremos amedrontados, resistindo com unhas e dentes. Mas essa atitude não impedirá que as coisas mudem. Pelo contrário, seremos arrastados, mesmo contra a nossa vontade, por um universo em acelerado ritmo de mutação.

Em vez de amaldiçoarmos a mudança, podemos abençoá-la com idéias e ações inovadoras. Ao vencermos o medo de mudar, despertamos o nosso ímpeto interior. Ao optarmos pela coragem, vivemos criativamente e enriquecemos o processo. Enfim, nos transformamos em agente de mudança: lideranças positivas. Atuamos como verdadeiros faróis marítimos, iluminando as rotas das inexoráveis transformações humanas. Então, saia da inércia e se transforme num agente de mudança!

Fonte: http://info-educacao.blogspot.com/2007/11/sejam-bem-vindos.html

3 comentários:

Ana disse...

As mudanças são necessárias para o nosso crescimento.Não podemos ter medo delas.

Jarbas disse...

Aprender é mudar. Não há aprendizagem verdadeira sem mudança.Por outro lado, somos bichos como os outros. Precisamos de conforto. Precisamos de segurança. É necessário reconhecer, portanto, que o apego ao seguro não é um defeito. Pode ser resultado da vontade de viver.
Ás vezes, resistência às mudanças é um atitude construtiva. Ás vezes certas mudanças são muito cômodas. Pricipalmente aquelas que significam adesão a modismos. Um desses modismos é o mudancismo [o traço ideológico de que mudar é sempre uma vantagem vital]. Nas reengenharias que prejudicaram barbaramente os trabalhadores, esse traço ideológico reinava soberano. E os mudancistas de plantão (gente de RH, sobretuto) ficavam acusando a resistência de atraso. Mas resistir, no caso, era muito mais heróico que aderir.
Acho que no campo tecnológico há um movimento mudancista muito próximo de reengenharias e assemelhados. Gente que produz máquinas e sistemas está muito interessada nisso. Fico com um pé atrás. Sempre desconfio de mudanças (quase sempre pseudo-mudanças) que viram palavra de ordem.
Mudar nem sempre favorece a vida. Que o digam certos ensaios evolutivos que significaram desvantagem com relaçao ao meio ambiente (Há um belo livro sobre isso, Vida Maravilhosa, de J. J. Gould).
Há muito mais o que dizer. Mas fico apenas numa generalidade para terminar: mudanças sem fundamentos bem pensados são tão prejudiciais à vida quanto resistências irracionais.
Abraço grande, Jarbas.

Robson Freire disse...

Olá Mestre Jarbas

Realmente há casos e casos nesse processo de mudança. A implementações pedagógicas que são necessárias e urgentes que vão agregar mais a aprendizagem e recursos tecnológicos que aliados a essas novas praticas pedagógicas podem trazer um ganho significativo.

Mas há realmente varios casos que o usar pelo usar, não acrescenta nada nem agrega nenhum valor educacional. Como diria o professor Sérgio Lima: Menos é sempre mais.

Mas estar aberto ao novo é sempre uma boa opção.

Abraços é obrigado pela visita e comentário.

Robson Freire