Neli Maria Mengalli
Tenho investido o meu tempo em cenários prospectivos em
estudos de futuro e tenho a informar que a capacidade de inovar é inerente ao
ser humano. Com os recursos computacionais a tendência é aumentar a ligação de
pessoas e de ideias, visto que as pessoas são vinculadas a opiniões e a
indivíduos com interesses comuns. No século XXI, muito se escreve acerca de
desenvolvimento de competências para a inovação e os números mostram que
caminhamos para a ampliação de iniciativas.
Na atualidade, não é importante saber mais que o outro faz,
mas o que pode ser feito com o que se sabe e quais as consequências dos
projetos. Na era da inovação, saber fazer as perguntas corretas com crítica e referenciar
qual é a resolução do problema com a solução criada são práticas essenciais
para trazer o novo para a sociedade.
O que é criado tem de ser mostrado para os pares para que
exista a validação. Poucas são as redes internacionais de pesquisa formal e
estão, principalmente, nas áreas de maior investimento de universidades /
corporações. As demais áreas, para que exista a inovação, as pessoas usam a
agilidade e a adaptabilidade na comunicação ou interação com iniciativas
empreendedoras.
Em redes virtuais, as pessoas acessam muitas informações e
poucas fazem as análises para uso em projetos de trabalho individual ou
coletivo. Ainda não se tem uma comunicação escrita eficaz nas mídias sociais
para a efetivação de produtos, processos ou métodos inovadores. As pessoas usam
a curiosidade e a imaginação para criar oportunidades de construções coletivas.
As chances de trabalhos conjuntos existentes no mundo são
baseadas no modo como as pessoas aprendem e como os conteúdos são ensinados a
elas, ou seja, a área da educação tem de ter muitos estudos de futuro com
cenários escritos para conseguir visualizar em que medida é necessário (re)
escrever os planos estratégicos para ensinar e mensurar o que é e como é
aprendido.
A economia é baseada em pessoas e recursos, logo, se as
pessoas não são capazes de existir com recursos próprios, precisam de soluções
alheias. As lições iniciais estão nas escolas que não podem ser mais vistas com
olhar de gestão de dificuldades e de caos, mas como cenários de futuro e
prospecção.
O entendimento de cenários prospectivos na área da educação
é potencial para a economia voltada para a inovação, visto que as pessoas não
se voltam para a gestão de dificuldade e do caos, procuram minimizar os
problemas que podem ocorrer com a perspectiva de futuro. Inovar é uma ação que
se faz com grupos, com foco, com individualização, com reflexão e com
efetividade em respostas. Aprender a ser um inovador requer transcender
disciplinas e problemas com exploração de soluções a partir de múltiplas perspectivas.
As pessoas que buscam a inovação no modo pensar e agir não
procuram descobrir o que o outro quer e assumem riscos de aprendizagem em
tentativas e erros. Entender os erros é sistematizar o que é feito e o que pode
ser feito. Na idade escolar, as pessoas aprendem a consumir informações e não a
produzir resultados a partir de aprendizados. Não sistematizam soluções e não
são intrinsecamente motivadas, pois vivem de escalas de classificação e
recompensas.
É a curiosidade que move pessoas, os prêmios mobilizam
apenas. As teorias e as modificações para comportamentos inovadores são
iniciadas com a exploração e o propósito. Todos querem fazer a diferença no
mundo, mas poucos têm senso de urgência acerca de um problema emergente.
Para que exista a inovação é necessário que se tenha um
resultado feito por uma ou mais pessoas. Como o fruto do trabalho é visto e
como se faz a apresentação emerge a diferença. Inovar não está relacionado
somente com o processo, mas com o modo de expor o resultado do trabalho e como a
reputação da pessoa ou pessoas está na sociedade em relação ao tema que é
tratado.
Oportunidade é uma palavra que jamais pode deixar de existir
para a inovação. É a possibilidade de uso ou de mudança de um paradigma
existente que valoriza ações que se mobilizam para trazer o novo para as mídias
com o investimento pessoal ou de corporações. A postura pessoal do inovador é a
paixão por perseguir a vida com entusiasmo.
Existem trabalhos por comunidade de nicho para avançar com o
trabalho e com as estratégias de divulgação. As ideias surgem a partir de temas
e de pessoas, contudo os que se destacam estão incorporados e engajados na
comunidade com responsabilidades sociais ontológicas, têm stakeholders,
aprendem o vocabulário criativo necessário para se comunicar com a maioria das
pessoas que estão na área escolhida, agem no feedback de pessoas, priorizam o
desenho da inovação e dão ao usuário algo que ele não encontra em outros
eventos produzidos.
Não existem segredos, mas possibilidades de ênfase para que
ocorra a inovação. Intensificar os diálogos acerca de como criar o melhor clima
para a concepção da ideia, centrar esforços em projetos conjuntos nas áreas de
interesse, desenvolver espaços físicos e virtuais para facilitar a execução das
ações e buscar financiamento para a continuidade do desenvolvimento e para a
distribuição são modos de viabilizar a inovação.
Adaptar estratégias é uma tarefa de quem sabe inovar. Nesse
procedimento está a antecipação do futuro com informações, com visão de negócio
e com a criação de redes de contato e de interesse. A análise do projeto tem de
ser de modo crítico com o olhar para os problemas e para as causas e com o
desafio de crenças. Evitar a manipulação de dados e os pré-julgamentos.
A interpretação do mundo com a organização de informações de
fontes diferentes para consolidar o conceito precisa da busca de padrões em
diversos projetos. Encorajar os stakeholders para criticar e testar as
premissas e as hipóteses. A decisão é tarefa do líder do projeto e são
necessários os equilíbrios entre a velocidade das informações e das críticas
com o rigor que prevê a qualidade, a agilidade e a efetividade para a
sociedade. Perfeição não existe na inovação, pois as pessoas tendem a crítica.
A análise no consenso não existe, mas o resultado do diálogo
tem de estar presente no projeto inovador com a criação de confiança e
engajamento da crítica em visões divergentes. A intencionalidade humana
presente nas análises tem de ser evidenciada, pois é um modo de trazer as
diferenças de opiniões para o consenso para avaliar a tolerância no risco do
empreender na ideia na construção do suporte necessário para que seja
inovadora.
O aprendizado pessoal e organizacional mobiliza o
encorajamento no momento de verificar as lições aprendidas, as mudanças que têm
de ser feitas e as celebrações de parcerias precisam ser evidenciadas.
Reconhecer necessidades é para os inovadores, porque têm a cultura da
oportunidade no percurso pessoal e profissional. Desse modo, encontram,
desenvolvem e depuram soluções criativas para a sociedade.
Esse movimento faz com que as pessoas saibam correr riscos e
ir mais distante de outras pessoas que sistematizaram soluções. O escrito é um
modo de registro, a inovação verdadeira está além dos dados consolidados, está
na mente humana, no mundo das ideias. Ninguém chega até a imaginação do outro.
Na mente humana estão os sentidos que causam o impacto e
movimentam mercados com conceitos novos. É necessário ser um empreendedor
social que sabe usar cada informação para flexibilizar, adequar e replanejar o
projeto. Valorar cada ideia é um modo para ter potencial no conceito inovador.
A rapidez e a volatilidade do mercado depreciam produtos, por isso, a
aceleração do processo é fundamental para a apresentação para as pessoas.
Conseguir identificar oportunidades, ter rapidez para
implementar e ter valores nas ideias propiciam chances. A paixão faz pessoas
investirem em ideias. Mostrar o caminho e inspirar pessoas é essencial para a
continuidade do processo de fomento e de aprendizado.
Deixo algumas perguntas para serem respondidas em cenários
prospectivos de futuro para a inovação. Qual o valor da sua ideia? Como você
ousa para ter informações ou para apresentar o seu trabalho? E qual o seu
entusiasmo em prosseguir com projetos? A cultura da inovação está na memória
humana, voe nas imaginações.
Sobre a autora: Neli Maria Mengalli, especialista em tecnologias em educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-RJ, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP, e-mail: mengalli@uol.com.br / mengalli@gmail.com. Redes Sociais: Facebook: https://www.facebook.com/nelimariamengalli / Twiitter: https://twitter.com/NeliMaria.
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