27 de jun. de 2011

Tecnologia e Educação.

Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 2, Volume jan., Série 22/01, 2011, p.01-06.

Atualmente e, no futuro, cada vez mais a tecnologia e a educação caminham lado a lado.
Os cursos EAD - Educação a Distância - tem facilitado o acesso ao ensino superior, estendendo-se pelo Brasil e possibilitando alcançar regiões onde antes seria impossível alguém cursar uma universidade.
Aliás, segundo especialistas, a tendência EAD deve dominar o panorama do mercado educacional, praticamente extinguindo o ensino presencial.
Entre 2005 e 2008, a titulo de exemplo, os cursos EAD tiveram um crescimento de 600% no numero de alunos, enquanto os cursos presenciais encolheram por conta de uma concorrência predatória entre universidades privadas.
 É por isto que escolas tradicionais, como a USP e Unesp, começaram a investir em cursos EAD, seguindo uma tendência mundial adotada por universidades de ponta, como o Massachusetts Institute of Technology (MIT), Berkeley e Yale.
Assim, torna-se fundamental, pensando no ensino fundamental e médio, repensar as questões em torno da gestão de TIC - Tecnologias da Informação e Comunicação.
A idéia do EAD é democratizar o acesso ao saber, mas se inserir neste meio exige do educando autodisciplina e domínio dos instrumentos necessários ao bom andamento do curso.
Portanto, é essencial que, na era da globalização, em plena sociedade da informação, o ensino elementar possibilite também o acesso a tecnologia disponível.
O conceito de tecnologia.
Existem muitas formas de compreender a tecnologia, portanto, antes, é necessário conceituar o que podemos entender por este termo.
Conceitualmente, tecnologia é qualquer artefato, método ou técnica criada pelo homem para tornar seu trabalho mais leve, sua locomoção e comunicação mais fáceis ou simplesmente sua vida mais agradável e divertida.





 
Formalmente, a tecnologia é o emprego de um conjunto de técnicas, mas filosoficamente, a partir da origem da palavra (tecno = técnica + logia = ciência), seria a teoria ou filosofia da técnica.
O que remete a perguntar: o que é técnica?
Por definição, a técnica é um procedimento bem definido e transmissível, destinado a produzir um resultado útil. Neste sentido, desde os gregos antigos, reflete uma prática consciente, em oposição às atitudes tomadas ao acaso. A partir do século XIX, a técnica passou a denotar uma sistematização do conhecimento que repousa sobre o saber cientifico, a racionalização do emprego de instrumentos e materiais.
Pensando assim, tanto em seu sentido original como contemporâneo, a tecnologia é tão antiga quanto o homem. Isto porque um bastão de madeira, que amplifica um golpe e serve de extensão ao braço, também faz parte da tecnologia.
Modernamente, existem tecnologias que amplificam os poderes sensoriais, a percepção - como o telescópio ou o microscópio, altos falantes, etc -, melhoram a capacidade de acumular informações - indo desde o papel, a escrita e o lápis até o computador -, permitem a ampla comunicação entre os homens - telefone e internet -, encurtam o deslocamento - carros, aviões e barcos -, enfim que facilitam a vida das pessoas e a necessidade humana de subjugar à natureza para sobreviver.
No entanto, será que toda tecnologia pode ser aplicada à educação?
Tecnologia na educação.
Pensada na educação, a tecnologia é o que torna possível a transmissão e aperfeiçoamento do conhecimento.
Configura o processo educacional em sentido amplo, inclusive no âmbito que extrapola a educação formalizada nas escolas.
Isto porque podemos incluir qualquer forma de tecnologia no processo educacional, incluindo meios de comunicação, como rádio, TV e cinema, além da própria fala e escrita.
Em um sentido mais restrito, no âmbito da escola, usamos as tecnologias tradicionais, entre as quais giz, lousa, livros, cadernos, carteiras, mesas, cadeiras, etc.
Assim como podem ser usadas as tecnologias mais recentes, como vídeos, DVDs, computadores, teleconferência, lousa digital, ensino a distância e outras.
Em suma, boa parte da tecnologia humana pode ser, de uma forma ou outra, aplicada a educação.
A tecnologia em uma perspectiva histórico-cultural.
A relação entre educação e tecnologia não poderia ser mais estreita.
As tecnologias são a síntese produzida pelas relações sociais, sistematizadas em um momento histórico, de acordo com as necessidades humanas para subjugar a natureza.
A humanização só aconteceu a partir do processo educacional, a apropriação de saberes através de diferentes linguagens, formas simbólicas de mediação materializadas nas interações sócio-culturais.
Neste sentido, a tecnologia pode ser entendida como uma das linguagens que o homem utiliza na construção social para transformar as relações sócio-econômicas e culturais, além do próprio acumulo e transmissão do conhecimento, denotando as características típicas de uma civilização.
Segundo Marx, “a tecnologia revela o modo de proceder do homem com a natureza, o processo imediato de produção da sua vida material e assim elucida as condições de sua vida social e as concepções mentais que dela decorrem”.
Tecnologia e sociedade da informação.
Contemporaneamente, a globalização criou um determinismo tecnológico que subordinou às produções histórico-sociais a informação rápida e condensada, cunhando a concepção de sociedade da informação.
Os discursos que acompanham a sociedade da informação elegeram como lei o principio da tabula rasa.

Não há nada mais que seja absoluto, tudo muda rapidamente, por isto não existem respostas únicas.
Ao mesmo tempo, a informação foi coisificada, tornando-se um produto.
Na educação, a transmissão do conhecimento também se tornou uma mercadoria, o aluno se converteu em cliente e o professor em prestador de serviço.
Na realidade um processo que decorre do fordismo, a compartimentação do conhecimento, tal como em uma linha de montagens.
É neste sentido que as Diretrizes Curriculares para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, assim definem as competências que devem ser desenvolvidas nos cursos de licenciatura e de graduação plena:
“(...) com relação ao mundo do trabalho, sabe-se que um dos fatores decisivos passa a ser o conhecimento e o controle do meio técnico-científico informacional”.
O professor foi transformado em um facilitador, animador, tutor, monitor, etc.
A primeira vista, o professor tornou-se um item dispensável, facilmente substituído pelos recursos tecnológicos.
No entanto, a tecnologia carece de pessoas para gerenciar as informações, de forma que o professor passou a ser parte indispensável do uso da tecnologia em favor da educação.
Acontece que o grande problema é que ainda existe uma grande inadequação do perfil dos profissionais da educação para lidar com as novas tecnologias e alunos diferenciados, uma discussão que passa pela questão da formação docente.
Formação docente.
Com o advento da sociedade da informação, o perfil do educando foi alterado para uma constante insatisfação com o conhecimento transmitido, tido pelos alunos como fora de propósito e sem relação com suas necessidades reais.
A internet e a facilidade de acesso a informação fez o educando passar a exigir visualização do conhecimento, de forma rápida e fácil.
O grande problema é que os cursos de formação de professores não se adequaram a preparação de competências docentes compatíveis com este novo perfil.
Em resumo, a formação docente ensina uma linguagem ao professor e o aluno fala outra.
Neste sentido, seria necessário que a formação docente familiarizasse o futuro professor com a tecnologia, possibilitando maior flexibilidade e rapidez de raciocínio.
Algo previsto nas Diretrizes Curriculares voltadas a formação de professores, mas dificilmente colocado em prática no ensino superior.
O resultado deste despreparo dos docentes é a substituição do professor pela tecnologia, ao invés desta se tornar um instrumento em suas mãos.
A apropriação da tecnologia pela prática pedagógica.
Levando em consideração que o processo de apropriação do conhecimento ocorre ao mesmo tempo em que os sujeitos se desenvolvem culturalmente.
A apropriação da tecnologia na prática pedagógica exterioriza esta potencialidade.
Em outras palavras, simultaneamente, a tecnologia serve a reprodução do sistema capitalista, podendo assumir um papel integrador interdisciplinar, ajudando a contornar o fordismo educacional, reelaborando o contexto cultural para transformar o mundo.
É óbvio que para isto acontecer, tanto professor como aluno, necessitam conhecer as linguagens tecnológicas e tomarem consciência do contexto em que estão envolvidas, estabelecendo criticas e até mesmo questionando esta realidade.
É necessário desconstruir ilusões forjadas por interesses políticos e econômicos.
Devemos ter em mente que a tecnologia pode mediar a aprendizagem, mas o processo educacional necessita da interação entre as pessoas.
Concluindo.
A tecnologia e a educação sempre caminharam juntas, mas, com os avanços técnicos, passou a existir uma falsa imagem que não corresponde a real demanda.
O tecnicismo da década de 1970, no Brasil, criou uma tendência que passou a tentar substituir os professores por vídeos e computadores.
No entanto, a efervescência dos cursos à distância, a partir do inicio do século XXI, tem demonstrado que docentes não são dispensáveis.
Pelo contrário, com a popularização de internet e da banda larga, quanto mais crescem os EAD, maior se torna a necessidade de profissionais capacitados para lidar com as novas tecnologias que, dia-a-dia, evoluem com extrema rapidez.
É verdade que o EAD exige dos alunos maior esforço e dedicação que os cursos presenciais, porém, carecem de suporte de educadores para que a tecnologia possa ser usada em beneficio da construção do conhecimento.
Em resumo, a tecnologia na educação, seja ela de qualquer natureza, deve estar a serviço do professor e do educando, sendo o docente um mediador.
Caso contrário, corremos o risco de desvincular esta importante ferramenta de seu propósito primeiro: servir ao progresso da humanidade.
Para saber mais sobre o assunto.
BARRETO, R. G. “As tecnologias na formação de professores” In: Educação e pesquisa, nº. 30. Jul/dez de 2003, p.271-286.
FREIRE, F. M. P. et. alli. “Implantação da informática no espaço escolar: questões emergentes ao longo do processo” In: Revista Brasileira de Informática na Educação. São Paulo: jul de 2004.
MANASSÉS, B.et. alli. Tecnologia da educação. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1980.
MORAN, J. M. “Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias” In: RUMANOWSKI et. alli. (org.). Conhecimento local e conhecimento universal. Curitiba: Champagnant, 2004, p.245-254.
Texto: Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.

26 de jun. de 2011

Homossexualidade - Vamos discutir de verdade?

Olá amigos

Hoje acontece a 15ª Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), na Avenida Paulista em São Paulo.O lema desta edição vai ser "Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!". O acontecimento vai ser muito importante por ser a 15ª edição e a previsão é de que a festa tenha um público ainda maior que os outros anos.

Aproveito o evento para discutir uma questão que muito interessa aos educadores e os defensores dos direitos humanos. A questão do homossexual não é novidade nas escolas públicas, principalmente aos olhos dos que trabalham com projetos de inclusão diversificada. Como gosto muito de utilizar e incentivar o uso dos filmes em sala de aula me lembrei de que os X-Men foram realmente criados nos anos 60 como uma metáfora a luta contra o preconceito e para abrir o debate na sociedade americana dos anos 60. Para quem tem repertório cultural um pouco mais largo, X-Men não é só um filme para entreter adolescentes.

 E pra quem assiste a filmes e não os interpreta, aqui vai uma passagem interessante do filme X-Men Primeira Classe. Quando Mística, em X-Men, diz "mutante com orgulho", é disso que ela está falando, do orgulho de ser diferente; de sua diferença; e disposição para enfrentar os que querem lhe tirar o orgulho e faze-los sentir vergonha. Ela fala que "Quando eu me sinto um pouco rejeitado, me dá um nó na garganta; choro até secar a alma de toda mágoa, depois, passo pra outra!". E depois segue dizendo "Como um mutante: no fundo, sempre sozinho, seguindo o meu caminho... Ai de mim, que sou romântico".

Quando a Mistica diz "mutante com orgulho", é disso que ela está falando: "Gay, lésbica, travesti negro, mulher, judeu e indígena com orgulho!", poderia ser a frase de Mística. 

Por aqui o debate de verdade ainda não começou, apenas ações governamentais e judiciarias que estão garantindo um direito legitimo aos homossexuais do Brasil. O projeto, PL122, entretanto, não fere a Constituição Brasileira, pelo contrário, está de acordo com os artigos 3º e 5º, que colocam como objetivo fundamental do país “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”, garantindo que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.

Além disso, a liberdade de expressão não é um direito absoluto ou ilimitado, não pode estar acima da dignidade das pessoas e dos direitos humanos; não pode servir de desculpa para abrigar crimes, difamação, propaganda odiosa e ataques injustificáveis. Os limites a ela colocados no projeto estão embasados na própria Constituição, já que simplesmente propõe a punição de condutas e discursos discriminatórios contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, como já ocorre nos casos de racismo.

Me parece interessante a promoção do debate sobre a diversidade de gênero e sexualidade. Os que defendem uma escola aberta, laica e inclusiva devem se empenhar em elevar o debate. Pois independente da orientação sexual de cada um, e, assim sendo, a internet e a escola que representam um espaço democrático e inclusivo. A falta de debate pode tornar a escola que temos hoje, numa escola exclusiva ou excludente, um verdadeiro gueto.E como já vimos antes essa historia de gueto não costuma acabar bem.

 
Eu defendo a escola laica, sem cor, credo ou preferência sexual, mas uma coisa que tem me incomodado muito é a ausência desse debate sobre os direitos dos homossexuais de forma racional e pedagógica. Isso está sendo ruim também para todos os lados envolvidos, já que de um jeito ou de outro estão elevando o tom e não chegando a lugar nenhum, pois estão radicalizando, firmando posições contrarias ao debate e com isso tornando o debate uma cruzada pela moral. Não se esqueçam que a bíblia já foi usada pra justificar o Apartheid, a opressão das mulheres, dos indígenas, a escravidão africana e queimar vivo quem fosse diferente ou por defenderem ideias contrárias à doutrina cristã.

E essa falta de debate pode deixar uma brecha que pode ser preenchida por aproveitadores e violentos movimentos contrários. Trabalhar nas escolas a questão do respeito,do direito, das escolhas e tudo mais e o caminho para entender e aprender a ser tolerante. Não fazer vista grossa para a situação, o que é positivo para a formação daqueles adolescentes.

Alguns dizem que o homossexualismo virou "moda", o que claramente pode se ver pelas notícias atuais a uma luta religiosa, moral com um estado de direito legitimo que não pode ser ignorado pela sociedade e principalmente pela escola.

Um homossexual deveria ter uma escola específica para ele? Com grade curricular própria? Disciplinas específicas? Lembro-me de uma discussão semelhante quando criaram as escolas indígenas em alguns municípios do Brasil.

Estereotipamos e fomentamos ainda mais a polêmica e o preconceito quando se propõem respeitar os direitos civis dos homossexuais?

Eu sinceramente não acredito, pois há muitos homossexuais que são advogados, médicos, faxineiros, engenheiros, professores. O importante é cada um aceitar que a opção sexual de cada um. Isso é o correto.

O ambiente escolar é o espaço da sociedade em que a criança e o adolescente aprendem o conteúdo formal conhecimentos sobre português, matemática, história, geografia, raciocínio lógico-matemático, entre outros e, juntamente com a família, também o conteúdo informal valores e regras de convívio nas relações humanas.

Este conteúdo informalmente aprendido no contexto escolar tem importância de tal magnitude que se pode dizer, em muitos casos, que tem maior influência sobre o rumo que toma a vida do jovem do que o conteúdo formalmente aprendido. Esta percepção leva à necessidade de a escola tomar também para si a responsabilidade sobre os valores e regras ensinados e aprendidos naquele espaço.

Ao educar os estudantes para viverem em sociedade, como agentes críticos,dando a eles os conhecimentos e habilidades necessárias para fazerem leituras autônomas da realidade, a escola contribui para a construção de uma sociedade mais democrática e solidária.

Dessa forma, é de fundamental importância que, ao propiciar de forma sistemática o acesso ao saber historicamente acumulado e necessário à compreensão da prática social na qual o estudante se insere, a escola o faça trazendo para a sala de aula as questões do cotidiano de forma a desvelar o currículo oculto, expresso nas necessidades que emergem nas relações de ensino-aprendizagem e que não são previstas no currículo formal, com a finalidade de aprimorar a capacidade de diálogo, de análise, de tomada de decisões, a elaboração de propostas de ações coletivas.

Relações humanas e humanizadoras precisam ser construídas, elas não surgem espontaneamente. O estabelecimento de relações recíprocas de respeito, cooperação e solidariedade exigem o esforço coletivo da comunidade escolar.  Professores e alunos podem aprender a ser intolerantes e preconceituosos, como também podem exercer atitudes democráticas e a inclusão, construindo nova realidade social, marcada pela cooperação mútua e solidária, pela defesa da paz social.


A discussão principal sobre o tema refere-se à necessidade de tratar preconceitos e discriminações que refletem uma violência (verbal, simbólica) reverberando nos espaços de convivência escolar e manifestando-se principalmente na necessidade de adequar a todos e todas num modelo idealizado sócio-culturalmente. Modelo este que tem como prerrogativa comportamentos considerados normais ou saudáveis: o aluno exemplar (disciplinado, que aprende rápido), o aluno limpo (higienizado, sem doenças), o aluno educado (que sempre diz obrigado e por favor), o aluno com família que segue configuração única (com pai e mãe casados e sem problemas conjugais), dentre outras.

Lembrei-me de outro filme fantástico que bem define o padrão que se espera dos alunos The Wall. A clássica "Another Brick in the Wall part II" (quem não conhece "aquela do Hey Teacher!"?), põem em discussão outro alicerce de nossa sociedade: a educação. Ela define a educação como uma alienação (representada no filme pelas máscaras com botões no rosto das crianças), fazendo com que as pessoas, ainda crianças, percam sua identidade própria e pensem o que o Governo quer que elas pensem. O sarcasmo e a violência com que os professores tratam os alunos na sala de aula são atribuídos aos problemas que eles (professores) enfrentam em casa com suas "esposas psicopatas e gordas". No filme, o pequeno Pink sonha em ver todos os alunos destruindo a sala, queimando a escola e jogando o professor no fogo.Destruir a escola é uma atitude própria de quem não foi alienado pela educação, e por isso é contra ela. Então vamos fazer romper com os modelos pré definidos e construir um novo modelo mas justo e tolerante.



Compreendemos que a matriz da homofobia está no reflexo político da marginalização sócio-histórica dos brasileiros ao direito pleno à informação e à educação, que por sua vez se reflete na dificuldade dos pais, mães, educadores e estudantes em compreender e lidar com o desenvolvimento da sexualidade do outro.

Por isso o educador deve voltar-se para o compromisso ético das competências profissionais, na luta e enfrentamento do sofrimento de adolescentes Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Transgêneros, com proposta de um trabalho pedagógico inovador, pode na prática contribuir para a redução da violência com base na compreensão e a construção da subjetividade a partir das relações sociais possibilita ressignificar o entendimento dos dois conceitos-chaves que envolvem a discussão da homofobia: a identidade de gênero e a orientação sexual
 
Isso será um instrumento fundamental para a defesa dos direitos dos homossexuais brasileiros contra a homofobia, assim como os negros têm leis que os protegem contra o racismo. eles precisam de uma lei que lhes garantam os seus direitos civis e que protejam suas integridades fisicas e intelectuais de atos violentos e homofóbicos.

 Só pra ser didático: a igualdade que se cobra é no plano jurídico; do acesso aos direitos. E essa igualdade, e o que nós queremos ver nas escolas, nas casas, nas ruas e principalmente dentro das igrejas.

Já as diferenças identitárias, culturais, devem ser celebradas e devemos sentir orgulho delas! Pois cada um é como é, e TODOS devem ser respeitados por causa disso.

Então amigos: VIVA A DIFERENÇA.

Abraços

Robson Freire

24 de jun. de 2011

Por que fazer um curso?

Olá Amigos

Por que a faculdade é tão importante para algumas pessoas? Por que meu pai quer que eu faça faculdade? Você já parou para responder estas perguntas? Se ainda não, este é o momento de você procurar se capacitar para poder entrar no mercado de trabalho.

Fonte: http://goo.gl/Dd8EZ

Como bem sabemos é um momento muito importante em sua vida, mas, ter uma formação profissional também é o início de um novo ciclo. Para saber qual é o melhor caminho a percorrer, você deve pensar no seu projeto de vida.

O que você espera fazendo um curso universitário, e o que ele pode te proporcionar? Muitos jovens entram na faculdade pensando que logo no 1º semestre vão conseguir um emprego na área. Neste caso, seria melhor ter escolhido um curso profissionalizante ou técnico, onde a entrada para o mercado de trabalho é mais rápida. Um curso universitário é um projeto em longo prazo, não se pode entrar na faculdade buscando retorno rápido.

Muitos também ingressam em uma faculdade e após um ano de estudo, acabam percebendo que não era o que imaginavam. Trocam de curso e às vezes essa segunda opção também não foi bem pensada. Então, como escolher o melhor caminho?

Para responder a esta pergunta você deve pensar no que deseja para sua vida. Conhecer suas habilidades, qualidades e preferências. Assim, chegar a um nível de autoconhecimento que reflita suas verdadeiras necessidades, desejos e projetos.
Escreva em uma agenda ou caderno, uma lista de possíveis caminhos. Depois, procure informações sobre estes caminhos, informações sobre as faculdades, as escolas, os cursos, as profissões.

Procure na internet informações sobre cursos profissionalizantes ou não, uma boa opção são os cursos brasil. Lá há um imenso cardápio de opções que com certeza podem te ajudar muito nessa tarefa de escolher um caminho para o futuro.

Procure profissionais de cada área, visite as faculdades, se possível assista uma aula. Isso vai te ajudar a se projetar neste caminho, perceber então, se ele é bom pra você. Desta maneira vai saber se um curso universitário é o que você realmente deseja.

Mas lembre-se um bom curso técnico pode ser o 1º passo para a Faculdade: A boa notícia nisso tudo é que conseguindo ingressar no mercado logo após terminar um curso técnico, a pessoa já pode economizar e planejar um aperfeiçoamento na área ou a tão sonhada faculdade.

Abraços

Robson Freire

21 de jun. de 2011

O Professor como Arquiteto da Aprendizagem

por Rafael Parente (@Rafael_Parente)





Não é de hoje que grandes pensadores da educação sugerem que os educadores devem abandonar o papel de detentores do conhecimento e centralizadores da atenção nas aulas por uma postura mediadora, que favoreça uma aprendizagem colaborativa, centrada nas necessidades dos alunos. Paulo Freire criticou a “educação bancária” e recomendou uma “educação libertadora” que utilizasse e desenvolvesse a consciência crítica do educador e do educando. Para Moacir Gadotti, o professor deixaria de ser um lecionador e se tornaria um mediador do conhecimento, organizando a aprendizagem. Antônio Carlos Gomes da Costa citou uma metáfora de Peter Senge para explicar que a organização da aprendizagem precisa deixar o modelo de máquina e se transformar no modelo do jardim e do jardineiro, com relações marcadas pelo cuidado, pelo apreço e dedicação à vida de todos e cada um. Com a entrada das novas tecnologias nas escolas públicas e ao contrário do que muitos imaginam, essa mudança pode estar acontecendo.


Pesquisas recentemente realizadas indicam que a maioria dos professores das rede municipal do Rio de Janeiro não mais descarta o computador e a internet como modismos, deseja capacitações frequentes para melhorar seu trabalho com as novas tecnologias e sente-se motivada e receptiva para repensar suas práticas pedagógicas. A pesquisa “Megafone na Escola”, do Instituto Desiderata, concluiu que alunos e professores desejam ter mais computadores, internet e novas tecnologias nas escolas e acreditam que novas tecnologias e novas mídias são elementos essenciais para que “a escola se torne um lugar melhor para estudar e ensinar” e para que as aulas “fiquem melhores”. Uma outra pesquisa, realizada pelo Instituto Oi Futuro e a Secretaria Municipal de Educação, com o apoio do Ibope e do Instituto Paulo Montenegro, apresentou resultados ainda mais surpreendentes. Foram aplicados mais de 35 mil questionários para alunos, professores e diretores, com o objetivo de compreender o relacionamento desses três públicos com as novas tecnologias. As conclusões mais interessantes foram:

- A maioria absoluta dos três públicos (mais de 80% em cada) acredita que as novas tecnologias podem contribuir bastante para a aprendizagem;

- Professores e diretores consideram que capacitações relacionadas à utilização das novas tecnologias são as mais importantes para sua atuação profissional. Em segundo lugar, os professores optaram por capacitações voltadas para a integração de tecnologias às aulas e diretores desejam aquelas voltadas para gestão escolar;

- Os três públicos acreditam na necessidade da utilização das novas tecnologias para o desenvolvimento educacional. Para os alunos, as novas tecnologias os mantêm conectados ao seu mundo, aumentam seu conhecimento e sua autoestima; Para professores, elas são o canal para o conhecimento e para o mundo globalizado; Diretores concordam com os professores e creem que as novas tecnologias também têm o poder de democratizar o acesso à informação, estimulando a participação cidadã;

- 75% dos alunos da rede já têm computadores em casa, 66% deles acessam a internet diariamente de suas casas e menos de 20% ainda dependem de lan houses;

- A utilização de novas tecnologias por professores e diretores para compartilhar práticas ou soluções com colegas e para se conectarem aos alunos e familiares criando uma extensão do ambiente educacional ainda precisa de estímulos;

- Com relação ao conforto na utilização, como previsto, alunos dizem saber utilizar muito mais ferramentas do que professores e diretores e todos os públicos expressam o desejo de participarem de cursos com essa finalidade nas unidades de ensino;

- Mais de 60% de professores e diretores concordam totalmente (cerca de 15%) ou parcialmente (cerca de 45%) que atualmente as novas tecnologias vencem os livros como principal fonte de informação; No caso dos alunos, 45% deles concordam totalmente e 32% concordam parcialmente que a internet é uma melhor fonte de informações do que os livros.

Atenta aos resultados dessas pesquisas que comprovam mudanças na mentalidade e nas expectativas de professores e alunos, a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro está investindo na infraestrutura e manutenção das escolas, planejando cursos de capacitação para professores e gestores e remodelando metodologias, sistemas e práticas, sempre em parceria com o Ministério da Educação, institutos, fundações e empresas. Nossos professores ajudaram a criar e avaliar a utilização da Educopédia, uma plataforma colaborativa de aulas digitais que tem o mesmo peso que apostilas e livros didáticos nas salas de aula. Nessa avaliação, pesquisadores de universidades cariocas descobriram, por exemplo, que a grande maioria dos alunos acha que a plataforma facilita a compreensão dos conceitos, que ajuda no estudo para provas bimestrais e que as aulas ficaram mais interessantes, enquanto somente 9% dos professores acreditam que essa nova ferramenta não teve um impacto positivo na participação e motivação dos alunos. Os resultados de todas essas pesquisas estão à disposição para pesquisadores e para o público em geral.

O impacto das novas tecnologias já é uma realidade na vida de alunos e professores. Avaliar o que os melhores sistemas de educação do mundo fizeram no século passado sem uma análise prévia e cuidadosa desse impacto pode ser um grande erro. Nossas pesquisas em campo comprovam que o professor da cidade do Rio de Janeiro já está reavaliando a sua postura em sala de aula, com o desejo de se tornar um mediador e de aprender junto com os alunos. O investimento em novas ferramentas e procedimentos relacionados às novas tecnologias precisa fazer parte do planejamento estratégico de todos os governos se queremos, de fato, dar um salto na qualidade da educação pública no nosso país. Os educadores e alunos cariocas já sabem disso e estão ávidos por novidades. A preferência é que elas cheguem via Twitter, jogos virtuais e tablets.

Fonte: http://rafaelparente.blogspot.com/2011/06/o-professor-como-arquiteto-da.html

20 de jun. de 2011

Vamos todos cantar junto?

Olá Amigos

Durante a palestra que a minha diretora pedagógica da Regional do Noroeste Fluminense Luciana Vicente deu lá no CE Romualdo Monteiro de Barros em Itaperuna, eu me encantei com uma música chamada Hino da Cidadania, que é escrita/composta pelo Antônio Camargo de Maio e cantada pelo José Ribeiro “Tijolo”.

A musica fala de uma situação que todos podemos ajudar a mudar, basta não fechar os olhos e arregaçar as mangas e começarmos a cobra de nossos representantes atuais e escolhendo melhor aqueles que os substituirão.

Confesso que as lagrimas correram pela minha face em virtude da minha luta contra tudo aquilo que vi no vídeo e como educador não podia deixar de cmpartilhar com vocês esse momento magico.

O Vídeo foi cedido pela Rede ICF de Observatórios Sociais, coordenado pelo Instituto da Cidadania Fiscal (ICF), de Maringá(PR) e esta disponível aqui.Coloco logo abaixo, o vídeo e a letra da música



Hino da Cidadania

Letra: Antonio Camargo de Maio
Compositor e cantor: Jose Ribeiro “Tijolo”


É tão triste ao caminhar pela cidade
Ver de perto a realidade
Que atravessa essa nação.
Como pode um país tão fascinante
Vermos coisas tão chocantes
Que nos corta o coração.
Um menino que devia estar na escola
Estudar, brincar de bola
E jamais ser esquecido,
Mas está no farol pedindo esmola
Seu brinquedo é crack, é cola,
Seu futuro é ser bandido.
Aonde estão os homens que têm o dever
E a obrigação de fazer,
Mudar essa realidade?
Aonde estão?
Eu sei que ainda existe alguém
Honesto, honrado e de bem
Que ama o Brasil de verdade.
Vem a noite, outra vez começa o drama:
A calçada vira cama,
O jornal é o cobertor...
Como pode num país que é tão rico
Vermos coisas desse tipo
Que nos causa tanta dor?
Na verdade são tratados como bichos,
Como feras, como lixo
Um descaso dos humanos.
É o retrato da miséria e da pobreza.
O que assusta é a frieza,
O descaso e o abandono.
Aonde estão os homens que têm o dever
E a obrigação de fazer
Mudar essa realidade?
Aonde estão?
Eu sei que ainda existe alguém
Honesto, honrado e de bem
Que ama o Brasil de verdade.
Bis


Abraços

Robson Freire

4 de jun. de 2011

Transforme apresentações de PowerPoint em vídeos nos formatos mais populares e divulgue para seus amigos.

Olá Amigos

Como vocês bem sabem quando um professor programa uma coisa e não rola da maneira que ele espera, eé sempre bom ter um plano B na jogada. No caso das apresentações de PowerPoint então nem se fala. É vídeo que trava, som que não toca, entre outras coisas.

Então seus problemas acabaram (não resisti a piada), com o E. M. Free PowerPoint Video Converter você literalmente consegue converter qualquer tipo de apresentação criada no Microsoft PowerPoint para um vídeo. O programa aceita os formatos: PPT, PPTX,PPS, PPSX. Basta escolher o arquivo, definir o formato de saída e converter para vídeo. Assim, você dispensa a necessidade de utilizar o PowerPoint e pode até mesmo enviar a sua apresentação pela internet em forma de vídeo.

Como converter

A interface do programa é o mais simples possível, pois todas as opções já estão expostas na tela. Para adicionar um arquivo ou uma pasta, clique em New Task. Basta então selecionar os arquivos que serão convertidos para que eles apareçam na lista.

Você pode definir para que o programa grave o áudio que está presente na sua apresentação (Record Audio) ou simplesmente escolher um para ficar ao fundo (uma música, por exemplo), em Add Audio File.  É possível deixar o modo automático ou interativo e escolher se quer que a compressão seja única ou dupla.

Em Detail,escolha quantos segundos cada slide terá até que avance para o próximo(lembre-se de definir adequadamente essa opção, para que não fique nem muito rápida e nem muito lenta a passagem de cada slide, dando tempo dever o que está na tela).

image


  1. imageimageAdicionar arquivo(s) ou pasta(s)  
  2. image Escolher o formato de saída
  3. image Iniciar a conversão
Em Output Format,escolha qual o formato de saída do vídeo, podendo ser: WMV, AVI, MPEG,BMP ou MP3. Há muito mais formatos, específicos para celulares e websites ou em compressões AVI e MPEG. Entretanto, são para a versão paga. Quando utilizados adicionam uma marca d´água no canto superior direito da tela. Por isso, é uma boa ideia se contentar com os formatos listados primeiramente. Em Profile você determina a qualidade do formato escolhido.


image
Selecionar o formato de saída
Clicando em File Name você pode escolher qual a pasta e o nome do arquivo resultante. Note que ele já terá como padrão o nome do arquivo de PowerPoint com a extensão de destino. Quando você já tiver tudo pronto e configurado,clique em Convert

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Converter
Eu  recomendo o modo (Mode) interactive se a apresentação tiver intervalos  diferentes. No modo auto os slides passarão todos com a mesma  velocidade/intervalo de tempo.
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Marque  Add audio file e selecione a mesma trilha sonora que usou na sua  apresentação, o modo Record audio captura os ruídos do microfone.

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Embora  a versão gratuita apresente muitas limitações, é uma boa ferramenta  para quem precisa levar suas apresentações a qualquer lugar sem a  preocupação de ter ou não um programa compatível instalado no  computador, facilita também o uso em escolas que não disponham de  projetor multimídia. Neste caso, os vídeos deverão ser gravados em um  formato que permita a reprodução em um DVD player. Veja aqui como fazer…

Assim ficará o resultado final
Experimente todas as opções e faça a sua escolha.
Mas lembre-se de uma dica importante: Menos é Mais (dica do meu amigos Sérgio Lima (@ticseducação))

Abraços

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