Diana Oliveira
Foi-nos proposto a elaboração de uma ficha de leitura e o texto que escolhi foi referente à referência bibliográfica: Prensky, M. (2001). Digital Natives, Digital Immigrants. In Prensky, M. (2001). On the Horizon. NCB University Press, No. 5, Vol. 9.Neste texto, Prensky, apresenta-nos a sua visão sobre os estudantes de hoje e as suas diferenças significativas em relação aos estudantes de antigamente. Para ele, à uma descontinuidade muito grande entre e geração passada e os estudante actuais, devido à difusão da tecnologia digital nos finais do século XX.
Hoje em dia os estudantes passam a maior parte do seu tempo a utilizar o computador, para jogar, aceder à internet, para enviar e-mails, para ouvir música digital, …, a utilizar o telemóvel e a ver televisão. A tecnologia faz parte do seu quotidiano, ou seja, são os Nativos Digitais, como Prensky os designa. Contrariamente, os Imigrantes Digitais, são as pessoas que não nasceram na época digital, mas apenas se habituam e se adaptam a ela.Prensky salienta a importância das discrepâncias existentes entre os Imigrantes Digitais e os Nativos Digitais, principalmente no que diz respeito ao ensino, pois são os Imigrantes Digitais que ensinam os Nativos Digitais. ”Digital Natives are used to receiving information really fast. They like to parallel process and multi-task.”(Prensky, 2001, p.2). No entanto os Imigrantes Digitais vêem com um certo desapreço o facto dos Nativos Digitais estudarem a ouvir música, preferirem uma pesquisa rápida pela Internet a uma investigação na biblioteca, não se motivarem por palestras, etc. Os Nativos Digitais são assim, bem diferentes dos Imigrantes na sua altura de alunos. Assim alguém precisa de mudar! Prensky afirma que é bastante improvável que os Nativos Digitais retrocedam, pois as crianças nascidas numa cultura dificilmente regressarão a uma cultura antiga. Caberá então aos Imigrantes assumir esse papel de mudança. Contudo há alguns Imigrantes que tentam se adaptar a este “novo mundo”, outros preferem lamentar-se e esperar que algo mude.
Na minha opinião, penso que Prensky focou um assunto bastante importante na nossa sociedade e em particular no nosso sistema educativo. A tecnologia reina, sem dúvida, nos dias de hoje e os Nativos Digitais, e até alguns Imigrantes, não vivem sem ela. Porém alguns professores recusam-se a aceitar que se têm de adaptar aos Nativos Digitais e que têm de mudar as suas práticas. Concordo com Prensky quando este diz que é necessário e urgente essa mudança, pois estando preocupados com a educação os professores não podem deixar de se adaptar aos seus alunos e às suas forma de pensar e de aprender. Em relação à Matemática penso que, se os professores se consciencializarem que têm de mudar, podem ensinar esta ciência tecnologicamente. Há imensas ferramentas que ajudam os professores nessas tarefas, cabe no entanto a eles procurarem-nas e aprenderem-nas antes de as utilizar com os seus alunos.
É também importante, a meu ver, que a formação de professores seja direccionada no sentido de incentivar e educar para a tecnologia, formando professores cada vez mais preparados para se adaptarem às novas tecnologias e capazes de as usar no processo de ensino-aprendizagem. Contudo estou a referir-me só à metodologia. Em relação ao conteúdo, não só os professores têm um papel fundamental, também o ministério da educação, que tem a tarefa de fazer os programas curriculares de todas as disciplinas e de todos os anos lectivos, deve estar atento às mudanças das nossas gerações de alunos e neste caso aos nossos Nativos Digitais, para que adaptem os conteúdos curriculares as mudanças que ocorrem.
Só com o assumir destas responsabilidades de mudança é que conseguiremos ensinar devidamente os alunos desta época digital.
Fonte: http://diana-mat.blogs.sapo.pt/tag/tic
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