13 de dez. de 2008

Projeto Cinema no Caldeirão - 13/12

Fazer uma crítica de uma animação é algo complicado, mas fazer uma crítica de uma ÓTIMA animação, consegue ser muito mais difícil. Quando a coisa é ruim, tentamos achar todos os defeitos possíveis e impossíveis para meter o sarrafo em tudo e jogar diretor, equipe e produção, lá pra baixo sem um pingo de misericórdia e com muito ódio no coraçãozinho. Mas e quando TUDO é perfeito? Do começo ao fim, tudo encaixando numa perfeita harmonia que te deixa com aquela cara de bobo? Daqueles que você só quer assistir, sem preocupação, simplesmente aproveitando cada momento de prazer que o filme proporciona…

Wall-E, o nono filme de animação da Pixar, é irretocável e cada vez mais percebemos que a principal preocupação não é a qualidade gráfica dos cenários – que são simplesmente PERFEITOS, mas sim os personagens e o momentos que eles criam para nós, espectadores.

Quer um exemplo? Quando falamos em Procurando Nemo, o que vem primeiro em nossas cabeças? As aventuras de Nemo e seu papi ou o impressionante gráfico dos oceanos? E Monstros S.A.? Carros? Os Incríveis?

O filme começa com uma forte cena, mostrando uma rápida panorâmica do nosso planeta Terra desde o espaço até a superfície, com pilhas e pilhas de lixo deixados pelos humanos. Em meio a essa bagunça toda, surge então o nosso simpático e solitário robozinho e sem qualquer trilha sonora, o título é exibido. Wall-E nada mais é que uma história de amor entre dois robôs com missões diferentes, mas o propósito único de ajudar a humanidade. Mas não pense que a Pixar se esqueceu da ação. Ela está lá, na medida e na hora exata e sempre acompanhada de um ótimo toque de humor que fica a cargo do robozinho.

Eu poderia ainda completar e ficar aqui escrevendo horas sobre a belíssima arte gráfica, a trilha sonora impecável, participação de PESSOAS reais e até mesmo a mensagem sobre as questões ambientais e humanitárias que envolvem o filme, mas diante de um robozinho cujo propósito é limpar o lixo da Terra, como olhos que hora parecem tristes e hora alegres, repetindo seu nome de uma forma que emociona, que se apaixona por Eva (Eve) e fará de tudo para ficar ao lado de sua paixão (como eu disse ali em cima, é uma história de amor, lembra?), todo o resto acaba ficando em segundo plano.

Wall-E não só prova que a Pixar é IMBATÍVEL no que faz como também que a animação é mais que um gênero, é um livro de histórias contadas de uma forma diferente e emocionamente.

Melhor filme de animação do ano? Não! É a MELHOR animação que já existiu! Sério. Então corra já pra locadora, alugue o filme e reuna os filhos, a namorada ou quem quer que seja e aproveite o espetáculo.

Abraços

Equipe NTE Itaperuna

Um comentário:

Tati Martins disse...

Oi, Robson!
Vc não vai acreditar. Comecei a ler esta postagem, parei, peguei o filme na locadora, assisti, agora estou voltando para realment eler tudo. Excelente crítica. Maravilhosa percepção sobre as questões expostas na animação e os valores educativos presentes nela.
Um beiijinho!