6 de set. de 2008

Copyright: Como Gerir Conteúdos Protegidos Em Redes De Media Social

Como gerir materiais com copyright publicados em distribuidores de media social? O recentemente publicado documento de princípios do UGCP sugere que os sítios Web de media social on-line adoptem a tecnologia que lhes ofereça a melhor solução para colocar um limite na quantidade de materiais que são publicados nos seus sítios Web.

Crédito da imagem: Sgame , Facebook, MySpace - Mashed por Robin Good

Mas, como o especialista em conteúdos media John Blossom pergunta e bem, fortes interesses empresariais por trás da provisão de tais tecnologias de infração-detecção-de-copyright podem turvar ainda mais as águas neste cenário já de si complicado de gerir.

Embora o natural impulsionador da cultura Web emergente e os seus grandemente populares serviços de media social dependem da partilha aberta de grandes quantidades de materiais com copyright, as indústrias que produzem os mesmos conteúdos parecem ainda incapazes de criar uma nova visão da sua distribuição de conteúdo que englobe em vez de marginalizar a livre e espontânea distribuição dos seus conteúdos on-line.

Em vez de se aproximar de tirar partido das forças naturais da nova economia, os detentores de copyright estão simultaneamente longe como seria de esperar de acordar num determinado conjunto de princípios, regras ou políticas e ferramentas específicas para distribuir a sua desejada identificação universal, sistemas de filtragem e referência de todos os materiais on-line com copyright.

O perito de conteúdos de media John Blossom analisa o cenário e observa os problemas fundamentais em jogo:

Crédito da imagem: Stephen Finn

Procurando Bases Comuns para o Copyright: Irão os Princípios dos Editores Evitar Ação Legal?

por John Blossom

À medida que a Google tenta lançar o seu novo sistema do Youtube para identificar materiais de vídeo com copyright, seria de esperar que tivessem umas palmadas nas costas por parte dos produtores de vídeo comercial.

Ao invés disso, a iniciativa da Google no YouTube, que era ansiosamente aguardada há poucos meses atrás, constitui, na ideia de muitas empresas de media, apenas uma solução parcial e proprietária à questão de como gerir materiais com copyright em distribuidoras de media social.

A própria Google reconhece isso quando aponta na descrição do seu novo serviço:

"Independentemente da exactidão destas ferramentas, é importante lembrar que nenhuma tecnologia pode distinguir entre material legal e infractor sem a cooperação dos próprios detentores do conteúdo.

Isto significa que os detentores de copyright que pretendam utilizar e ajudar-nos a melhorar o nosso sistema de identificação de vídeo irão oferecer a informação necessária para nos ajudar a reconhecer o seu trabalho. Tentamos tornar esse processo o mais conveniente possível."

Então qual a melhor forma para lidar com materiais com copyright em ambientes de media social?

Várias empresas de media e tecnologia juntaram-se para definir "Princípios de Conteúdos Criados pelo Utilizador", um documento on-line que oferece uma estrutura geral de requisitos para a gestão de materiais com copyright em vários serviços de media.

Embora não seja um documento de imposição legal, a linguagem do UGCP é claramente legal, com as típicas expectativas unilaterais onerosas que qualquer equipa legal empresarial provavelmente insere em termos de desistência legal incondicional. Além disso, se alguém tentar obedecer a esta estrutura, um fornecedor de serviços de média social em que considerar a seguinte afirmação no UGCP:

"Os Detentores de Copyright não devem considerar que a aderência a estes Princípios, incluindo o esforço por parte dos Serviços UGC para localizar e remover conteúdo infractor como disponibilizado por estes Princípios, ou substituir conteúdos após a recepção de uma notificação como fornecida no Copyright Act, suportam a desclassificação de qualquer limitação sobre a responsabilidade directa ou indirecta em relação a material on-line sobre o Copyright Act ou estatutos substantivamente semelhantes a qualquer jurisdição aplicável fora dos Estados Unidos."

Por outras palavras, mesmo que faça tudo o que pedimos, não espere facilidades dos detentores de copyright . Isso são as facilidades que pode esperar.

A maior falha no documento UGCP é que, embora seja suficientemente abrangente para fornecer uma estrutura de requisitos gerais para desenvolver serviços de gestão de copyright mais universais, nada faz para assegurar que os detentores de copyright ofereçam uma tecnologia de padronização de identificação de copyright significativa, processos de filtragem e materiais de referência referenciados no documento.

Basicamente sugere aos sítios Web de media social para se prepararem para oferecer quaisquer tecnologias que um qualquer número de editores considerem aceitáveis às suas necessidades.

Dado que a Microsoft é uma das empresas de tecnologia que assinou o UGCP, pode-se imaginar que estão alguns interesses proprietários em acção nesta frente.

O documento UGCP cita algumas das melhores práticas para a gestão de conteúdos com copyright num ambiente de média social, mas não é claro que aproxime a indústria de conteúdos a um acordo significativo sobre como o copyright deva ser gerido em materiais on-line.

Mesmo com a Google a ser atacada por alguns por se apressar a ter algum tipo de sistema de filtragem e identificação, não estamos mais próximos de que os detentores de copyright concordem com uma estrutura comum para que suportem em grande parte o fardo da implementação de ferramentas que tornarão a identificação, filtragem e referenciação universais de materiais com copyright simples razoáveis de gerir.

A um certo nível o nascimento de watermarking digital e esquemas de identificação que eliminam o oneroso pacote DRM apontam para uma solução mais viável.

Ao permitir que os editores identifiquem o seu conteúdo utilizando relatórios de sítios Web de media social e as suas próprias ferramentas de controlo, podem ajudá-los a determinar quando é que a reutilização de materiais com copyright vale a pena perseguir como assunto legal ou como uma oportunidade de desenvolvimento de negócio. Mas até que estas tecnologias sejam implementadas mais amplamente é irrealista em esperar que os distribuidores de media social respondam agressivamente com as suas próprias soluções se virem a Google a ser atacada por membros UGCP pelos seus esforços.

Parecemos aproximar-nos de soluções abertas que permitam que os editores evitem as complicações de copyright sem grandes investimentos proprietários, mas não espere que as coisas acelerem até que alguns editores provem como o fazer de forma barata, simples e numa forma que não seja prejudicial aos talentos criativos que impulsionam o valor do conteúdo on-line.

Originalmente escrito por John Blossom para a Shore a 23 de Outubro de 2007 e publicado como "Seeking Common Ground for Copyright: Will Publisher's Principles Avoid Legal Action?"


John Blossom -
Reference: Shore [ Ler mais ]




Escrito Originalmente por John Blossom e originalmente publicado em July 20, 2007 para o Shore com o nome " Copyright: Como Gerir Conteúdos Protegidos Em Redes De Media Social ".

A tradução para o português foi feita por David Leal.

Fonte: http://www.masternewmedia.org/pt/propriedade_intelectual/copyright/copyright-como-gerir-conteudos-protegidos-em-redes-de-media-social-20071118.htm

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