26 de ago. de 2008

Uma nova era, uma nova metodologia

Olá Amigos

Tenho discutido com os meus amigos virtuais e "reais" um tema que identifiquei durante o curso de Educação Digital. Eles não sabem mais ensinar, apenas reproduzir conteúdo. Nada novo os seduz, criar então nem pensar.

Os professores desaprenderam a criar, agora só Ctrl C e Ctrl V.

Eles querem usar velhos hábitos e velhas metodologias e praticas pedagógicas ultrapassadas dentro de um ambiente de TICs. Além do fato de não saberem escutar os seus alunos. Não sabem mediar, compartilhar, propor, desafiar, construir coletivamente, eles apenas reproduzem o que está proposto dentro de um conteúdo pré estabelecido e aprovado, sabe-se lá por quem ou qual o objetivo que deverá ser alcançado com esses mesmos objetivos.

Plantar neles a semente da criação e ir regando com propostas interessantes, mostrar como se media, dar a eles oportunidade de testar novas praticas pedagógicas até que eles renasçam professores.

Nunca na historia desse pais (me desculpe mas não resisti), houve tanto computador e capacitação de graça para todos os professores. Os NTEs do Brasil inteiro de Norte a Sul, de Leste a Oeste estão numa jornada ingrata de levar capacitação a todos. Mas a procura por esses cursos e muito baixa apesar de toda divulgação feita.

Meu pai sempre falava que cavalo velho não aprende a saltar, então acho que eu descobri a formula da juventude, pois todo dia aprendo e reaprendo com os meus alunos um "salto" novo.
O prazer de propor a eles uma atividade interessante e criativa, para discutir velhos conteúdos e sempre bem aceita e até desdobrada em outros assuntos.

Mas dá trabalho. Oh se dá. Mas que dá um prazer monstruoso, há isso dá. Um prazer igual a uma medalha de ouro, uma emoção sem parâmetros. Professores inovadores como a Jenny Horta, a Natania Nogueira e sua Gibiteca, o José Roig e eu RPG literário, a Cybele Meyer, a Profe Elis, a Rosângela Pinheiro, o Franz, o Sérgio, a Suzana Gutierrez, a Liliam, enfim de todos os grandes professores do nosso tempo que buscam inspirar e contribuir para uma educação realmente eficiente.

Espero contribuir para o futuro melhor na formação de profissionais, incentivando os melhores alunos de minhas turmas a serem profissionais de educação, pois to ficando aborrecido que somente quem não tem vocação ou escolha vá ser professor, para que eles elevem o nível do magistério.

Me orgulho de fazer parte de uma geração inquieta, que não aceita limites, que não se calou quando nos foi imposto a censura, mas que não está disposta a ser apenas mais um e sim estamos dispostos a ser o UM.

Abraços

Equipe NTE Itaperuna

Um comentário:

Anônimo disse...

É isso mesmo, gente!
Mas não nos desanimemos com este marasmo que parece ser a formação continuada por parte de nossos pares.
A escola é como a Igreja: tem santo temor em relação à inovação. É preciso bater com força na porta, insistir, sensibilizar. É um trabalho de João Batista. Mas quando vier aquilo que É, então já nos veremos face a face. Desculpe-me esta visão escatológica, mas virá o tempo em que não haverá mais tempo pra querer e daí... Pena é que muitos jovens já se terão perdido, muito talento já fora desperdiçado e muito dinheiro jogado no ralo. Fazer o quê? FAZER a nossa parte.