19 de jul. de 2008

Professor combate uso precoce do computador

Recebi esse texto no meu e-mail e fui conferir. O cara é acido como limão, meio xiita, e tem uma visão bem critica e oposta ao que defendemos no uso da informática na educação.

Aqui sempre foi e será um espaço democrático, onde até as idéias contrarias são colocadas para que possamos ver e ter outras opiniões sobre os assuntos e temas levantados.

Quem quiser conhecer um pouco sobre suas idéias e tiver interesse em analisar sua teoria, o nome é Valdemar W. Setzer, abaixo o texto recebido.

Abraços

Equipe NTE Itaperuna

"Deixe as crianças serem infantis:não lhes permita o acesso a TV, jogos eletrônicos e computadores!"


Professor combate uso precoce do computador

Para Valdemar Setzer, da USP, é preciso barrar a tecnologia na rotina das crianças

Titular do Depto. de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística da USP, ele defende que o computador seja utilizado somente a partir dos 17 anos. Mas admite que isso hoje é ‘meio utópico’.

Contra o Uso de Computadores por Crianças e Jovens é o título de um dos artigos de Setzer, doutor em engenharia.‘Cheguei há muito tempo à conclusão de que o pensamento abstrato forçado pelo computador prejudica os jovens até 16, 17 anos, forçando-os a usarem uma linguagem e um tipo de pensamento que é totalmente inadequado para crianças e jovens antes de terem uma maturidade intelectual adequada.’

A Escola de Educação Infantil Jardim Michaelis, no Catete, zona sul do Rio, é a única na cidade a adotar a pedagogia Waldorf, introduzida pelo austríaco Rudolf Steiner em 1919, na Alemanha, que critica o uso precoce da tecnologia e é difundida no Brasil por especialistas como Setzer.

Ali, não há computadores nem TV.Os dias são preenchidos com atividades artísticas e artesanais. As crianças não usam uniformes, brincam com bonecos confeccionados por elas, sobem na árvore plantada por professores no quintal, ouvem em rodas histórias do folclore nacional, lancham só pratos naturais - feitos com a ajuda delas a partir de receitas dos pais - e fazem teatro de marionetes com cirandas e poesia. E não conhecem as músicas da Xuxa.

A Michaelis existe há 11 anos e tem hoje 22 crianças - de 2 a 6 anos - matriculadas. Todos os cargos - de diretores a secretárias - são preenchidos por professores ou pais de alunos, numa espécie de autogestão oficialmente sem fins lucrativos.

A mensalidade custa R$ 530. A escola não alfabetiza - normalmente, isso ocorre aos 5 anos, mas a pedagogia Waldorf recomenda somente na 1.ª série do ensino fundamental.‘A base é deixar que a criança brinque por si, com o mínimo possível de estímulo externo. É importante que não haja interferência no desenvolvimento, o que não significa falta de limites, pautados sempre na autoridade amorosa do professor. Assim, elas podem criar recursos próprios’, diz a orientadora pedagógica da escola, Rosa Fantini.

Para a professora Nina Domingues, brinquedos manufaturados limitam a fantasia. Elas elogiam as idéias de Setzer. ‘Ele fala radicalmente da tendência de hoje de deixar a criança passiva. Nossa proposta é olhar a individualidade de cada uma e fazer com que desabroche. Por isso temos um grupo pequeno’, diz Rosa.‘A gente tenta preservá-las, mas não somos contra o computador e, sim, contra o uso precoce. É um pouco como se você tivesse tirando a saúde da criança ao exigir muita concentração.

Também não usamos elementos da mídia, não tem Mickey nem Superpoderosas. Tem de equilibrar, isso limita a capacidade criativa’, afirma Nina.‘O que o computador preenche de maneira mecânica, a gente tenta preencher de maneira humana. É difícil colocar que há seriedade, não é uma coisa inventada como tendência, mas temos uma linha pedagógica, baseada em Steiner. No início alguns pais acham esquisito, mas depois percebem que os filhos adquirem um brincar mais tranqüilo, fantasia maior e se sentem acolhidos.’Setzer é categórico: ‘Não existe pesquisa científica que mostre os benefícios do uso do computador como ferramenta didática ou de lazer na infância.

Você pensa que usa o computador, mas freqüentemente é ele que usa você. Em qualquer uso o computador força um raciocínio matemático restrito, lógico-simbólico, e o jovem tem de ter uma maturidade muito grande para se controlar.’Ele diz que imaginação e criatividade não se medem. Portanto, é difícil para alguns acreditar nas teorias.

Para Setzer, a dificuldade de aprendizado seria uma das conseqüências. ‘Quase todo mundo acha uma maravilha o filho usar o computador, mas não sabe que a aceleração da intelectualidade é altamente prejudicial.’MarketingÉ quase um pregador no deserto. Atualmente, a maioria das escolas não só adota desde cedo o computador como tenta atrair alunos com o marketing do uso das máquinas.

No Centro Educacional da Lagoa (CEL), na zona sul do Rio, por exemplo, com mil alunos matriculados no ensino fundamental, crianças de 3 anos já usam computadores nas salas.‘Preferimos que desde o jardim haja familiarização com as máquinas. Durante todo o ensino fundamental eles têm aulas formais de informática.

É uma cadeira que é cobrada como aula formal a partir da C.A. (classe de alfabetização)’, afirma George Cardoso, diretor pedagógico do CEL.‘O George (ele usa a terceira pessoa para se referir a si próprio) é capaz de concordar com essas idéias (de Setzer), mas temos de nos adaptar à sociedade em que vivemos. Se a escola ficar fora disso, está fora do tempo, vai prestar um desserviço à família.

Mas é claro que a gente estimula o uso da biblioteca, que o computador não seja a coisa principal na vida delas.’A coordenadora psicopedagógica de educação infantil da Escola Sá Pereira, no Humaitá, zona sul, Paula Lacombe, adota o bom senso:‘Não temos nada teorizado, a prática foi nos mostrando aos poucos. Usamos computadores só a partir da alfabetização e não para que a criança aprenda programas, mas como ferramenta de apoio às pesquisas.’

Para ela, a máquina não dá possibilidade de interação, e a escola prioriza atividades voltadas para o coletivo. ‘Não há nada mais limitador do que aprender sozinho, sem espaço de socialização, sem troca.’ Paula diz que a escola ainda não definiu se deve manter laboratórios ou instalar computadores em algumas salas, apenas para facilitar pesquisas, nunca para aulas de informática.

A discussão parece não ter fim. Setzer não deixou os quatro filhos terem acesso a computadores na infância. Hoje, um deles, de 32 anos, é diretor da Oracle, uma das principais fabricantes de software do mundo. Para ele, isso prova que o acesso não precisa ser precoce para que o adulto use a máquina - até profissionalmente. ‘Sempre digo que, uma vez, um amigo comprou o computador mais potente para o filho. Tirou da caixa e ele nem quis saber da máquina. Preferiu brincar com a caixa.’

Fonte: http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/
http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/entrev/entrevista-Veja.html

4 comentários:

José Antonio Klaes Roig disse...

Oi, Robson. Pois é, já tinha lido algo nesse sentido, de alguém querer impor limites ao invés de trabalhar concepções de uso. Vai na mesma linha conservadoraa de tratar das consequencias e nunca das cusas dos problermas. POO r ai, vai diminuir a maiorirdade penal, e outra scoisa que punes as consequencias e naum resolvbem as cusas que sõa uma sociedade desestruturada, em que há necssidade de redefinir os papéis sociais de cada um. Qual o do professor, do aluno, dos pais, da sociedade???? Isso de jovem usar computador só a partir dos 17 anos de idade é tão utopico e ingenuo como acreditar que a geração atual possa perder a virgindida depois dos 18 anos!!! Convenhamos!!! De que planeta estamos falando? Eu do Planeta Educação, e vc tb... Acho que teóricos são ótimos, desde que ponham em prática suas afirmações utopicas. heheheh Bom fim de semana, e isso vai render um bom post lá no LV quando der. kkkk Fekliz dia do amigo, meu grande amigo Robson, Zé.

José Antonio Klaes Roig disse...

Ah, não repare as letras trocadas, estou cada vez mais rápido que meu teclado. heheheheh

José Antonio Klaes Roig disse...

Oi, Robson, ainda sobre essa postagem. Acredito que os dois modelos possam conviver numa escola: a tecnologia e a questão lúdica tradicional. Uma não deveria inibir a outra. Em parte, reconheço que o uso excessivo da tecnologia pode ser prejudicial, mas até os brinquedos convencionais, também usados de forma constante podem atrapalhar. O problea, ao meu ver, não é a ferraenta tecologica ou artesanal, mas a forma qué ela é usada.

Anônimo disse...

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