Por Gislaine Ceregatti
O problema foi detectado quando uma grande quantidade de alunos foi reprovada nos exames para a High School (o equivalente ao ensino médio no Brasil) simplesmente por não conseguirem escrever. A não ser que comprovem algum fator limitante no dia dos exames, os estudantes passam de 15 a 20 horas respondendo provas que são aceitas apenas preenchidas à mão.
Segundo publicação do The Syndey Morning Herald, esses estudantes apresentam grandes habilidades de digitação e facilmente superam os mais velhos na velocidade com que escrevem mensagens de texto no celular. A troca da caneta pelo teclado vem dimiuindo a habilidade destes jovens em lidar rapidamente com o papel e consequentemente afetando seu desempenho acadêmico. Isso vem levando escolas australianas a incluir aulas de caligrafia no currículo dos 11º e 12º anos do ciclo escolar básico (o equivalente ao ensino fundamental no Brasil, que tem apenas 9 anos).
Professores afirmam que tiveram que monitorar alunos a fim que tornassem suas letras no mínimo legíveis para os examinadores, diz o The Inquirer. John Vallance, da escola Sydney Grammar reforça que a caligrafia é uma parte importante da personalidade do estudante, e essa geração não deve perdê-la. Vallance lembra ainda que a escola somente aceitará os exames preenchidos à mão.
Contudo o NSW Board of Studies, órgão supervisor do currículo escolar das instituições australianas, diz estar analisando a incorporação de computadores às aulas, bem como ao exames. Por enquanto os alunos utilizam teclados apenas no teste de habilidades com o computador, no 10º ano escolar.
Fonte: http://br.tecnologia.yahoo.com/article/080730/7/gjqi48.html
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