30 de out. de 2009

Educação, Tecnologia e seus Caminhos


Por *Divina Salvador Silva

Nos nossos tempos modernos, em que mudanças vertiginosas estão ocorrendo, mais importante que Aprender a Aprender é Aprender a Desaprender. Só que aprender a desaprender é bem mais difícil. Crenças depois de estabelecidas, não podem mais ser apagadas, só enfraquecidas.

O mundo está se transformando, novas descobertas acontecem e a distância entre o presente e o futuro se torna cada vez menor.

É claro que a Tecnologia não é responsável por toda a transformação cultural que ela impulsiona. A mudança tecnológica apenas cria novos espaços de possibilidades a serem, então explorados, (no caso das novas tecnologias da informática seria, rede de computadores, processamento de linguagem, inteligência artificial, linguagens icônicas, hipertextos, multimídia...)

O educador precisa acompanhar a evolução tecnológica, para que o processo-ensino-aprendizagem ocorra de forma eficaz.

Sabemos que para uma planta crescer temos que podá-la.

E como fazer isto com o professor? E com o aluno?

Configura-se que na escola moderna, Aluno aprende com Professor; Professor aprende com Aluno; Aluno aprende com Aluno (este último tem ganhado grande espaço no contexto educacional, quando se trata de Aprendizagem por Projetos) e professor aprende com professor.

Os conteúdos e as aprendizagens são orientações expressas pela atual forma educativa, onde surge uma preocupação pela adequação à realidade inserida. A escola acorda e começa a trilhar em um caminho entre a teoria e a prática e o ensino globalizado.

As dificuldades levam a escola a se “re” organizar, a aprofundar e adotar uma postura diante da questão.
O ponto alvo está em o diretor ouvir os seus especialistas que são os professores, os alunos, os funcionários e juntos então montar uma proposta metodológica, um plano de trabalho, enfim uma trajetória de vida para a escola.

Paulo Freire, deixa claro em seu livro “Pedagogia da autonomia” que somente um método será capaz deste efeito.

"A Ação e o Diálogo".

O diálogo é a base do método de Paulo Freire. Mas o que é o diálogo?

- É uma relação de comunicação de intercomunicação, que gera a crítica e a problematização, uma vez que é possível a ambos o parceiro perguntar "por que?”.

DIA significa ultrapassar e LOGO significa razão.

Diálogo no estudo da raiz da palavra caracteriza por: - ultrapassar para o lado da razão.

O diálogo nutre-se, portanto, da humildade, da simpatia, da esperança, da confiança dos que o realizam, passando sim para o lado da razão, onde o primeiro passo será a "Ação".

O respeito mútuo implica na superação dos próprios pontos de vista e implica em compartilhar com o outro uma escala de valores e juntos definir as metas a serem trabalhadas.

Piaget, Paulo Freire; Maturana e Varela (l982) e outros autores ressaltam que é só na cooperação que a superação da crise se efetiva. O homem isolado não chegaria jamais a conhecimento algum. O fenômeno do amor é que permite a transformação, pois é só vendo-se no outro que se tem coragem de promover a mudança ética. Piaget considera que nas relações cooperativas, o respeito mútuo é uma exigência.

É preciso que o processo educativo não transmita certezas, que ele seja agradável e significativo, privilegie a expressão e a comunicação de todos os participantes, promova o encontro, a convivência e a cooperação.

Divina Salvador Silva - Pedagoga - Especializada em Orientação, Supervisão e Administração Escolar; Profª/Coord. de Informática Educacional.

Fonte: http://www.centrorefeducacional.com.br/edutecnol.htm

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